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Representantes de blocos devem entrar na Justiça contra decreto que proíbe desfiles durante Carnaval em Campina Grande

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Representantes de blocos devem entrar na Justiça contra decreto que proíbe desfiles durante Carnaval em Campina Grande

Representantes se reuniram na segunda (15) para discutir detalhes do decreto e estão montando uma ação judicial para suspender o decreto. Representantes de blocos devem entrar na Justiça contra decreto que proíbe desfile de blocos durante o Carnaval em Campina Grande
Reprodução/TV Paraíba
Os representantes de blocos carnavalescos de Campina Grande devem entrar na Justiça com uma ação contra o decreto que proíbe desfile de blocos carnavalescos nos principais pontos da cidade entre os dias 8 e 13 de fevereiro. De acordo com o documento publicado no Semanário do município, os blocos poderão desfilar, apenas, antes ou depois das datas listadas.
Representantes de blocos carnavalescos e artistas se reuniram no Centro Artístico Cultural da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) na noite de segunda-feira (15) e discutiram sobre os pontos destacados no decreto. Foram criadas quatro comissões para estruturar o movimento.
De acordo com Alfranque Amaral, representante do bloco Jacaré do Açude Velho, e que estava presente na reunião, disse ao g1 que na visão dos presentes na reunião devem ser feitas ações para suspender o decreto e possibilitar os desfiles.
“Nós temos assegurados em Constituição os direitos da livre manifestação cultural, e isso está sendo desrespeitado. Por outro lado, a gente não vê nenhum conflito entre esses eventos, até porque são em horários diferentes, são eventos pacíficos. Se não pudermos sair realmente na terça-feira de Carnaval [13 de fevereiro], nós não vamos sair. É até uma forma de manifestação de dizer que não aceitamos esse tipo de retaliação, é inconcebível isso”, disse Alfranque.
Alfranque explicou que foi realizado um ato na Praça da Bandeira na manhã desta terça-feira (16), e na quarta (17) serão realizadas reuniões entre os grupos de bois e a gestão municipal e entre a direção do bloco Jacaré do Açude Velho e a Secretária de Desenvolvimento Econômico (Sede), na sede no bloco, no bairro de Bodocongó.
Segundo a secretária de Desenvolvimento Econômico de Campina Grande, Tâmela Fama, o decreto tem o intuito de organizar o carnaval na cidade e que os blocos optaram por não sair dentro do período.
“Jamais o intuito foi proibir, muito pelo contrário, foi a gente criar organização mesmo de datas e locais. A gente teve, na última semana, encerrando no dia 12 de janeiro a finalização do credenciamento dos blocos carnavalescos no total de 27 [blocos]. Nenhum deles optou por sair no período de carnaval de 8 a 13 de fevereiro”, explicou a secretária.
Contudo, os representantes dos blocos não afirmam a declaração da secretária. Alfranque Amaral, representante do bloco Jacaré do Açude Velho, disse que a fala da secretária não é verídica e que tem documentos que provam que, em 2024, o bloco poderia desfilar na terça-feira de Carnaval.
“Isso é mentira! Nos reunimos pela primeira vez com a Sede em julho ou agosto [de 2023] e nunca abrimos mão do desfile na terça-feira de Carnaval. Inclusive em 2022 não saímos e ficou acordado com Ministério Público, Polícia Militar, Corpo de Bombeiros, Prefeitura que este ano sairíamos e sairíamos na terça de Carnaval. Temos toda essa documentação. Podemos provar”, disparou o representante.
De acordo com a Sede, o bloco Jacaré do Açude Velho não se credenciou para desfilar no Carnaval 2024 de Campina Grande. De acordo com Alfranque Amaral, o bloco não foi permitido em hipótese alguma que saíssem no dia 13 de fevereiro, e, por isso, não se credenciaram.
O Comando da Polícia Militar da Paraíba divulgou uma nota e informou que a corporação está pronta e preparada para garantir a realização de todo e qualquer evento que ocorra durante o Carnaval na cidade de Campina Grande e em qualquer parte do Estado, seja ele religioso ou carnavalesco.
Decreto proíbe o desfile de blocos em diversas regiões da cidade
O decreto segue um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) firmado pelo município com o Ministério Público da Paraíba (MPPB). O texto ressalta que os pontos centrais da cidade vão ser destinados para realização exclusiva de eventos ecumênicos relacionados ao ‘Carnaval da Paz’, como é chamada a junção de eventos religiosos que tradicionalmente acontecem na cidade.
Segundo o decreto, não poderá ocorrer a realização de blocos carnavalescos nos seguintes pontos:
Açude Velho;
Parque da Criança;
Parque do Povo;
Bairro do Catolé;
Bairro do Centro da Cidade;
Bairro do Santo Antônio;
Bairro do Jardim Tavares;
Bairro do São José;
Bairro da Palmeira;
Bairro da Liberdade;
Bairro do Alto Branco;
Bairro da Estação Velha.
Além dos pontos da cidade, também não poder ser realizado o desfile de blocos carnavalescos nas proximidades de shoppings, hospitais, clínicas, Batalhões de Polícia, Corpo de Bombeiros Militar, Centrais de Polícia, Delegacias de Polícia, terminais rodoviários, aeroporto, Batalhões do Exército e do Complexo Judiciário.
O decreto permite a realização de festejos carnavalescos apenas em clubes, áreas e ambientes privados, respeitando-se os critérios de cuidado e segurança necessários.
Ao g1, o representante do bloco Jacaré do Açude Velho, Cândido Freire, lamentou o decreto.
“A pena que faz é adiar, por ventura, para o outro ano [2025], é perder um público de 50 mil pessoas. Enfim, é uma coisa que Campina Grande ainda não teve a percepção”, disse Cândido.
De acordo com o promotor Hamilton Neves, da promotoria do Meio Ambiente, os representantes dos blocos ainda não foram ouvidos pela Prefeitura de Campina Grande e deve haver uma reunião entre os representantes dos blocos e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico (Sede) para discutir a realização dos desfiles dos blocos na cidade em 2024.
Ainda segundo o promotor Hamilton, a decisão do decreto se justifica pela demanda dos órgãos de segurança pública em abranger vários eventos, por conta do ‘Carnaval da Paz’, e que durante o período parte do efetivo de segurança se desloca para outras cidades.
No Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que dispõe sobre as regras de realização do Carnaval em Campina Grande, assinado em 11 de janeiro, cita a proibição de eventos no município que não sejam os relacionados ao ‘Carnaval da Paz’ dentro do período de 8 a 13 de fevereiro, cabendo, até, multa de R$ 20 mil em caso de descumprimento das regras.
Defensoria alega inconstitucionalidade no decreto
A Defensoria Pública do Estado da Paraíba (DPE-PB) emitiu uma ação civil pública contra o decreto emitido pela prefeitura de Campina Grande, decreto este que proíbe o desfile de blocos carnavalescos na cidade entre 8 e 13 de fevereiro.
Segundo a Defensoria, o ato normativo configura evidente ilegalidade e inconstitucionalidade, e que “viola a livre manifestação religiosa por outro grupos […], incorrendo em gravíssima afronta a regras e direitos constitucionais, além do direito de reunião, previsto no art. 5º, XVI, da Magna Carta”.
A ação civil pública da Defensoria ainda reforça que a proibição do desfile de blocos carnavalescos durante o período de Carnaval em Campina Grande é “esdrúxula e gera confusões”.
Em nota, a prefeitura de Campina Grande informou que a decisão do decreto foi na intenção de reorganizar o calendário de eventos e garantir a coexistência e valorização de cada agenda, e que atende a recomendações expressas do Ministério Público da Paraíba (MPPB) e dos órgãos de segurança da Paraíba. A ideia do decreto publicado pela prefeitura é evitar que dois grandes eventos tradicionais em Campina Grande, o Carnaval da Paz e os festejos carnavalescos, se colidam, tendo a programação diversificada e atendendo o interesse público de ambos os lados.
A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) em Campina Grande divulgou uma nota nesta terça-feira (16) e manifestou preocupação com o decreto, e que está monitorando a situação na cidade.
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Homem é preso suspeito de estuprar mulher e filmar crime, no Sertão da PB

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Polícia prende homem que estuprou mulher, filmou ato sexual e divulgou nas redes sociais, em Coremas. Delegacia de Coremas, no Sertão da Paraíba
Divulgação
Um homem foi preso nesta terça-feira (4) em Coremas, no Sertão da Paraíba, suspeito de estuprar uma mulher e filmar o ato sexual. De acordo com a Polícia Civil, além de registrar a violência, o suspeito compartilhou as imagens nas redes sociais.
Segundo as investigações da Polícia Civil, a vítima estava embriagada e desacordada, quando o suspeito aproveitou da vulnerabilidade dela e praticou atos sexuais sem o seu consentimento. Os crimes teriam acontecido em 26 de janeiro, nos turnos da tarde e noite.
A investigação foi conduzida pelo delegado Thitto de Amorim e o suspeito foi preso na manhã desta terça, por intermédio da Delegacia de Coremas, com apoio do Grupo Tático Especial e da Delegacia de Atendimento à Mulher de Itaporanga.
O homem deve responder pelos crimes de estupro de vulnerável e divulgação de cenas de estupro de vulnerável.
O suspeito está preso na delegacia de Coremas, onde aguarda audiência de custódia que deve ser realizada na quarta-feira (5).
Como denunciar?
O estupro de vulnerável é um crime tipificado no Código Penal Brasileiro, no artigo 217-A e ocorre quando alguém tem relações sexuais ou pratica outros atos libidinosos com uma pessoa considerada vulnerável.
A vulnerabilidade pode ser física, mental ou por situações como embriaguez, no caso de alguém não ter condições de oferecer resistência. O crime é configurado independentemente de haver ou não consentimento da vítima, já que ela não tem capacidade de se defender ou resistir.
Para denunciar casos de estupro ou violência sexual, é possível ligar para o Disque 100, que recebe denúncias de forma anônima. Ao denunciar, é importante fornecer informações detalhadas sobre o ocorrido, como data, hora, local e dados do suspeito.
Também é possível procurar delegacias especializadas, como a Delegacia de Atendimento à Mulher, ou usar plataformas online, como o Canal de Denúncias da Secretaria de Direitos Humanos.
Além disso, o Ministério Público, a Defensoria Pública e o Conselho Tutelar podem ser acionados, especialmente em casos envolvendo menores de idade.
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Paraíba registra mais de 650 casos prováveis de dengue em 2025

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Saúde aponta que houve um aumento de 40,71% nos casos prováveis de dengue em comparação com o mesmo período do ano passado. Mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue
Reprodução/TV Gazeta
A Paraíba registrou 674 casos prováveis de dengue no mês de janeiro de 2025, de acordo com o Boletim de Arboviroses divulgado pela Secretaria de Saúde (SES) nesta terça-feira (4). O boletim não confirma mortes pela doença até o momento, embora dois óbitos estejam sendo investigados.
Além dos casos de dengue, o boletim aponta também o registro de 55 casos prováveis de chikungunya, um caso provável de zika vírus e sete casos prováveis de Febre do Oropouche.
Ao comparar os números de janeiro de 2025 com o mesmo período de 2024, foi observada uma variação nos registros de arboviroses. O número de casos prováveis de dengue aumentou em 40,71%, enquanto os casos de chikungunya apresentaram uma queda de 48%, e os casos de zika vírus reduziram em 89%.
Em relação aos óbitos, o boletim não registrou mortes confirmadas por dengue, mas aponta que dois óbitos estão sendo investigados nos municípios de Campina Grande e São Domingos do Cariri.
Não houve confirmações nem investigações de óbitos por chikungunya, zika ou Febre do Oropouche.
A SES baseia seu levantamento na situação epidemiológica de todos os 223 municípios paraibanos, monitorando a evolução das arboviroses no estado e adotando medidas para controlar a disseminação dessas doenças.
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Viatura da PM se envolve em acidente com trem na Grande João Pessoa

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Com o impacto, parte dianteira da viatura ficou completamente destruída. Não houve vítimas. Viatura da Polícia Militar colide com trem, em Bayeux
Reprodução / CBTU
Uma viatura da Polícia Militar colidiu com um trem na tarde desta terça-feira (4), em Bayeux, na Grande João Pessoa. O acidente aconteceu quando o veículo tentava cruzar a via férrea em uma passagem de nível.
Com o impacto, a parte dianteira da viatura foi completamente destruída.
Parte dianteira da viatura ficou destruída após colisão com trem
Reprodução / CBTU
De acordo com informações da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), não houve vítimas no local. Após a colisão, o VLT, que seguia no sentido Cabedelo, continuou sua viagem sem mais interrupções.
Procurada para comentar o acidente, a Polícia Militar não se manifestou até a última atualização desta notícia.
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