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Plataforma paraibana utiliza jogos no ensino de alunos e auxilia professores em escolas públicas

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Plataforma paraibana utiliza jogos no ensino de alunos e auxilia professores em escolas públicas

Plataforma ‘AranduLab’ disponibiliza jogos e livros interativos para estimular o aprendizado de alunos em escolas públicas da Paraíba. Plataforma paraibana utiliza jogos no ensino de alunos e auxilia professores em escolas públicas, na Paraíba
Maria Dinaíza/Arquivo Pessoal
Uma plataforma que estimula o aprendizado de estudantes com gamificação voltada para a área de educação, desenvolvida em Tacima, no Curimataú paraibano, tem sido destaque em escolas da rede pública de ensino da Paraíba. A plataforma AranduLab é uma startup baseada no desenvolvimento intelectual com foco na educação 5.0 (que tem por características a formação integral, o aluno ativo e a essência humana) para a rede pública e, também, privada.
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O idealizador da plataforma é paraibano. Alisson Daniel criou o sistema AranduLab com um propósito claro de ajudar professores e alunos da sua cidade, Tacima. Vindo de uma família de educadores, ele quis fazer algo especial, uma ferramenta que tornasse o aprendizado mais fácil e acessível.
“Eu sou de uma família de professores, então eu fiz inicialmente pensando em ajudar esses professores e alunos da minha cidade. E de repente outras cidades queriam utilizar a plataforma, meio que se espalhou essa boa notícia de que ‘tem como fazer um ensino divertido, atualizado’”, explicou Alisson.
O que significa ‘AranduLab’?
A plataforma gamificada AranduLab surgiu como uma ideia para que agradasse o público escolar, sobretudo do Fundamental I (1° ao 5° ano, quando as crianças têm entre 6 e 10 anos), com jogos, atividades e livros paradidáticos, de uma forma gamificada. O nome da plataforma tem uma ligação muito forte com a linguagem indígena, vindo do tupi-guarani, um idioma de povos nativos das terras brasileiras.
“Porque AranduLab? ‘Arandu’, no tupi-guarani, significa sabedoria, então é ‘laboratório de sabedoria’, é onde a gente faz a criação de novas ferramentas digitais e tecnológicas para o aprendizado, desde livros interativos, jogos educativos, atividades, provas também em formato interativo, tudo para maximizar e tornar o aprendizado divertido e natural”, explicou Alisson Daniel sobre a origem do nome da plataforma.
A plataforma atualmente tem sede em João Pessoa, e foi lançada em 2021. A primeira versão tinha quatro jogos, principalmente de português e matemática, com o foco em crianças em processo de alfabetização, e tinha cerca de 100 atividades.
De acordo com o idealizador da AranduLab, Alisson Daniel, atualmente, a plataforma conta com mais de 15 mil atividades, centenas de jogos e segue com a intenção de ter um ensino leve e tecnológico.
“Hoje a gente tem mais de 15 mil atividades e esse número cresce a cada mês. O número de jogos está na casa das centenas. Tem histórias também, livros autorais, com nossos próprios personagens. É uma plataforma que nós temos o objetivo de contemplar todo o ensino básico, com essa pegada de transformar o ensino em algo divertido, algo leve, e atualizar a sala de aula, que é o fator principal”, disse Alisson.
“Aprender é natural e a gente quer provar isso com a plataforma”, declarou Alisson Daniel.
Criador da plataforma AranduLab, Alisson Daniel, e professores em escola em Tacima, na PB
Maria Dinaíza/Arquivo Pessoa
Criador tinha o desejo de gamificar a educação
A inspiração para a criação da plataforma AranduLab nasceu da visão inovadora de Alisson Daniel, que, movido pelo desejo de transformar a experiência educacional, teve a ideia de gamificar a educação começando pela sua realidade local.
Entendendo o potencial motivador dos jogos, ele enxergou a oportunidade de tornar o aprendizado mais interativo e divertido. Com a gamificação, a AranduLab se destaca como uma ferramenta que não apenas ensina, mas inspira a busca das crianças pelo saber de uma maneira cativante e inovadora.
“A ideia surgiu, num primeiro momento, por conta da pandemia, quando a gente viu os alunos irem para o virtual, e [na época] muitos professores não tinham material virtual de boa qualidade, sobretudo disponível no setor público.
De acordo com Alisson Daniel, quando os alunos acessam a plataforma, é gerado um relatório de aprendizagem que é enviado para profissionais da educação e gestores, como o secretário de educação do município, o diretor e professor da escola, e, dessa forma, a gestão educacional identifica onde está a dificuldade de determinado aluno, em qual ponto o aluno precisa melhorar e o que foi desenvolvido.
Os jogos da plataforma tem variações de acordo com o ano escolar do aluno, com um viés pedagógico e que trabalha as habilidades da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) do Ministério da Educação (MEC).
“Por exemplo, tem jogos [na plataforma] para crianças que estão vendo agora a questão silábica, então eles estão ali [na plataforma] formando sílabas, então tem jogos para isto. Jogo para reconhecimento das vogais? Tem! Já tem jogos mais complexos, como formar trechos de textos, então [o aluno] tem que ter a capacidade de leitura aguçada, tem que conseguir pegar um texto e interpretá-lo e conseguir tirar informações desse texto. A gente tem jogos que abrangem todas as disciplinas”, disse o idealizador da plataforma.
A AranduLab hoje é disponibilizada com vínculo tanto na rede privada quanto na rede pública, além de pais, que adquirem a plataforma de forma independente, por valor acessível. A plataforma, além dos jogos, conta com cerca de 100 títulos (livros interativos), e a escola escolhe os livros que quer trabalhar. Dentro desse montante, cerca de 20 livros são autorais da própria plataforma, que são disponibilizados em forma de tirinhas.
Professores adaptam nova tecnologia à sala de aula
Plataforma paraibana utiliza jogos no ensino de alunos e auxilia professores em escolas públicas, na Paraíba
Célia Maria/Arquivo Pessoal
Cerca de 20 escolas, sendo a maioria escolas públicas, distribuídas entre os estados da Paraíba e Rio Grande do Norte, utilizam a plataforma que surgiu em meados de 2021, quando foi introduzida em cerca de oito escolas, inicialmente. Em Tacima, local onde a plataforma foi criada, foi onde ela foi instituída dentro da sala de aula pela primeira vez.
No município de Tacima, a EMEF João Emídio dos Santos utiliza a plataforma, no qual a coordenadora pedagógica Maria Dinaíza explica que a AranduLab tem sido fundamental para o desenvolvimento dos alunos na unidade educacional.
“A plataforma tem sido uma ferramenta muito importante para o desenvolvimento dos alunos, de modo que eles se interessam mais em aprender por ser através de jogos e atividades lúdicas. E além disso, o fato de ser uma ferramenta digital, faz com que os alunos sintam mais vontade de aprender com ela”, comentou a coordenadora.
Perto de Tacima, no município de Riachão (que fica a 151 km de João Pessoa), a professora Célia Maria, que leciona para as turmas do Fundamental I na EMEF de Várzea Grande também utiliza a “AranduLab” na sala de aula. Para a professora, introduzir a plataforma tecnológica na sala de aula foi algo inovador e que tiveram que se adaptar diante das adversidades.
“[A plataforma é] algo inovador, que auxilia na aprendizagem dos alunos de forma dinâmica e atrativa, pois depois da pandemia nossos alunos não são mais os mesmos. Tivemos que nos adequar às tecnologias para continuar o processo de aprendizagem, e o bom da plataforma é que já está de acordo com as normas da BNCC”, explicou a professora.
Alisson Daniel, criador da plataforma, tem recebido feedbacks positivos dos professores que utilizam a “AranduLab”. Os educadores destacam a eficácia das ferramentas e recursos oferecidos, e a plataforma tem se mostrado funcional, além de que vem fazendo a diferença nas salas de aula, proporcionando um ambiente de aprendizado mais dinâmico e estimulante.
“Os professores gostaram muito [da plataforma], porque conseguiram se conectar melhor com os alunos, e depois da pandemia a tecnologia veio para ficar”, explica Alisson.
Em Tacima, Maria Dinaíza destaca que a ferramenta não apenas facilita o trabalho dos educadores, proporcionando recursos inovadores, mas também está sendo benéfica para o desenvolvimento dos estudantes. Maria Dinaíza enfatiza ainda que a AranduLab tem desempenhado um papel crucial na melhoria da habilidade de leitura dos alunos.
“Esse contato com a tecnologia tem sido bom tanto para os alunos como para os professores, eles têm aprendido bastante. E os professores têm notado uma melhora na leitura dos alunos, e também, no caso daqueles que não sabem ler, mas as atividades têm ajudado eles a conhecer as letras”, relatou Maria Dinaíza.
Plataforma paraibana utiliza jogos no ensino de alunos e auxilia professores em escolas públicas, na Paraíba
Célia Maria/Arquivo Pessoal
Em Riachão, na EMEF de Várzea Grande, Célia Maria comenta sobre alguns desafios para usar a plataforma, mas que tem conseguido ótima atuação com os alunos.
“É um desafio para nós como professores fazer com que os alunos façam uso de plataformas educativas tendo em vista a diversidade de jogos digitais livres só pra diversão. Porém, tenho conseguido uma ótima atuação dos alunos tanto na sala de aula quanto em casa. Eles se envolvem nas atividades de forma espontânea e prazerosa. Isso é muito gratificante para mim como professora e agradeço imensamente aos criadores da plataforma”, disse Célia.
Antes da chegada da AranduLab, a professora Célia recorda um tempo em que a tecnologia não desempenhava um papel significativo nas salas de aula. Antes, os professores precisavam dedicar um tempo relativamente maior para a preparação de materiais didáticos, o que muitas vezes se traduzia em uma jornada exaustiva.
Com a introdução da AranduLab, esse cenário mudou. Célia destaca que a plataforma acelerou o processo de preparação de aulas, oferecendo ferramentas inovadoras, e a tecnologia da plataforma despertou um interesse maior dos alunos pelo aprendizado, tornando as aulas mais dinâmicas e atraentes.
“Antes não usávamos as tecnologias com frequência e era preciso preparar todo o material para tal, agora temos tudo pronto de acordo com o que devemos aplicar. Referente a aprendizagem, despertou o interesse do aluno pois é o mundo das atualizações tecnologias e isso eles compreendem muito bem”, finalizou a professora.
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Seis testemunhas prestam depoimento sobre morte de jovem que caiu de carro e foi atropelada em João Pessoa

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Amanda Barbosa, de 24 anos, estava com o corpo para fora do veículo quando o acidente aconteceu. Segundo a Polícia Civil, a proprietária do carro de luxo que atropelou a jovem foi identificada e vai prestar depoimento. Amanda dos Santos Barbosa morreu atropelada
TV Cabo Branco/Reprodução
Seis testemunhas prestaram depoimento sobre a morte de Amanda dos Santos Barbosa, de 24 anos, que estava com o corpo para fora de um veículo, se desequilibrou, caiu e foi atropelada na segunda-feira (18), no bairro dos Bancários, em João Pessoa.
De acordo com o delegado Getúlio Machado, todas as pessoas contam a mesma versão: o grupo de amigos chegou em uma casa de show no bairro de Mandacaru, por volta das 22h, consumiram bebidas alcoólicas e ficaram no local até aproximadamente 1h da manhã. Em seguida, elas decidiram ir para outra boate no bairro dos Bancários.
Um vídeo de câmera de segurança mostra um carro branco com quatro pessoas com os corpos para fora. Uma pessoa estava sentada na janela do lado esquerdo, duas estavam no teto solar e Amanda estava em cima do veículo.
A jovem se desequilibrou e caiu na pista, nas proximidades da boate, localizada no bairro dos Bancários. Um outro veículo branco seguia paralelamente, freou e encostou o carro. Segundo o delegado, todas as testemunhas afirmaram que esse carro não atropelou a vítima.
No cruzamento, um carro de luxo na cor preta aguardava para entrar na via. Ele avançou em seguida e atropelou a jovem que estava caída no chão. A proprietária desse veículo já foi identificada pela Polícia Civil e vai prestar depoimento. O delegado quer entender quem estava dirigindo o carro no momento do atropelamento e se ela ainda é dona do veículo.
Vídeo mostra jovem em cima do carro antes de cair e ser atropelada, em João Pessoa
Planejando consumir álcool, uma amiga da vítima e proprietária do carro em que estavam, Thaisa Figueiredo, chamou um homem para dirigir o veículo. Segundo todos os depoimentos, o motorista não estava bêbado e não conseguiu ouvir de imediato que a jovem caiu por causa do som alto no carro.
“Quando saíram de lá, as meninas já estavam praticamente embriagadas… altamente embriagadas. Resolveram ir para outra boate, localizada nos Bancários. Quando chegaram nas proximidades da boate, ocorreu o acidente. A Amanda caiu do veículo, e elas começaram a gritar: ‘caiu, caiu, caiu!’. Mas como o som do carro estava muito alto, o motorista de imediato não conseguiu ouvir o aviso, mas parou logo adiante”, afirmou o delegado.
Quando perceberam a queda de Amanda Barbosa, todos desceram do carro, foram até o local e viram que ela ainda estava viva. Ela chegou a ser socorrida e levada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas morreu na unidade hospitalar.
O velório de Amanda aconteceu na Central de Velório Caminho da Luz, em Cruz das Armas, e o enterro ocorreu na manhã de terça-feira (19), no Cemitério São José, também no bairro de Cruz das Armas.
Dona de carro diz que som alto e gritaria impediram ouvir queda
Thaisa Figueiredo, proprietária do veículo onde Amanda dos Santos Barbosa, de 24 anos, estava e morreu depois de perder o equilíbrio e cair do carro em que estava ao lado de outras amigas, publicou um vídeo em uma de suas redes sociais se pronunciando sobre como foi o acidente.
De acordo com Thaisa, no momento em que Amanda caiu do carro e foi atropelada, as pessoas que estavam dentro do veículo não escutaram pois o som estava alto. Notaram a queda de Amanda apenas segundos depois.
“O carro estava devagar, porém tinha muita gritaria dentro do carro, estava todo mundo gritando, o som estava muito alto, daí foi quando ela caiu, e Mikelly, a grávida que tava do lado dela ainda tentou puxar ela e gritou no carro: ‘ela caiu, ela caiu, ela caiu’. Sendo que o som estava muito alto, e daí depois de segundos a gente veio escutar, foi na hora que eu desci e corri para onde ela tava. Vi ela no chão. Quando ela caiu eu não vi, então eu não tinha como falar o que eu não vi”, explicou Thaisa sobre não ter visto o momento em que Amanda caiu do carro dela.
E ainda segundo Thaisa, ela não estava dirigindo o veículo pois sabia que iria consumir bebidas alcoólicas e não queria dirigir. Sabendo disso, ela pediu para um homem dirigir o veículo e, em seu depoimento, ela afirma que ele não ingeriu bebida alcoólica e tem CNH.
“Eu não estava dirigindo meu carro, eu chamei uma pessoa para dirigir o meu carro, porque eu ia beber e me divertir, e não queria ficar na responsabilidade do volante. O carro era meu, o menino que dirigia o carro era habilitado, não estava bêbado. Ele não bebeu, só quem bebeu foi a gente. E daí, quando a gente estava voltando da casa de festas, de Mandacaru para outra casa de festas, nos Bancários, o carro estava a menos de 50 km/h”, ainda complementou Thaisa.
Tia afirmava que Amanda gostava de curtir a vida
Mulher morre atropelada no Bairro dos Bancários, em João Pessoa
Sandra Alexandra Cabral, tia da vítima, comentou que Amanda gostava de curtir a vida. “uma mulher trabalhadora, que como todo jovem gostava de curtir a vida nos fins de semana”, disse.
Sandra comentou que Amanda era design de cílios e que trabalhava bastante, ao longo de toda a semana. De acordo com ela, a jovem era “uma menina amada, feliz, muito carinhosa”.
“Sempre que ela abraçava a gente, dizia que nos amava”, declarou, chorando. “Ela amava a vida, amava viver”, completou.
Sobre o acidente, inclusive, Sandra contestou as versões das testemunhas e pediu uma investigação rigorosa por parte da Polícia Civil da Paraíba sobre o que aconteceu.
“A gente cobra que a polícia vá atrás das imagens de câmeras de segurança para saber exatamente o que aconteceu. Aonde ela realmente estava, o que aconteceu. Queremos esclarecer os fatos”, explica.
Ainda de acordo com a tia da vítima, é importante saber se o carro estava em alta velocidade, se houve imprudência por parte da pessoa que estava dirigindo o veículo.
Relembre o caso
Câmeras registram jovem em cima do carro antes de cair e ser atropelada, em João Pessoa
Reprodução/TV Cabo Branco
Amanda dos Santos Barbosa, de 24 anos, morreu atropelada na madrugada de 18 de novembro, no bairro dos Bancários, em João Pessoa, depois de perder o equilíbrio e cair do carro em que estava ao lado de outras amigas. Ela chegou a ser socorrida e levada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas morreu na unidade hospitalar.
De acordo com a Polícia Militar da Paraíba, testemunhas informaram que a vítima, identificada pelo nome de Amanda dos Santos Barbosa, voltava de uma festa quando começou a fazer vídeos e fotos para colocar num perfil de rede social.
Ela se deslocou parcialmente para fora do veículo e ficou sentada na janela da porta traseira. Em certo momento, desequilibrou, caiu na avenida principal do bairro e foi atropelada acidentalmente pelo carro que vinha atrás. As amigas da vítima, que estavam no carro, foram levadas para a Central de Polícia Civil para esclarecimentos sobre o que teria acontecido. A Polícia Civil ainda segue investigando o caso.
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Justiça da PB determina afastamento de conselheiro tutelar suspeito de estupro

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Além de conselheiro tutelar, o suspeito é motorista de transporte escolar, e mantinha conversas sexuais com uma adolescente de 13 anos. Outra adolescente, de 15 anos, também realizou uma denúncia contra o suspeito. Sede do Ministério Público da Paraíba (MPPB), em João Pessoa
Ascom/MPPB
A Justiça da Paraíba determinou o afastamento temporário do conselheiro tutelar de Mulungu suspeito de estupro. A decisão foi deferida pela Vara Única da Comarca de Alagoinha e divulgada nesta quinta-feira (21), atendendo o pedido feito pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB).
Além do afastamento, que foi determinado na terça-feira (19), a Justiça também determinou a nomeação e posse provisória do primeiro suplente do cargo para não comprometer a composição do Conselho Tutelar do município de Mulungu.
O g1 procurou a defesa do suspeito, que afirmou respeitar a determinação judicial, mas que irá recorrer, afirmando que o conselheiro ainda não foi denunciado.
O afastamento do conselheiro tutelar deve durar até o julgamento final da Ação Civil Pública proposta pelo 2º promotor de Justiça de Alagoa Grande, Eduardo Luiz Cavalcanti Campos, que atua na defesa da criança e do adolescente. A ação requer que o investigado seja destituído da função de conselheiro tutelar do município de Mulungu, por inidoneidade moral para o exercício do cargo.
De acordo com o promotor de Justiça, como o crime de estupro de vulnerável teria acontecido no município de Gurinhém, o inquérito policial tramita na Comarca de Gurinhém, para onde também será proposta uma eventual denúncia, para responsabilização na esfera penal. O caso está sob sigilo.
Entenda o caso
Um conselheiro tutelar, de 48 anos, foi preso em flagrante por suspeita de estupro de vulnerável, no Agreste paraibano. Segundo a Polícia Civil, o suspeito, que também trabalha como motorista de transporte de estudantes entre os municípios de Gurinhém, Mulungu e Guarabira, estava mantendo conversas sexuais com uma adolescente de 13 anos no trajeto em que buscava a vítima em casa e a deixava na escola.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito transportava a vítima, que mora em Gurinhém, até a escola, na cidade de Guarabira, também no Agreste paraibano, num trajeto de cerca de 40 km de distância. De acordo com as declarações prestadas pela vítima, o suspeito pedia para que a vítima o acariciasse. No trajeto, dentro da van, o suspeito passou a manter conversas de cunho sexual com a vítima e chegou até perguntar para a vítima se uma outra amiga dela, de 12 anos de idade, já havia feito alguma relação sexual.
Uma outra adolescente, desta vez de 15 anos de idade, também denunciou ter sido vítima de estupro pelo conselheiro tutelar de Mulungu. A adolescente denunciou à Polícia Civil que o conselheiro tutelar teria mostrado vídeos pornográficos, brinquedos sexuais e até levado ela até um motel, em 30 de junho de 2023.
De acordo com o advogado da vítima, Renato Santos, em 30 de junho de 2023, o suspeito teria levado a vítima, que na época tinha 13 anos de idade, para uma gincana escolar em uma escola particular da cidade de Guarabira. A vítima mora em Gurinhém. E no trajeto entre a casa dessa vítima até o colégio o suspeito praticou a tentativa de estupro.
O conselheiro tutelar chegou a ser levado para uma unidade prisional, mas, após audiência de custódia, foi liberado para responder ao processo em liberdade. O inquérito policial foi enviado para o poder judiciário, que aguarda a denúncia por parte do Ministério Público da Paraíba (MPPB). A Polícia Civil ainda investiga se houve outras vítimas do motorista.
A vítima foi ouvida por psicólogos e a Polícia Civil localizou o suspeito dentro da van, na cidade de Guarabira. Ele foi conduzido para a delegacia na mesma cidade, confessou que existiam as conversas num tom sexual, contudo negou que haveria existido qualquer ato concreto entre ele e a vítima.
O delegado Walter Brandão, que iniciou a investigação do caso, explicou que a estudante, que era transportada na van, vinha sendo induzida a praticar ato libidinoso pelo motorista, o que configurou a prática de estupro de vulnerável.
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Dona de carro diz que som alto e gritaria impediram ouvir queda de mulher que morreu atropelada em João Pessoa

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Thaisa Figueiredo, proprietária do veículo onde Amanda estava, publicou um pronunciamento em uma de suas redes sociais sobre o acidente. Dona do carro que jovem caiu nos Bancários fala sua versão sobre o acidente
Thaisa Figueiredo, proprietária do veículo onde Amanda dos Santos Barbosa, de 24 anos, estava e morreu depois de perder o equilíbrio e cair do carro em que estava ao lado de outras amigas, publicou um vídeo em uma de suas redes sociais se pronunciando sobre como foi o acidente.
De acordo com Thaisa, no momento em que Amanda caiu do carro e foi atropelada, as pessoas que estavam dentro do veículo não escutaram pois o som estava alto. Notaram a queda de Amanda apenas segundos depois.
“O carro estava devagar, porém tinha muita gritaria dentro do carro, estava todo mundo gritando, o som estava muito alto, daí foi quando ela caiu, e Mikelly, a grávida que tava do lado dela ainda tentou puxar ela e gritou no carro: ‘ela caiu, ela caiu, ela caiu’. Sendo que o som estava muito alto, e daí depois de segundos a gente veio escutar, foi na hora que eu desci e corri para onde ela tava. Vi ela no chão. Quando ela caiu eu não vi, então eu não tinha como falar o que eu não vi”, explicou Thaisa sobre não ter visto o momento em que Amanda caiu do carro dela.
E ainda segundo Thaisa, ela não estava dirigindo o veículo pois sabia que iria consumir bebidas alcoólicas e não queria dirigir. Sabendo disso, ela pediu para um homem dirigir o veículo e, em seu depoimento, ela afirma que ele não ingeriu bebida alcoólica e tem CNH.
“Eu não estava dirigindo meu carro, eu chamei uma pessoa para dirigir o meu carro, porque eu ia beber e me divertir, e não queria ficar na responsabilidade do volante. O carro era meu, o menino que dirigia o carro era habilitado, não estava bêbado. Ele não bebeu, só quem bebeu foi a gente. E daí, quando a gente estava voltando da casa de festas, de Mandacaru para outra casa de festas, nos Bancários, o carro estava a menos de 50 km/h”, ainda complementou Thaisa.
O velório de Amanda aconteceu na Central de Velório Caminho da Luz, em Cruz das Armas, e o enterro ocorreu na manhã de terça-feira (19), no Cemitério São José, também no bairro de Cruz das Armas.
O g1 tentou entrar em contato com o delegado Getúlio Machado, que investiga o caso, mas não obteve retorno sobre o andamento das investigações.
Amanda dos Santos Barbosa morreu atropelada
TV Cabo Branco/Reprodução
Imagens de circuito captaram momento do acidente
Vídeo mostra jovem em cima do carro antes de cair e ser atropelada, em João Pessoa
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Amanda dos Santos Barbosa foi atropelada. Ela estava em cima de um veículo, se desequilibrou e caiu na principal avenida do bairro.
O vídeo mostra um carro branco com quatro pessoas com os corpos para fora. Eles circulavam por volta da meia-noite. Uma pessoa estava sentada na janela do lado esquerdo, duas estavam no teto solar e Amanda estava em cima do veículo.
A movimentação de veículos era intensa quando a jovem se desequilibrou e caiu na pista. Um outro veículo branco seguia paralelamente, freou e encostou no carro. No cruzamento, um veículo preto aguardava para entrar na via. Ele avançou em seguida e atropelou a jovem que estava caída no chão.
Tia afirmava que Amanda gostava de curtir a vida
Mulher morre atropelada no Bairro dos Bancários, em João Pessoa
Sandra Alexandra Cabral, tia da vítima, comentou que Amanda gostava de curtir a vida. “uma mulher trabalhadora, que como todo jovem gostava de curtir a vida nos fins de semana”, disse.
Sandra comentou que Amanda era design de cílios e que trabalhava bastante, ao longo de toda a semana. De acordo com ela, a jovem era “uma menina amada, feliz, muito carinhosa”.
“Sempre que ela abraçava a gente, dizia que nos amava”, declarou, chorando. “Ela amava a vida, amava viver”, completou.
Sobre o acidente, inclusive, Sandra contestou as versões das testemunhas e pediu uma investigação rigorosa por parte da Polícia Civil da Paraíba sobre o que aconteceu.
“A gente cobra que a polícia vá atrás das imagens de câmeras de segurança para saber exatamente o que aconteceu. Aonde ela realmente estava, o que aconteceu. Queremos esclarecer os fatos”, explica.
Ainda de acordo com a tia da vítima, é importante saber se o carro estava em alta velocidade, se houve imprudência por parte da pessoa que estava dirigindo o veículo.
Relembre o caso
Câmeras registram jovem em cima do carro antes de cair e ser atropelada, em João Pessoa
Reprodução/TV Cabo Branco
Amanda dos Santos Barbosa, de 24 anos, morreu atropelada na madrugada de 18 de novembro, no bairro dos Bancários, em João Pessoa, depois de perder o equilíbrio e cair do carro em que estava ao lado de outras amigas. Ela chegou a ser socorrida e levada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas morreu na unidade hospitalar.
De acordo com a Polícia Militar da Paraíba, testemunhas informaram que a vítima, identificada pelo nome de Amanda dos Santos Barbosa, voltava de uma festa quando começou a fazer vídeos e fotos para colocar num perfil de rede social.
Ela se deslocou parcialmente para fora do veículo e ficou sentada na janela da porta traseira. Em certo momento, desequilibrou, caiu na avenida principal do bairro e foi atropelada acidentalmente pelo carro que vinha atrás. As amigas da vítima, que estavam no carro, foram levadas para a Central de Polícia Civil para esclarecimentos sobre o que teria acontecido. A Polícia Civil ainda segue investigando o caso.
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