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Braiscompany: ‘clientes precisam ser ressarcidos para justiça ser feita’, diz Lucas Veloso, um dos primeiros a denunciar caso
De acordo com o ator, a Braiscompany também investiria no seu novo filme, mas a verba nunca chegou. Humorista Lucas Veloso
Divulgação
Um dos primeiros a denunciar a Braiscompany nas redes sociais, o ator paraibano Lucas Veloso disse que acredita que a justiça vai ser feita no caso apenas quando os investidores que perderam dinheiro forem ressarcidos. O artista, no entanto, disse que a sensação de ver o empresário Antônio Inácio da Silva Neto, mais conhecido como Antônio Ais, preso é “prazerosa”, e espera que o caso possa servir de exemplo para alertar contra outros golpes.
Antônio Ais e a esposa, Fabrícia Farias, foram presos na Argentina na quinta-feira (29). Por deciisão da Justiça argentina, ela ganhou o direito de aguardar o processo de extradição em liberdade. Ele segue preso no país vizinho.
“A justiça vai ser feita quando quem perdeu dinheiro lá receber. (Mesmo) que não receba todo o montante, que a gente sabe que um pedaço foi perdido, mas que as pessoas que investiram possam ser ressarcidas”, disse Lucas Veloso.
Mesmo ponderando a questão da conclusão do caso, Lucas comemorou a prisão dos donos da Braiscompany. “É muito prazeroso ver, porque o sentimento que a gente fica de injustiça, vendo a impunidade… a gente sabia que ele tava lá fora, sabia que ele tava gastando dinheiro, que ele tava luxando com o dinheiro dos outros. É muito bacana, é a sensação de saber que tem gente protegendo a gente, que a gente não tá sozinho. É muito legal mesmo”, afirmou.
O ator também explica que “qualquer erro é uma oportunidade também para o acerto” e, por isso, o caso pode servir de alerta para os mesmos investidores que perderam dinheiro para que não caiam novamente no mesmo golpe.
“A impressão que eu tenho é que as pessoas, elas vão cair de novo, vai aparecer outro, vão cair de novo. Então tem que estar a gente aqui, que está participando dessa história, para lembrar essas outras pessoas e até quem vai esquecer, que participou desse escândalo e vai esquecer no futuro, para a gente falar assim: ‘aí, gatão, já vimos esse filme, vamos ter atenção mais com isso aí’”, afirmou.
No início do escândalo, o ator e humorista criou um personagem chamado “Chico Bitcom”, inspirado no empresário Antônio Neto. De acordo com ele, a intenção nunca foi debochar das vítimas do golpe e de quem trabalhou na empresa, mas não tinha conhecimento do esquema fraudulento.
“A minha intenção sempre foi zoar ele, é uma maneira de denunciar, como o Chico Anysio dizia, a obrigação única do humorista é denunciar, então o humor serve como uma ferramenta de denúncia também, se você faz uma imitação, exagerando uma situação, mas que as pessoas conseguem entender o contexto, você tá denunciando ali de uma maneira elegante, sem dizer que é legal, você tá fazendo ri, tá mostrando que é um absurdo, mas sem dizer que aquilo é certo”, explicou.
Lucas e o filme patrocinado pela Braiscompany
Lucas começou a denunciar Antônio Ais após sofrer um prejuízo por não ter o retorno financeiro prometido pela empresa . O valor seria investido em forma de patrocínio para um filme, um projeto chamado ‘Rico’s’, mas a verba nunca chegou. O ator explica que a obra não foi cancelada e o dinheiro não é mais problema, mas considera que o filme sofreu um “desgaste midiático” e, atualmente, possui outras prioridades.
“O problema nunca foi patrocínio ou não, porque todos os dias eu recebo umas 10 negativas de patrocínio pra um que diz ‘sim’. Se eu fosse me intrigar de todo mundo eu estaria lascado, não falava com mais ninguém. O problema foi quando ele começou a mexer com os meus seguidores, que atrasou o pagamento daquele senhorzinho que vendeu a moto pra botar o dinheiro lá (na Braiscompany)”, disse.
O humorista explica que assim como outras vítimas do golpe, ele também acreditava que Antônio Neto era uma pessoa de confiança. Porém, segundo o ator, a negativa de investimento não foi o ponto central para as denúncias que ele fez sobre o caso nas redes sociais, porque teria acontecido em meses diferentes.
“Eu tô limpando a imagem. Porque muita gente ainda vê Toinho (Antônio Neto) e associa a mim. Na época que estava rolando o fervor, as pessoas me encontravam na rua e chamavam Toinho. E realmente eu, com cabelo grande, tacado gel na cabeça, eu fico parecido mesmo. Mas é isso, o filme está em andamento, mas não vai ser para agora. Eu posterguei um pouco a produção dele, porque tem coisas mais importantes na frente”, explicou.
Entenda a prisão de Antônio Ais e Fabrícia Farias
Antônio Inácio da Silva Neto, mais conhecido como Antônio Ais, e a esposa, Fabrícia Farias, foram presos nesta quinta-feira (29) na Argentina depois de passar mais de um ano foragidos da polícia. A prisão do casal foi confirmada pela Polícia Federal. Os dois eram sócios da empresa de criptoativos Braiscompany, que tinha sede na Paraíba, e já foram condenados por crimes contra o sistema financeiro.
Antônio e Fabrícia foram presos perto do condomínio onde o casal estava escondido, na Argentina. O nomes de Antônio e Fabrícia estavam desde fevereiro de 2023 na lista de procurados da Interpol, a polícia criminal internacional que age em todo mundo.
O “casal Braiscompany” já foi condenado pela Justiça. Antônio Inácio da Silva Neto pegou uma pena de 88 anos e 7 meses de prisão, e Fabrícia Farias, 61 anos e 11 meses. Também foram condenados outos 9 réus. O montante a ser reparado é de R$ 277 milhões em danos patrimoniais e R$ 100 milhões em dano coletivo.
Entre os crimes citados na sentença do juiz da 4ª Vara Federal em Campina Grande Vinícius Costa Vidor, estão operar instituição financeira sem autorização, gestão fraudulenta, apropriação e lavagem de capitais.
Fabrícia Farias vai responder o processo de extradição em liberdade, após decisão da Justiça da Argentina, considerando o pagamento de fiança e com a condição que a empresária deve cumprir algumas medidas cautelares.
Dentre as medidas cautelares, a Justiça determinou que Fabrícia Farias não deve se ausentar do domicílio por período superior a 24 horas sem notificação ao Tribunal e nos primeiros cinco dias de cada mês. Além disso, a empresária precisa entregar o passaporte, porque está proibida de deixar a Argentina até o processo de extradição ser encerrado.
Braiscompany movimentou mais de R$ 1 bilhão e tinha 20 mil clientes, entre eles Popó e Lucas Veloso
Casal sócio da Braiscompany estava usando criptomoedas para se manter na Argentina, diz PF
Veja vídeo do momento da prisão de casal dono da Braiscompany
Operação contra a Braiscompany
A Braiscompany foi alvo de uma operação da Polícia Federal no dia 16 de fevereiro de 2023, que teve como objetivo combater crimes contra o sistema financeiro e o mercado de capitais. As ações da PF aconteceram na sede da empresa do ‘casal Braiscompany’ e em um condomínio fechado, em Campina Grande, e em João Pessoa e em São Paulo. A operação foi nomeada de Halving.
A empresa, idealizada pelo casal Antônio Ais e Fabrícia Ais, era especializada em gestão de ativos digitais e soluções em tecnologia blockchain. Os investidores convertiam seu dinheiro em ativos digitais, que eram “alugados” para a companhia e ficavam sob a gestão dela pelo período de um ano. Os rendimentos dos clientes representavam o pagamento pela locação dessas criptomoedas.
Policiais federais dentro da sede da Braiscompany, em Campina Grande
Divulgação/PF
O que a Braiscompany oferecia?
Sede da Braiscompany, em Campina Grande
Ewerton Correia/TV Paraíba
O ‘casal Braiscompany’ prometia um retorno financeiro ao redor de 8% ao mês, uma taxa considerada irreal pelos padrões usuais do mercado. Milhares de moradores de Campina Grande investiram suas economias pessoais na empresa, motivados pelo boca a boca entre parentes, amigos e conhecidos. Antônio Neto Ais, o fundador da companhia, disse em uma live que gerenciava R$ 600 milhões de 10 mil pessoas
De acordo com a PF, os sócios da Braiscompany movimentaram cerca de R$ 1,5 bilhão nos últimos quatro anos.
‘Casal Braiscompany’
Além da taxa de retorno financeiro muito acima do regularmente praticado no mercado, boa parte da atração exercida pela Braiscompany está ligada à imagem de seu fundador, Antônio Inácio da Silva Neto. Ele adotou suas três primeiras iniciais como sobrenome e se apresenta como Antônio Neto Ais.
O empresário mantinha um Instagram com fotos bem produzidas, registros ao lado de celebridades e vídeos motivacionais. Quando o golpe estourou, sua rede social registrava 900 mil seguidores, que consumiam conteúdo sobre uma vida de luxo e sucesso individual.
Neto Ais é casado com Fabrícia Ais, que é sócia e co-fundadora da empresa. Em setembro de 2023, um relatório da Polícia Federal indicou que o ‘casal Braiscompany’ fugiu do país pela fronteira terrestre com a Argentina. Eles utilizaram os passaportes da irmã e do cunhado de Fabrícia. Desde então, não há informações divulgadas sobre o paradeiro do ‘casal Braiscompany’.
‘Condenação do ‘casal Braiscompany’ e demais acusados
Antônio Inácio da Silva Neto, conhecido como Antônio Neto Ais, e Fabricia Ais, fundadores da Braiscompany
Reprodução/Braiscompany
No dia 13 de fevereiro de 2024, o juiz da 4ª Vara Federal em Campina Grande, Vinícius Costa Vidor, publicou sentenças do processo que apura o esquema de fraudes na Braiscompany.
Foram condenados o ‘casal Braiscompany’, Antônio Inácio da Silva Neto (88 anos e 7 meses) e Fabrícia Farias (61 anos e 11 meses), além de outros 9 réus e um montante a ser reparado de R$ 277 milhões em danos patrimoniais e R$ 100 milhões em dano coletivo.
Confira os nomes e penas:
Antônio Inácio da Silva Neto – 88 anos e 7 meses
Fabrícia Farias – 61 anos e 11 meses
Mizael Moreira da Silva – 19 anos e 6 meses
Sabrina Mikaelle Lacerda Lima – 26 anos
Arthur Barbosa da Silva – 5 anos e 11 meses
Flávia Farias Campos – 10 anos e 6 meses
Fernanda Farias Campos – 8 anos e 9 meses
Clélio Fernando Cabral do Ó – 19 anos
Gesana Rayane Silva – 14 anos e 6 meses
Deyverson Rocha Serafim – 5 anos
Felipe Guilherme de Souza – 18 anos
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Incêndio atinge Hospital de Trauma de João Pessoa e pacientes são transferidos para outras unidades
Chamas foram causadas por um curto-circuito em um ar-condicionado. Pacientes de alas próximas precisaram ser retirados e levados para o estacionamento. Incêndio atinge laboratório do Hospital de Trauma de João Pessoa
Pedro Hugo/TV Cabo Branco
Um incêndio atingiu o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, na tarde deste domingo (1º). A unidade chegou a ser evacuada e internos foram levados para a área externa. Ninguém ficou ferido por conta do incêndio, mas alguns pacientes precisaram ser transferidos para outros hospitais.
De acordo com a direção do hospital, as chamas foram causadas por um curto-circuito em um ar-condicionado na enfermaria do piso inferior do hospital. Inicialmente a própria equipe da unidade atuou para conter as chamas, até o Corpo de Bombeiros chegar. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi até a unidade para prestar atendimento aos pacientes e funcionários afetados.
Pacientes na parte externa do Trauma. Unidade foi evacuada por conta do incêndio.
Pedro Hugo/TV Cabo Branco
Por volta das 17h, a situação tinha sido controlada no hospital, mas por conta da fumaça, algumas áreas precisaram ser evacuadas, e pacientes em situação mais grave precisaram ser transferidos. Eles foram levados para o Hospital Edson Ramalho e para o Complexo Hospitalar de Mangabeira, o Trauminha.
“Nós necessitamos transferir alguns pacientes devido à fumaça, que pode prejudicar pacientes que estejam em ventilação mecânica. Aproximadamente 10 pacientes foram transferidos para unidades do governo do estado, em João Pessoa, e para unidades da prefeitura , como é o caso do Trauminha”, disse o secretário de Saúde, Ari Reis.
Ambulâncias prontas para socorrer pacientes do Trauma
Pedro Hugo/TV Cabo Branco
Após as chamas serem contidas, os pacientes de menor gravidade, que tinham sido retirados da unidade para a área externa puderam voltar. Apenas o setor em que aconteceu o incêndio permaneceu isolado.
“Esse é o único setor que não vai ser liberado por enquanto, felizmente é uma unidade semi-intensiva, de forma que é possível retirar esses pacientes, pois nenhum estava em situação mais grave, por isso foram realocados para outras áreas”, disse o diretor do Trauma, Laércio Bragante.
“Os casos de pacientes exclusivos do hospital continuarão sendo atendidos. Há pouco recebemos um pedido de uma cidade do interior de um paciente que sofreu um trauma craniano”, completou o diretor.
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Paraíba tem 193 vagas abertas em concursos públicos com salários que passam de R$ 14 mil
Veja informações sobre os editais abertos no mês de novembro. Concursos na Paraíba em novembro
Freepik/Banco de imagens
A Paraíba tem três editais de concursos públicos e processos seletivos com vagas abertas no estado no mês de dezembro. São 193 oportunidades em áreas diferentes.
Confira as oportunidades disponíveis e como concorrer.
Concurso da UFPB
Vagas: 116
Nível: médio e superior
Salários: R$ 2.667,19 a R$ 4.556,92 + R$ 1 mil de auxílio-alimentação
Inscrições: de 18 de novembro a 17 de dezembro, no site da organizadora
Data das provas objetivas: 9 de fevereiro
Edital do concurso da Universidade Federal da Paraíba
Concurso do Insa
Vagas: 19 vagas (sendo 2 para pessoas com deficiência e 4 para pessoas negras)
Nível: superior, com especialização, mestrado ou doutorado
Salário: de R$ 9.612,72 a R$ 14.274,53, no site da organizadora
Prazo de inscrição: 27 de novembro a 26 de dezembro
Local de inscrição: site do Cebraspe
Taxas de inscrição: R$ 150
Edital do concurso público para o Insa
Concurso da prefeitura de Nazarezinho
Vagas: 58
Nível: fundamental, médio e superior
Salários: RS 1.412 a R$ 4.122,50
Inscrições: 5 de dezembro a 12 de janeiro, no site da organizadora
Datas das provas: 23 de fevereiro de 2025
Resultado final: 30 de abril de 2025
Edital do concurso da prefeitura de Nazarezinho
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Casal é preso com cerca de 100 kg de drogas em João Pessoa
Prisão aconteceu na noite deste sábado (30), em uma casa no Centro da capital. Cerca de 100 kg de drogas são apreendidos no Centro de João Pessoa
Divulgação/Polícia Militar
Um homem e uma mulher foram presos na noite deste sábado (30), em João Pessoa, com cerca de 100 kg de drogas. A prisão aconteceu em uma casa no Centro da capital.
De acordo com policiais da Força Tática e do Radiopatrulhamento do 1º BPM, Unidade responsável pela apreensão, o material estava dividido em 82 grandes tabletes de maconha, com peso total aproximado de 100 quilos. A PM chegou até o local após uma denúncia de que seria realizada uma grande entrega de drogas.
No local, foi realizado um cerco e o casal foi preso por tráfico de drogas. Todo o material apreendido foi encaminhado para a Cidade da Polícia Civil, para a pesagem oficial e devida investigação.
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