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Médicos operam perna errada de criança de 6 anos: veja o que se sabe
Menina começou a sentir dores na perna esquerda após cair de bicicleta em fevereiro. De acordo com a família, ela já havia passado por uma cirurgia, mas voltou a ter complicações. Apesar de ter uma tala na perna correta (a esquerda) com uma janela para o edema, a equipe médica operou a perna direita. Hospital de Trauma de Campina Grande
João da Paz/Ascom/Divulgação
Uma equipe do Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande operou a perna errada de uma menina de seis anos na noite do dia 25 de abril. A garota foi internada na unidade hospitalar para tratar uma celulite infecciosa e fez a cirurgia para retirar uma bactéria na perna esquerda, mas operaram a perna direita. A vítima procura tratamento para a doença desde fevereiro. O g1 explica o que se sabe sobre o caso até agora.
Como o erro foi percebido?
A mãe percebeu o erro quando a filha retornou do centro cirúrgico para a enfermaria. Ela conta que quando notaram que a perna errada foi operada, a equipe retornou com a criança para o bloco cirúrgico e fizeram a operação na perna correta.
“Aí eu me desesperei, comecei a gritar, chamando: ‘meu deus, o que tinha acontecido?’. Aí veio as enfermeiras, perguntaram o que aconteceu e eu disse ‘vocês não viram? Vocês operaram a perna errada!’. O médico veio e logo em seguida colocaram ela de volta no bloco cirúrgico para operar a outra perna, que no caso estava com problema”(sic), afirmou a mãe da criança, Fernanda de Oliveira.
Fernanda de Oliveira disse em entrevista à TV Paraíba que a perna esquerda da criança estava com uma tala e uma janela para o edema, mas mesmo assim a equipe médica operou o membro errado.
“É nítido, visível, porque ela estava com uma tala aberta com uma janela de acesso para o edema e eu não sei como uma equipe médica não deu conta disso”, afirmou.
O Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande confirmou o afastamento de toda a equipe e determinou a abertura de uma sindicância para apurar o caso.
Qual a doença da criança?
De acordo com a família, a criança começou a sentir dores nas pernas após cair de bicicleta. A criança apresentava um quadro clínico de celulite infecciosa na perna esquerda e precisava passar por uma cirurgia invasiva para colocar pinos no local.
Inicialmente, a mãe da criança levou a menina para o Hospital da Criança, também em Campina Grande, onde fez exames e foi internada. Em seguida, ela foi transferida para o Hospital de Trauma, onde passou alguns dias na Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A equipe identificou uma bactéria na perna da garota e ela foi transferida novamente para o Hospital Universitário da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG).
No Hospital Universitário, a menina passou pela primeira cirurgia para retirar a bactéria. Cinco dias após alta médica, a família notou que a perna da menina voltou a inchar e com um quadro de trombose.
A criança retornou para o HU, mas foi levada ao Hospital de Trauma e, após o raio-x, foi internada para passar por uma nova cirurgia porque a bactéria continuava alojada na perna da menina.
Mãe da criança foi a primeira a perceber o erro
Cirurgia foi feita em perna errada de menina em Campina Grande
Reprodução/TV Cabo Branco
De acordo com o boletim de ocorrência registrado pelo pai da criança, Telesmar Silva, a menina entrou em cirurgia por volta das 19 horas desta quinta-feira (26). A mãe da criança, Fernanda de Oliveira, contou à TV Paraíba que a operação demorou cerca de duas horas e, quando a filha retornou para o quarto, foi a primeira a perceber que fizeram a cirurgia na perna errada.
“Eu levei ela ao bloco cirúrgico, foram duas horas ou menos de cirurgia, quando me chamaram. Aí ela disse que a perna dela estava estralando. Achei estranho, quando eu subi o lençol, eu vi que tinha sido operada a perna direita. Aí eu me desesperei, comecei a gritar, chamando: ‘meu deus, o que tinha acontecido?’. Aí veio as enfermeiras, perguntaram o que aconteceu e eu disse ‘vocês não viram? Vocês operaram a perna errada!’. O médico veio e logo em seguida colocaram ela de volta no bloco cirúrgico para operar a outra perna, que no caso estava com problema (sic)”, afirmou Fernanda Oliveira.
Ela conta que quando notaram que a perna errada foi operada, a equipe retornou com a criança para o bloco cirúrgico e fizeram a operação na perna correta.
Fernanda de Oliveira disse em entrevista à TV Paraíba que a perna esquerda da criança estava com uma tala e uma janela para o edema, mas mesmo assim a equipe médica operou o membro errado.
“É nítido, visível, porque ela estava com uma tala aberta com uma janela de acesso para o edema e eu não sei como uma equipe médica não deu conta disso”, afirmou.
O Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande confirmou o afastamento de toda a equipe e determinou a abertura de uma sindicância para apurar o caso.
“Abriram a perna esquerda da minha filha, colocaram um fixador externo, depois retiraram e fizeram a limpeza na outra perna. Ela dormiu a noite toda, acordou hoje cedo sem dor, mas perguntou porque a perna boa dela estava enfaixada. Eu respondi que foi preciso limpar e colocar na outra perna. Ainda vou procurar uma psicóloga para conversar com ela”, informou.
Polícia Civil investiga o erro médico
O pai da menina foi até a Central de Flagrantes da Polícia Civil de Campina Grande e registrou um boletim de ocorrência formalizando uma denúncia sobre o caso. Na denúncia, ele diz que “teme que sua filha fique com sequelas, vez que um membro saudável foi cirurgiado de forma errada”.
“Tô muito revoltado, fui pra central de polícia, prestei o boletim de ocorrência. Vou procurar todos os meus direitos como pai e quero justiça (sic)”, afirmou o pai.
A delegada de Repressão da Infância e Juventude, Renata Dias, afirmou que vai instaurar procedimento para apurar o que aconteceu. Ela também afirmou que serão ouvidos familiares da vítima, testemunhas e todos os profissionais envolvidos no procedimento cirúrgico.
O que diz o Hospital de Trauma?
Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande
João da Paz/Ascom Trauma de Campina Grande
Pouco depois do erro ser identificado, o Hospital de Emergência e Trauma de Campina Grande emitiu uma nota de esclarecimento confirmando o afastamento de toda a equipe e determinando a abertura de uma sindicância para apurar o caso.
O diretor técnico do hospital, o médico Flávio Daniel, explicou que as investigações serão acompanhadas pelo Núcleo de Segurança do Paciente e pela Comissão de Ética Médica da instituição e que dará a assistência necessária à criança e aos seus familiares até o momento da alta hospitalar.
“A criança e seus familiares foram totalmente assistidos e acolhidos, o hospital de imediato afastou toda equipe envolvida e estamos apurando dentro da instituição através do núcleo de segurança do paciente e da Comissão de Ética Médica. Ao final, as medidas administrativas e cabíveis serão tomadas. Até lá, o hospital vai prestar assistência integral à criança e aos seus familiares até que a mesma apresente condições de alta”, afirmou o diretor técnico do Hospital de Trauma.
CRM-PB determina abertura de sindicância
O Conselho Regional de Medicina da Paraíba (CRM-PB) informou que está acompanhando o caso da menina de seis anos que foi vítima de um erro médico. O presidente da entidade, Bruno Leandro de Sousa, determinou a abertura de uma sindicância para “apurar o erro na condução de cirurgia ortopédica”.
Bruno Leandro ponderou que, depois, a perna correta foi operada, mas admite que o caso provoca traumas e sequelas graves.
Bruno Leandro de Sousa, presidente do CRM da Paraíba
CRM-PB/Divulgação
“Nós nos solidarizamos com a criança e com a sua família. Já procurei saber como a paciente estava e ela está em enfermaria, respirando bem, sem dor, sendo bem tratada pela equipe clínica”, disse Bruno Leandro.
Ele lembrou também que o problema aconteceu justamente durante o “Abril Verde”, que é o mês da segurança do paciente. A campanha busca conscientizar as equipes de saúde sobre as boas práticas médicas. Ele destacou que o caso serve de alerta para a importância de um trabalho de prevenção e educação constante das equipes de saúde.
MPPB investiga o caso
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) também abriu uma investigação sobre o erro médico. O caso está sendo acompanhado pela promotora de Justiça Adriana Amorim de Lacerda, que atua na área de defesa dos direitos da saúde, em Campina Grande.
“Diante da gravidade do que foi noticiado, instauramos a Notícia de Fato para requerer que a administração do hospital se manifeste sobre o atendimento e sobre as normas de segurança que devem ser adotadas para todos os pacientes da unidade, justamente para evitar erros dessa natureza. Vamos acompanhar e tomar as providências necessárias”, afirmou.
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Incêndio atinge Hospital de Trauma de João Pessoa e pacientes são transferidos para outras unidades
Chamas foram causadas por um curto-circuito em um ar-condicionado. Pacientes de alas próximas precisaram ser retirados e levados para o estacionamento. Incêndio atinge laboratório do Hospital de Trauma de João Pessoa
Pedro Hugo/TV Cabo Branco
Um incêndio atingiu o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, na tarde deste domingo (1º). A unidade chegou a ser evacuada e internos foram levados para a área externa. Ninguém ficou ferido por conta do incêndio, mas alguns pacientes precisaram ser transferidos para outros hospitais.
De acordo com a direção do hospital, as chamas foram causadas por um curto-circuito em um ar-condicionado na enfermaria do piso inferior do hospital. Inicialmente a própria equipe da unidade atuou para conter as chamas, até o Corpo de Bombeiros chegar. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi até a unidade para prestar atendimento aos pacientes e funcionários afetados.
Pacientes na parte externa do Trauma. Unidade foi evacuada por conta do incêndio.
Pedro Hugo/TV Cabo Branco
Por volta das 17h, a situação tinha sido controlada no hospital, mas por conta da fumaça, algumas áreas precisaram ser evacuadas, e pacientes em situação mais grave precisaram ser transferidos. Eles foram levados para o Hospital Edson Ramalho e para o Complexo Hospitalar de Mangabeira, o Trauminha.
“Nós necessitamos transferir alguns pacientes devido à fumaça, que pode prejudicar pacientes que estejam em ventilação mecânica. Aproximadamente 10 pacientes foram transferidos para unidades do governo do estado, em João Pessoa, e para unidades da prefeitura , como é o caso do Trauminha”, disse o secretário de Saúde, Ari Reis.
Ambulâncias prontas para socorrer pacientes do Trauma
Pedro Hugo/TV Cabo Branco
Após as chamas serem contidas, os pacientes de menor gravidade, que tinham sido retirados da unidade para a área externa puderam voltar. Apenas o setor em que aconteceu o incêndio permaneceu isolado.
“Esse é o único setor que não vai ser liberado por enquanto, felizmente é uma unidade semi-intensiva, de forma que é possível retirar esses pacientes, pois nenhum estava em situação mais grave, por isso foram realocados para outras áreas”, disse o diretor do Trauma, Laércio Bragante.
“Os casos de pacientes exclusivos do hospital continuarão sendo atendidos. Há pouco recebemos um pedido de uma cidade do interior de um paciente que sofreu um trauma craniano”, completou o diretor.
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Paraíba tem 193 vagas abertas em concursos públicos com salários que passam de R$ 14 mil
Veja informações sobre os editais abertos no mês de novembro. Concursos na Paraíba em novembro
Freepik/Banco de imagens
A Paraíba tem três editais de concursos públicos e processos seletivos com vagas abertas no estado no mês de dezembro. São 193 oportunidades em áreas diferentes.
Confira as oportunidades disponíveis e como concorrer.
Concurso da UFPB
Vagas: 116
Nível: médio e superior
Salários: R$ 2.667,19 a R$ 4.556,92 + R$ 1 mil de auxílio-alimentação
Inscrições: de 18 de novembro a 17 de dezembro, no site da organizadora
Data das provas objetivas: 9 de fevereiro
Edital do concurso da Universidade Federal da Paraíba
Concurso do Insa
Vagas: 19 vagas (sendo 2 para pessoas com deficiência e 4 para pessoas negras)
Nível: superior, com especialização, mestrado ou doutorado
Salário: de R$ 9.612,72 a R$ 14.274,53, no site da organizadora
Prazo de inscrição: 27 de novembro a 26 de dezembro
Local de inscrição: site do Cebraspe
Taxas de inscrição: R$ 150
Edital do concurso público para o Insa
Concurso da prefeitura de Nazarezinho
Vagas: 58
Nível: fundamental, médio e superior
Salários: RS 1.412 a R$ 4.122,50
Inscrições: 5 de dezembro a 12 de janeiro, no site da organizadora
Datas das provas: 23 de fevereiro de 2025
Resultado final: 30 de abril de 2025
Edital do concurso da prefeitura de Nazarezinho
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Casal é preso com cerca de 100 kg de drogas em João Pessoa
Prisão aconteceu na noite deste sábado (30), em uma casa no Centro da capital. Cerca de 100 kg de drogas são apreendidos no Centro de João Pessoa
Divulgação/Polícia Militar
Um homem e uma mulher foram presos na noite deste sábado (30), em João Pessoa, com cerca de 100 kg de drogas. A prisão aconteceu em uma casa no Centro da capital.
De acordo com policiais da Força Tática e do Radiopatrulhamento do 1º BPM, Unidade responsável pela apreensão, o material estava dividido em 82 grandes tabletes de maconha, com peso total aproximado de 100 quilos. A PM chegou até o local após uma denúncia de que seria realizada uma grande entrega de drogas.
No local, foi realizado um cerco e o casal foi preso por tráfico de drogas. Todo o material apreendido foi encaminhado para a Cidade da Polícia Civil, para a pesagem oficial e devida investigação.
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