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Paraíba tem aumento de 37,5% no número de mortes por Aids em 10 anos

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Paraíba tem aumento de 37,5% no número de mortes por Aids em 10 anos

Médico infectologista afirma que aumento dos casos pode ser associado a pandemia de Covid-19. Dezembro Vermelho; HIV/Aids
Reprodução: Freepik
A Paraíba registrou 164 mortes tendo a Aids como causa básica no ano de 2022, sendo 37,8% maior que os 119 casos registrados em 2012. As mortes refletiram no aumento de 13,5% na taxa de mortalidade por Aids na Paraíba, que passou de 3 para 3,4 óbitos por 100 mil habitantes. Os dados foram divulgados no novo Boletim Epidemiológico sobre HIV/Aids, através do Ministério da Saúde, neste mês de dezembro.
Entre as capitais do país, João Pessoa registrou 5,2 mortes para cada 100 mil habitantes em 2022. O número maior que a taxa nacional.
De acordo com o infectologista Fernando Chagas, diretor do Hospital Clementino Fraga, a mortalidade registrada em 2022 pode ter sido consequência da pandemia de Covid-19.
“O segundo grande pico da Covid-19 aconteceu em 2021, então muita gente não buscou o diagnóstico, muita gente abandonou o tratamento por conta do medo da Covid e acabou não se tratando ou não buscando o diagnóstico do HIV. Resultado, em 2022, essas pessoas já chegaram com o quadro avançado de HIV muitas vezes no hospital, o que se refletiu no aumento de mortes por HIV naquele ano, mas infelizmente as mortes continuam”, afirmou o médico.
De acordo com o Ministério da Saúde, a Aids é uma doença causada pela infecção do Vírus da Imunodeficiência Humana, o HIV. O vírus ataca o sistema imunológico, que é responsável por defender o organismo de doenças. A baixa imunidade permite o aparecimento de doenças oportunistas, como hepatites virais, tuberculose e pneumonia. É quando atinge-se o estágio mais avançado da doença, a Aids.
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HIV e Aids: qual a diferença?
O levantamento do Ministério da Saúde indica que foram notificados 43.403 casos de infecção por HIV em 2022 no Brasil, sendo 11.414 no Nordeste e 623 na Paraíba. A taxa de detecção por Aids na Paraíba é de 12,5 casos por 100 mil habitantes. Em João Pessoa, a detecção foi de 24,8 casos por 100 mil habitantes.
A taxa de gestantes infectadas pelo HIV em João Pessoa é de 4,3 (casos por mil nascidos vivos). Segundo o Ministério de Saúde, o diagnóstico em gestantes é fundamental para que as medidas de prevenção possam ser aplicadas de forma eficaz e consigam evitar a transmissão.
O que contribui para o aumento das mortes?
O infectologista explica que um dos principais fatores que contribuem para o aumento da mortalidade é a demora para descobrir que é portador do vírus. “Muitas delas demoram a buscar o diagnóstico, acabam descobrindo quando já estão com a doença, com aids, e aí sim pode se tornar uma situação extremamente perigosa. Muitas vezes um quadro de gravidade tal que não tem muito o que fazer, o paciente acaba perdendo a vida”, afirmou.
A antropóloga Mónica Franch analisa que os pacientes que demoram a alcançar o diagnóstico costumam ser pessoas extremamente vulnerabilizadas, enfrentando situações de extrema problema, em situação de rua ou sem acesso a serviços básicos, entre eles a saúde.
Teste rápido de HIV
Divulgação/Prefeitura de Goiânia
No mesmo sentido, Fernando Chagas também afirma que alguns pacientes abandonam o tratamento por questões sociais complexas e por estarem em sofrimento social, como, por exemplo, aqueles que estão no sistema prisional ou possuem vícios em drogas ilícitas.
“Eles se preocupam tanto com o sofrimento social, a exposição social, a vulnerabilidade, que não interpretam como sendo um risco ser portador do HIV, ele não está tratando e acaba evoluindo para uma forma extremamente grave”, explicou.
Além de um recorte de renda, também há um recorte racial importante, destaca a antropóloga Mónica Franch. Segundo o levantamento do Ministério da Saúde, 61,7% dos óbitos aids foram de pessoas pardas ou pretas no Brasil, contra 35,6% entre brancos.
O perigo do silêncio
A antropóloga Mónica Franch, coordenadora do projeto de extensão Falando sobre Aids, vinculado a Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em conversa com o g1 relembrou uma campanha promovida pelo grupo ativista Act Up em Nova York para explicar a importância de discutir a doença.
“O grupo ativista popularizou um slogan que responde bem a essa questão: Silêncio = Morte. No momento inicial da pandemia, foi graças ao barulho que as comunidades mais afetadas fizeram junto à opinião pública que se conseguiu avanços tanto científicos como políticos para que a gente chegasse ao momento atual”, afirmou.
Ela avalia que o momento atual é muito mais tranquilo em relação ao manejo biomédico da infecção por HIV, mas se considerarmos questões sociais, ainda estaríamos presos ao momento inicial da epidemia de Aids. Por isso, seria necessário “continuar fazendo barulho” por pelo menos dois motivos: garantir e avançar em políticas públicas e levar informação sobre a doença para todos os grupos sociais.
“Muitas pessoas pensam que o HIV e a aids são coisa do passado, não conhecem as mudanças que ocorreram em termos de tratamento e prevenção e ainda reproduzem estigma contra as pessoas vivendo com HIV. É nesse lugar que a universidade também pode contribuir”, afirmou.
“É inadmissível que hoje os jovens, por citar um exemplo, estejam mais desinformados sobre o assunto que duas décadas atrás. Essa não uma questão que deva ser restringida a um mês no ano – o Dezembro Vermelho. Exige um engajamento o ano inteiro”, destacou Mónica Franch.
A antropóloga também explica que estigma e o preconceito possuem um grande impacto no cotidiano das pessoas que vivem com HIV, nas que não vivem com o vírus ou não sabem que contraíram a infecção. Segundo ela, às vezes a pessoa não quer realizar o teste para não enfrentar um diagnóstico estigmatizante.
A evolução do tratamento
O médico também destaca que as mortes por HIV nunca deixaram de acontecer, mas diminuíram de forma significativa após o início dos antirretrovirais, a partir de 1996.
“Quando surgiram os antirretrovirais, os pacientes chegavam a tomar 20 comprimidos, às vezes, 16 comprimidos de uma vez só. Hoje a gente já tem tratamento com um só comprimido, tendo duas substâncias dentro desse comprimido e ainda assim muito mais potente que há 20 anos atrás. Então o tratamento evoluiu substancialmente e com menos efeitos adversos. ”, explica.
Brasil oferece medicamentos antirretrovirais para pacientes em qualquer estágio da doença
BBC
Fernando Chagas explica que atualmente é raro os pacientes não se adaptem ao novo tratamento, o que não era uma realidade há 10 anos. De acordo com ele, uma grande parcela dos pacientes abandonaram o tratamento porque não suportavam os efeitos adversos que as drogas traziam.
O médico destaca que hoje os medicamentos são mais seguros e que a ciência está evoluindo para novos tratamentos. Segundo ele, existem testes de um medicamento aplicado em forma de injeção e há a perspectiva de aplicações bimestrais ou até mesmo semestrais.
A transmissão e a testagem
Relação sexual sem preservativo é a principal forma de disseminação da doença.
Ilustração
O infectologista Fernando Chagas explica que o vírus está alojado no sangue, então ele é disseminado para as secreções da vagina ou sêmen e a transmissão acontece a partir da relação sexual sem proteção.
“Quem recebe o sêmen acaba tendo mais chances de se contaminar. Por exemplo, a mulher que recebe a ejaculação dentro da vagina com sêmen contaminado, ou o homem passivo na relação sexual. A via sexual oral é muito rara de acontecer. Mesmo com pessoas tendo algum ferimento na boca, a probabilidade de transmissão via oral é muito mais rara”, explica.
O Ministério da Saúde lista outras quatro possibilidades: uso de seringa por mais de uma pessoa; transfusão de sangue contaminado; da mãe infectada para seu filho durante a gravidez, no parto e na amamentação; e instrumentos que furam ou cortam não esterilizados.
O médico indica a testagem para toda pessoa com vida sexualmente ativa, considerando pelo menos um histórico de relação sexual sem camisinha ou em que a camisinha estourou.
Os sintomas do HIV
O médico Fernando Chagas explica que o HIV é uma condição silenciosa e que os sintomas se confundem com qualquer vírus respiratório. Segundo ele, o paciente pode ter febre, dor no corpo, aumento de linfonodos – principalmente na região do pescoço e abaixo da mandíbula.
“É tão inespecífico que a maioria das pessoas nem se toca sobre a possibilidade de ser HIV. O vírus fica silenciosamente destruindo a imunidade. Então muitas vezes a pessoa só começa a desconfiar que está com o vírus quando ela começa a ter, por exemplo, nas mulheres, corrimentos vaginais de repetição. Nos homens é a infecção urinária – que não é para dar em homem, geralmente tem que estar com a imunidade prejudicada – ou o crescimento da próstata”, explicou.
Outros sintomas são a candidíase na boca, herpes zóster e tuberculose.
Como testar para HIV/Aids na Paraíba?
Hospital Clementino Fraga, em João Pessoa
Kleide Teixeira / Jornal da Paraíba
Segundo a Secretaria de Estado de Saúde (SES/PB), o Hospital Clementino Fraga, localizado em João Pessoa, é referência em testagem e tratamento na Paraíba.
Porém, a testagem para todos os tipos de ISTS (HIV/Aids, Sífilis, Hepatite B) é feita pela atenção primária, nas Unidades Básicas de Saúde, em todos os municípios.
*Sob supervisão de Jhonathan Oliveira
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Seis testemunhas prestam depoimento sobre morte de jovem que caiu de carro e foi atropelada em João Pessoa

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Amanda Barbosa, de 24 anos, estava com o corpo para fora do veículo quando o acidente aconteceu. Segundo a Polícia Civil, a proprietária do carro de luxo que atropelou a jovem foi identificada e vai prestar depoimento. Amanda dos Santos Barbosa morreu atropelada
TV Cabo Branco/Reprodução
Seis testemunhas prestaram depoimento sobre a morte de Amanda dos Santos Barbosa, de 24 anos, que estava com o corpo para fora de um veículo, se desequilibrou, caiu e foi atropelada na segunda-feira (18), no bairro dos Bancários, em João Pessoa.
De acordo com o delegado Getúlio Machado, todas as pessoas contam a mesma versão: o grupo de amigos chegou em uma casa de show no bairro de Mandacaru, por volta das 22h, consumiram bebidas alcoólicas e ficaram no local até aproximadamente 1h da manhã. Em seguida, elas decidiram ir para outra boate no bairro dos Bancários.
Um vídeo de câmera de segurança mostra um carro branco com quatro pessoas com os corpos para fora. Uma pessoa estava sentada na janela do lado esquerdo, duas estavam no teto solar e Amanda estava em cima do veículo.
A jovem se desequilibrou e caiu na pista, nas proximidades da boate, localizada no bairro dos Bancários. Um outro veículo branco seguia paralelamente, freou e encostou o carro. Segundo o delegado, todas as testemunhas afirmaram que esse carro não atropelou a vítima.
No cruzamento, um carro de luxo na cor preta aguardava para entrar na via. Ele avançou em seguida e atropelou a jovem que estava caída no chão. A proprietária desse veículo já foi identificada pela Polícia Civil e vai prestar depoimento. O delegado quer entender quem estava dirigindo o carro no momento do atropelamento e se ela ainda é dona do veículo.
Vídeo mostra jovem em cima do carro antes de cair e ser atropelada, em João Pessoa
Planejando consumir álcool, uma amiga da vítima e proprietária do carro em que estavam, Thaisa Figueiredo, chamou um homem para dirigir o veículo. Segundo todos os depoimentos, o motorista não estava bêbado e não conseguiu ouvir de imediato que a jovem caiu por causa do som alto no carro.
“Quando saíram de lá, as meninas já estavam praticamente embriagadas… altamente embriagadas. Resolveram ir para outra boate, localizada nos Bancários. Quando chegaram nas proximidades da boate, ocorreu o acidente. A Amanda caiu do veículo, e elas começaram a gritar: ‘caiu, caiu, caiu!’. Mas como o som do carro estava muito alto, o motorista de imediato não conseguiu ouvir o aviso, mas parou logo adiante”, afirmou o delegado.
Quando perceberam a queda de Amanda Barbosa, todos desceram do carro, foram até o local e viram que ela ainda estava viva. Ela chegou a ser socorrida e levada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas morreu na unidade hospitalar.
O velório de Amanda aconteceu na Central de Velório Caminho da Luz, em Cruz das Armas, e o enterro ocorreu na manhã de terça-feira (19), no Cemitério São José, também no bairro de Cruz das Armas.
Dona de carro diz que som alto e gritaria impediram ouvir queda
Thaisa Figueiredo, proprietária do veículo onde Amanda dos Santos Barbosa, de 24 anos, estava e morreu depois de perder o equilíbrio e cair do carro em que estava ao lado de outras amigas, publicou um vídeo em uma de suas redes sociais se pronunciando sobre como foi o acidente.
De acordo com Thaisa, no momento em que Amanda caiu do carro e foi atropelada, as pessoas que estavam dentro do veículo não escutaram pois o som estava alto. Notaram a queda de Amanda apenas segundos depois.
“O carro estava devagar, porém tinha muita gritaria dentro do carro, estava todo mundo gritando, o som estava muito alto, daí foi quando ela caiu, e Mikelly, a grávida que tava do lado dela ainda tentou puxar ela e gritou no carro: ‘ela caiu, ela caiu, ela caiu’. Sendo que o som estava muito alto, e daí depois de segundos a gente veio escutar, foi na hora que eu desci e corri para onde ela tava. Vi ela no chão. Quando ela caiu eu não vi, então eu não tinha como falar o que eu não vi”, explicou Thaisa sobre não ter visto o momento em que Amanda caiu do carro dela.
E ainda segundo Thaisa, ela não estava dirigindo o veículo pois sabia que iria consumir bebidas alcoólicas e não queria dirigir. Sabendo disso, ela pediu para um homem dirigir o veículo e, em seu depoimento, ela afirma que ele não ingeriu bebida alcoólica e tem CNH.
“Eu não estava dirigindo meu carro, eu chamei uma pessoa para dirigir o meu carro, porque eu ia beber e me divertir, e não queria ficar na responsabilidade do volante. O carro era meu, o menino que dirigia o carro era habilitado, não estava bêbado. Ele não bebeu, só quem bebeu foi a gente. E daí, quando a gente estava voltando da casa de festas, de Mandacaru para outra casa de festas, nos Bancários, o carro estava a menos de 50 km/h”, ainda complementou Thaisa.
Tia afirmava que Amanda gostava de curtir a vida
Mulher morre atropelada no Bairro dos Bancários, em João Pessoa
Sandra Alexandra Cabral, tia da vítima, comentou que Amanda gostava de curtir a vida. “uma mulher trabalhadora, que como todo jovem gostava de curtir a vida nos fins de semana”, disse.
Sandra comentou que Amanda era design de cílios e que trabalhava bastante, ao longo de toda a semana. De acordo com ela, a jovem era “uma menina amada, feliz, muito carinhosa”.
“Sempre que ela abraçava a gente, dizia que nos amava”, declarou, chorando. “Ela amava a vida, amava viver”, completou.
Sobre o acidente, inclusive, Sandra contestou as versões das testemunhas e pediu uma investigação rigorosa por parte da Polícia Civil da Paraíba sobre o que aconteceu.
“A gente cobra que a polícia vá atrás das imagens de câmeras de segurança para saber exatamente o que aconteceu. Aonde ela realmente estava, o que aconteceu. Queremos esclarecer os fatos”, explica.
Ainda de acordo com a tia da vítima, é importante saber se o carro estava em alta velocidade, se houve imprudência por parte da pessoa que estava dirigindo o veículo.
Relembre o caso
Câmeras registram jovem em cima do carro antes de cair e ser atropelada, em João Pessoa
Reprodução/TV Cabo Branco
Amanda dos Santos Barbosa, de 24 anos, morreu atropelada na madrugada de 18 de novembro, no bairro dos Bancários, em João Pessoa, depois de perder o equilíbrio e cair do carro em que estava ao lado de outras amigas. Ela chegou a ser socorrida e levada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas morreu na unidade hospitalar.
De acordo com a Polícia Militar da Paraíba, testemunhas informaram que a vítima, identificada pelo nome de Amanda dos Santos Barbosa, voltava de uma festa quando começou a fazer vídeos e fotos para colocar num perfil de rede social.
Ela se deslocou parcialmente para fora do veículo e ficou sentada na janela da porta traseira. Em certo momento, desequilibrou, caiu na avenida principal do bairro e foi atropelada acidentalmente pelo carro que vinha atrás. As amigas da vítima, que estavam no carro, foram levadas para a Central de Polícia Civil para esclarecimentos sobre o que teria acontecido. A Polícia Civil ainda segue investigando o caso.
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Justiça da PB determina afastamento de conselheiro tutelar suspeito de estupro

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Além de conselheiro tutelar, o suspeito é motorista de transporte escolar, e mantinha conversas sexuais com uma adolescente de 13 anos. Outra adolescente, de 15 anos, também realizou uma denúncia contra o suspeito. Sede do Ministério Público da Paraíba (MPPB), em João Pessoa
Ascom/MPPB
A Justiça da Paraíba determinou o afastamento temporário do conselheiro tutelar de Mulungu suspeito de estupro. A decisão foi deferida pela Vara Única da Comarca de Alagoinha e divulgada nesta quinta-feira (21), atendendo o pedido feito pelo Ministério Público da Paraíba (MPPB).
Além do afastamento, que foi determinado na terça-feira (19), a Justiça também determinou a nomeação e posse provisória do primeiro suplente do cargo para não comprometer a composição do Conselho Tutelar do município de Mulungu.
O g1 procurou a defesa do suspeito, que afirmou respeitar a determinação judicial, mas que irá recorrer, afirmando que o conselheiro ainda não foi denunciado.
O afastamento do conselheiro tutelar deve durar até o julgamento final da Ação Civil Pública proposta pelo 2º promotor de Justiça de Alagoa Grande, Eduardo Luiz Cavalcanti Campos, que atua na defesa da criança e do adolescente. A ação requer que o investigado seja destituído da função de conselheiro tutelar do município de Mulungu, por inidoneidade moral para o exercício do cargo.
De acordo com o promotor de Justiça, como o crime de estupro de vulnerável teria acontecido no município de Gurinhém, o inquérito policial tramita na Comarca de Gurinhém, para onde também será proposta uma eventual denúncia, para responsabilização na esfera penal. O caso está sob sigilo.
Entenda o caso
Um conselheiro tutelar, de 48 anos, foi preso em flagrante por suspeita de estupro de vulnerável, no Agreste paraibano. Segundo a Polícia Civil, o suspeito, que também trabalha como motorista de transporte de estudantes entre os municípios de Gurinhém, Mulungu e Guarabira, estava mantendo conversas sexuais com uma adolescente de 13 anos no trajeto em que buscava a vítima em casa e a deixava na escola.
De acordo com a Polícia Civil, o suspeito transportava a vítima, que mora em Gurinhém, até a escola, na cidade de Guarabira, também no Agreste paraibano, num trajeto de cerca de 40 km de distância. De acordo com as declarações prestadas pela vítima, o suspeito pedia para que a vítima o acariciasse. No trajeto, dentro da van, o suspeito passou a manter conversas de cunho sexual com a vítima e chegou até perguntar para a vítima se uma outra amiga dela, de 12 anos de idade, já havia feito alguma relação sexual.
Uma outra adolescente, desta vez de 15 anos de idade, também denunciou ter sido vítima de estupro pelo conselheiro tutelar de Mulungu. A adolescente denunciou à Polícia Civil que o conselheiro tutelar teria mostrado vídeos pornográficos, brinquedos sexuais e até levado ela até um motel, em 30 de junho de 2023.
De acordo com o advogado da vítima, Renato Santos, em 30 de junho de 2023, o suspeito teria levado a vítima, que na época tinha 13 anos de idade, para uma gincana escolar em uma escola particular da cidade de Guarabira. A vítima mora em Gurinhém. E no trajeto entre a casa dessa vítima até o colégio o suspeito praticou a tentativa de estupro.
O conselheiro tutelar chegou a ser levado para uma unidade prisional, mas, após audiência de custódia, foi liberado para responder ao processo em liberdade. O inquérito policial foi enviado para o poder judiciário, que aguarda a denúncia por parte do Ministério Público da Paraíba (MPPB). A Polícia Civil ainda investiga se houve outras vítimas do motorista.
A vítima foi ouvida por psicólogos e a Polícia Civil localizou o suspeito dentro da van, na cidade de Guarabira. Ele foi conduzido para a delegacia na mesma cidade, confessou que existiam as conversas num tom sexual, contudo negou que haveria existido qualquer ato concreto entre ele e a vítima.
O delegado Walter Brandão, que iniciou a investigação do caso, explicou que a estudante, que era transportada na van, vinha sendo induzida a praticar ato libidinoso pelo motorista, o que configurou a prática de estupro de vulnerável.
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Dona de carro diz que som alto e gritaria impediram ouvir queda de mulher que morreu atropelada em João Pessoa

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Thaisa Figueiredo, proprietária do veículo onde Amanda estava, publicou um pronunciamento em uma de suas redes sociais sobre o acidente. Dona do carro que jovem caiu nos Bancários fala sua versão sobre o acidente
Thaisa Figueiredo, proprietária do veículo onde Amanda dos Santos Barbosa, de 24 anos, estava e morreu depois de perder o equilíbrio e cair do carro em que estava ao lado de outras amigas, publicou um vídeo em uma de suas redes sociais se pronunciando sobre como foi o acidente.
De acordo com Thaisa, no momento em que Amanda caiu do carro e foi atropelada, as pessoas que estavam dentro do veículo não escutaram pois o som estava alto. Notaram a queda de Amanda apenas segundos depois.
“O carro estava devagar, porém tinha muita gritaria dentro do carro, estava todo mundo gritando, o som estava muito alto, daí foi quando ela caiu, e Mikelly, a grávida que tava do lado dela ainda tentou puxar ela e gritou no carro: ‘ela caiu, ela caiu, ela caiu’. Sendo que o som estava muito alto, e daí depois de segundos a gente veio escutar, foi na hora que eu desci e corri para onde ela tava. Vi ela no chão. Quando ela caiu eu não vi, então eu não tinha como falar o que eu não vi”, explicou Thaisa sobre não ter visto o momento em que Amanda caiu do carro dela.
E ainda segundo Thaisa, ela não estava dirigindo o veículo pois sabia que iria consumir bebidas alcoólicas e não queria dirigir. Sabendo disso, ela pediu para um homem dirigir o veículo e, em seu depoimento, ela afirma que ele não ingeriu bebida alcoólica e tem CNH.
“Eu não estava dirigindo meu carro, eu chamei uma pessoa para dirigir o meu carro, porque eu ia beber e me divertir, e não queria ficar na responsabilidade do volante. O carro era meu, o menino que dirigia o carro era habilitado, não estava bêbado. Ele não bebeu, só quem bebeu foi a gente. E daí, quando a gente estava voltando da casa de festas, de Mandacaru para outra casa de festas, nos Bancários, o carro estava a menos de 50 km/h”, ainda complementou Thaisa.
O velório de Amanda aconteceu na Central de Velório Caminho da Luz, em Cruz das Armas, e o enterro ocorreu na manhã de terça-feira (19), no Cemitério São José, também no bairro de Cruz das Armas.
O g1 tentou entrar em contato com o delegado Getúlio Machado, que investiga o caso, mas não obteve retorno sobre o andamento das investigações.
Amanda dos Santos Barbosa morreu atropelada
TV Cabo Branco/Reprodução
Imagens de circuito captaram momento do acidente
Vídeo mostra jovem em cima do carro antes de cair e ser atropelada, em João Pessoa
Imagens de câmeras de segurança registraram o momento em que Amanda dos Santos Barbosa foi atropelada. Ela estava em cima de um veículo, se desequilibrou e caiu na principal avenida do bairro.
O vídeo mostra um carro branco com quatro pessoas com os corpos para fora. Eles circulavam por volta da meia-noite. Uma pessoa estava sentada na janela do lado esquerdo, duas estavam no teto solar e Amanda estava em cima do veículo.
A movimentação de veículos era intensa quando a jovem se desequilibrou e caiu na pista. Um outro veículo branco seguia paralelamente, freou e encostou no carro. No cruzamento, um veículo preto aguardava para entrar na via. Ele avançou em seguida e atropelou a jovem que estava caída no chão.
Tia afirmava que Amanda gostava de curtir a vida
Mulher morre atropelada no Bairro dos Bancários, em João Pessoa
Sandra Alexandra Cabral, tia da vítima, comentou que Amanda gostava de curtir a vida. “uma mulher trabalhadora, que como todo jovem gostava de curtir a vida nos fins de semana”, disse.
Sandra comentou que Amanda era design de cílios e que trabalhava bastante, ao longo de toda a semana. De acordo com ela, a jovem era “uma menina amada, feliz, muito carinhosa”.
“Sempre que ela abraçava a gente, dizia que nos amava”, declarou, chorando. “Ela amava a vida, amava viver”, completou.
Sobre o acidente, inclusive, Sandra contestou as versões das testemunhas e pediu uma investigação rigorosa por parte da Polícia Civil da Paraíba sobre o que aconteceu.
“A gente cobra que a polícia vá atrás das imagens de câmeras de segurança para saber exatamente o que aconteceu. Aonde ela realmente estava, o que aconteceu. Queremos esclarecer os fatos”, explica.
Ainda de acordo com a tia da vítima, é importante saber se o carro estava em alta velocidade, se houve imprudência por parte da pessoa que estava dirigindo o veículo.
Relembre o caso
Câmeras registram jovem em cima do carro antes de cair e ser atropelada, em João Pessoa
Reprodução/TV Cabo Branco
Amanda dos Santos Barbosa, de 24 anos, morreu atropelada na madrugada de 18 de novembro, no bairro dos Bancários, em João Pessoa, depois de perder o equilíbrio e cair do carro em que estava ao lado de outras amigas. Ela chegou a ser socorrida e levada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas morreu na unidade hospitalar.
De acordo com a Polícia Militar da Paraíba, testemunhas informaram que a vítima, identificada pelo nome de Amanda dos Santos Barbosa, voltava de uma festa quando começou a fazer vídeos e fotos para colocar num perfil de rede social.
Ela se deslocou parcialmente para fora do veículo e ficou sentada na janela da porta traseira. Em certo momento, desequilibrou, caiu na avenida principal do bairro e foi atropelada acidentalmente pelo carro que vinha atrás. As amigas da vítima, que estavam no carro, foram levadas para a Central de Polícia Civil para esclarecimentos sobre o que teria acontecido. A Polícia Civil ainda segue investigando o caso.
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