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Memórias da Repressão: relembre histórias de vítimas da ditadura militar na Paraíba

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Série Memórias da Repressão, exibida no JPB2, conta a história de vítimas do período da ditadura militar e faz parte da memória de 60 anos desde que o golpe antidemocrático foi instaurado no país. Série “Memórias da Ditadura” relembrou histórias de vítimas do regime
TV Cabo Branco
A série Memórias da Repressão, exibida no JPB2, apresentada pelo repórter Hebert Araújo, relembrou as histórias de vítimas do período da ditadura militar na Paraíba. Entre torturados, desaparecidos e mortos, a série abordou o destino de militantes contra o regime na época nefasta em que os militares comandavam o aparato de repressão estatal.
O grupo de reportagens foi dividido em três episódios, exibidos desde a última quarta-feira (24). A produção faz parte da memória sobre os 60 anos do Golpe Militar.
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No primeiro episódio da série, a reportagem aborda os relatos da professora presa pelo regime e os momentos de tortura. Maura Pires Ramos, de 87 anos, sobrevivente do período, foi presa e torturada em um local que ficou conhecido como ‘Granja do Terror’, em Campina Grande, durante a década de 1970.
Durante 12 dias, Maura Ramos ficou presa e isolada do mundo exterior no ponto em que a ditadura estabeleceu como “local de abate” na Paraíba, a Granja do Terror. Desde o rapto, que aconteceu na saída da escola em que ela trabalhava, até o cárcere, a professora conta os momentos de tensão com a ação da ditadura.
Para ajudar a filha que estava em cárcere, a mãe chegou a escrever cartas para diferentes autoridades, entre elas o então prefeito de Campina Grande, Evaldo Cruz, pedindo que poupassem a vida da mulher.
Após a clemência da mãe e das torturas, a professora foi posta em liberdade. Sobre todas as experiências negativas vividas por Maura, a vítima do regime militar contou que até hoje, mesmo passado tanto tempo dos acontecimentos, a memória dos dias ruins ficou impregnada no psicológico dela.
“Eu tenho muito viva todas as sensações, todas as palavras que me foram ditas. Aliviou muito (o contato com os alunos) porque “tia Maura” com um sorriso aqui, ‘vamos fazer isso, vamos brincar daquilo. Então as crianças pra mim foram, como eu disse, encontrei um ancoradouro no coração das crianças”, relatou.
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Outra vítima da ditadura foi João Roberto Borges, liderança do movimento estudantil, natural de João Pessoa. Por conta da atuação dele nesses movimentos que iam contra o regime militar, ele foi preso diversas vezes, teve os direitos de liberdade e de opinião cerceados.
Em uma das vezes que saiu da prisão, procurou documentos falsificados no Rio Grande do Norte, fornecidos por um amigo pessoal, que também providenciou uma residência na qual João Roberto poderia se refugiar das perseguições no Sertão da Paraíba, em Catolé do Rocha. No entanto, pouco tempo após a saída do estado do Rio Grande do Norte, João Roberto Borges foi encontrado morto no refúgio em Catolé do Rocha.
O corpo do ativista estudantil foi encontrado na beira de um açude na cidade, nas proximidades da casa em que ele estava vivendo.
Em relação à causa da morte de João Roberto, até os dias de hoje se permanece certa nebulosidade sobre os fatos. Isso porque, durante o período que comumente é realizado laudos que apontam a causa da morte, a família não preferiu que houvesse exames de necropsia.
O médico responsável por fazer o primeiro contato com o corpo de João Roberto, segundo a Comissão da Verdade, emitiu uma documentação dizendo que a morte tinha sido em decorrência de um afogamento, no entanto, a comissão não conseguiu a informação de que autópsias e exames foram realizados, mesmo antes da decisão da família.
A Comissão Estadual da Verdade, inclusive, encontrou muita resistência de parentes de familiares de João Roberto para colher depoimentos e remontar a situação da morte do líder estudantil no período em que foi criada para levantar informações do período da ditadura
Memórias da Repressão: Série sobre paraibanos que foram perseguidos pela ditadura militar
Outra vítima da ditadura que foi abordada na reportagem se trata de Pedro Inácio de Araújo, mais conhecido como “Pedro Fazendeiro”, um líder de organizações camponesas na Paraíba durante o período da ditadura militar. Ele foi uma das várias vítimas do regime por conta de sua atuação política e, até os dias atuais, a morte dele ainda permanece sem elucidação.
Natural da cidade de Itabaiana, no Agreste paraibano, Pedro era considerado pelos familiares e amigos como uma pessoa que se compadecida com causas humanitárias e, por conta disso, desde cedo se engajou na luta política alcançando o posto de liderança em Ligas Camponesas.
As Ligas Camponesas na qual Pedro fazia parte eram organizações que reuniam trabalhadores da agricultura e engajados em movimentos sociais na luta por direitos melhores para todos.
Memórias da Repressão: Série que traz histórias de paraibanos vítimas da ditadura militar
Até os dias atuais, mesmo com o trabalho realizado de levantamento de dados e também de entrevistas de testemunhas e pessoas chave na ditadura, a Comissão Estadual da Verdade não cravou as causas do desaparecimento de Pedro Fazendeiro, que permanecem sem respostas até hoje.
Na cidade de Alcantil, perto de Campina Grande, alguns dias depois do desaparecimento de Pedro, corpos irreconhecíveis foram encontrados. Um jornal paraibano da época foi cobrir o aparecimento desses cadáveres e publicou a notícia. Ex-companheiros de Pedro no 15º Regime de Infantaria viram a matéria e, por uma foto de um dos corpos com um short
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Justiça reduz penas dos três sócios da Fiji Solutions condenados por fraudes contra o sistema financeiro

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Decisão foi proferida por desembargadores do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). Bueno Aires José Soares de Souza, sócio da Fiji Solutions
Reprodução/TV Cabo Branco
Os três sócios do “grupo Fiji”, que inclui a empresa Fiji Solutions, tiveram penas reduzidas por decisão de desembargadores do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-F), no caso em que são condenados por fraudes contra o sistema financeiro e, segundo a Justiça, terem oferecido contratos de investimentos coletivos sem registro na Comissão de Valores Mobiliários. Sediada em Campina Grande, a empresa era investigada pela Polícia Federal por captar recursos de clientes, prometendo pagamentos expressivos por meio de operações de compra e venda de criptomoedas. A decisão foi emitida nesta quarta-feira (2).
O empresário Buenos Aires de Souza teve a pena diminuída de 25 anos e 2 meses para 10 anos e 1 mês. Já o casal Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Marília Lima tiveram as punições reduzidas de 14 anos e 8 meses, cada um, para 7 anos e 11 meses cada. Da decisão, cabe recurso.
Para a Rede Paraíba, a defesa dos acusados negou o envolvimento dos condenados com as irregularidades apontadas.
O três sócios foram condenados pelos crimes de operar instituição financeira sem autorização, emissão, oferecimento ou negociação de irregular de títulos ou valores mobiliários e gestão fraudulenta.
A investigação feita contra os sócios considera que as empresas Fiji Holding Participações, Fiji Solutions Participações e Fiji Tech fazem parte do “grupo Fiji”. As empresas movimentaram cerca de R$ 301 milhões. A Justiça também determinou a reposição de R$ 34 milhões, com base no que foi apurado pela Polícia Federal.
Conforme o processo, recursos arrecadados não eram empregados em operações de compra e venda de criptoativos com o intuito de obter lucro como anunciado. O juiz que proferiu a sentença de condenação, em outubro de 2024, afirmou que o montante recebido era utilizado para o pagamento de investidores anteriores.
Após o término da investigação ficou constatado que “não há registro de operações de compra e venda de criptoativos com o intuito de obter lucro (trades) em volume compatível com os valores aportados ou mesmo indícios que tenham sido obtidos resultados sequer próximos aos anunciados publicamente”.
O que é a Fiji Solutions?
Três sócios da Fiji são condenados pela Justiça da Paraíba
A Fiji Solutions é um empresa gestora de contratos de criptomoedas. Ao iniciar sua relação com a empresa, o cliente cede o controle da porcentagem de criptomoeda que adquiriu por meio de uma empresa corretora, a chamada exchange. Segundo o MP, a Fiji parou de cumprir os pagamentos previstos em contrato em fevereiro deste ano.
Em março, o promotor de Justiça e diretor regional do MP-Procon em Campina Grande, Sócrates Agra, recomendou que a empresa Fiji Solutions fizesse os pagamentos atrasados em até 72 horas, mas os prazos não foram cumpridos.
Em depoimento ao MP na época, um dos sócios afirmou que estaria com problemas técnicos para autorizar os repasses. A recomendação exigiu que a empresa ache uma solução junto a exchange Kucoin para pagamento de clientes.
As investigações
Operação contra a Fiji Solutions e a Softbank aconteceu em Campina Grande e em Gurjão, na PB
Divulgação/Polícia Federal
A empresa estava na mira da justiça desde abril de 2023, quando a 2ª Vara Cível de Campina Grande, atendendo a pedido do Ministério Público da Paraíba, bloqueou R$ 399 milhões dos sócios. Em junho do ano passado, a Polícia Federal deflagrou a Operação Ilha da Fantasia e começou a investigar as atividades da empresa.
Bueno Aires foi preso no mesmo mês da operação devido à investigação de crimes relacionados com abuso sexual infantil. Bueno Aires estava preso na Penitenciária Regional Padrão de Campina Grande, o Serrotão, após ser transferido do Rio de Janeiro, onde inicialmente foi preso pela Polícia Civil. Porém, foi solto em agosto de 2023 e cumpre medidas cautelares após ficar em liberdade.
Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Marília Lima do Nascimento foram presos durante a Operação Ilha da Fantasia, mas, o primeiro teve a prisão preventiva convertida em medida cautelar com o uso de tornozeleira eletrônica. Emilene ficou em prisão domiciliar.
A 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande recebeu a denúncia apresentada contra os três sócios da empresa Fiji Solutions. Os três viraram réus por um esquema de fraudes e pirâmide financeira.
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Projeto de faculdade oferece mil vagas em minicursos gratuitos para a área da saúde, em João Pessoa

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Atividades acontecem entre os dias 17 e 22 de julho e incluem certificado de participação. Incrições devem ser feitas pela Internet. Cursos são voltados a estudantes e profissionais da área da saúde
Banco de imagens / Freepik
Um total de 1.000 vagas gratuitas estão sendo oferecidas em minicursos voltados para a área de saúde em João Pessoa. A iniciativa é de uma faculdade privada e os interessados devem se inscrever exclusivamente pela internet.
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Os minicursos oferecidos pelas Faculdades Nova Esperança (Facene/Famene) têm foco 100% prático e abordam conteúdos voltados para quem busca capacitação ou atualização profissional. Os participantes terão acesso aos laboratórios da instituição e receberão certificado de participação.
A ação é direcionada a estudantes e profissionais da área da saúde. De acordo com a organização, os cursos têm como objetivo oferecer experiências práticas relacionadas às exigências do mercado.
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Suspeito de matar colega em restaurante tem prisão mantida após audiência de custódia

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Homem havia se apresentado à polícia nesta quarta-feira (2), cinco dias após o crime cometido dentro da cozinha de um restaurante. Suspeito de matar colega de trabalho em restaurante se entregou à polícia
Reprodução/TV Cabo Branco
Josiel Alexandre da Silva, suspeito de matar um colega de trabalho durante uma briga na cozinha de um restaurante em João Pessoa, teve a prisão mantida após passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (2). Segundo o delegado Douglas Garcia, ele foi encaminhado para a Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, o Presídio do Roger, em João Pessoa.
O crime aconteceu na última sexta-feira (27), dentro da cozinha de um restaurante no bairro dos Bancários.
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Josiel estava foragido desde o dia do homicídio e se apresentou à Polícia Civil na manhã desta quarta (2). Ao se entregar, foi cumprido um mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital.
De acordo com a polícia, Josiel e a vítima, Silvanildo Félix de Araújo, de 30 anos, trabalhavam juntos no estabelecimento. Eles teriam discutido durante o expediente, quando o suspeito desferiu um golpe de faca no pescoço do colega.
Silvanildo foi levado ao Hospital de Trauma pelo gerente do restaurante, mas não resistiu.
Entenda o caso
A discussão entre os dois funcionários aconteceu na manhã de sexta-feira (27), dentro da cozinha do restaurante. A Polícia Militar informou que a vítima foi atingida no pescoço. A morte gerou comoção entre colegas e clientes do estabelecimento.
Em nota publicada nas redes sociais, o restaurante lamentou a morte de Silvanildo. “Sua dedicação, profissionalismo e o bom humor com que sempre encarava os desafios farão imensa falta. Neste momento de dor, estendemos nossas mais sinceras condolências à sua família, amigos e a todos que, assim como nós, tiveram o privilégio de conhecê-lo e conviver com ele”, diz o texto.
Após o crime, Josiel fugiu de moto. A Polícia Militar foi até um endereço informado pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), mas ele não foi localizado na ocasião.
Quais as diferenças entre o homicídio culposo e doloso?
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