
A poluição visual e os riscos causados pelo emaranhado de fios nos postes de João Pessoa podem estar com os dias contados. Isso porque, em uma audiência decisiva, o Ministério Público Federal (MPF) e outros órgãos competentes definiram um plano de ação para, finalmente, reorganizar essa fiação. Afinal, o problema vai muito além da estética; em outras palavras, ele representa um perigo real para a segurança da população e para a qualidade dos serviços de telecomunicações e energia. Portanto, essa iniciativa conjunta surge como uma resposta aguardada e necessária para um problema que se arrasta há anos na capital paraibana.
O Diagnóstico: Um Problema Visível com Riscos Invisíveis
Primeiramente, é preciso entender a dimensão do desafio. Basicamente, o que vemos nas ruas é uma sobrecarga de cabos instalados de forma desordenada, muitos deles clandestinos ou abandonados. Contudo, o que não se vê são os riscos associados. Por exemplo, fios soltos podem causar acidentes graves, enquanto o excesso de peso nos postes pode comprometer a estrutura e, consequentemente, levar a quedas e interrupções de serviços essenciais. Dessa forma, a audiência liderada pelo MPF não tratou apenas de organização, mas, acima de tudo, de segurança pública.
O Plano de Ação: O Que Ficou Definido na Audiência?
A solução para um problema tão complexo exige, inegavelmente, uma ação coordenada. Como resultado, a reunião estabeleceu responsabilidades e prazos claros para as empresas envolvidas (de energia e telecomunicações). Assim, o que antes era um jogo de empurra-empurra agora tem um roteiro a ser seguido.
Principais Ações Definidas para a Reorganização:
- Mapeamento e Identificação: Primeiramente, será realizado um mapeamento completo da rede para identificar todos os cabos irregulares, clandestinos ou sem uso. Em seguida, as empresas responsáveis por essa fiação serão formalmente notificadas.
- Prazo para Regularização: Adicionalmente, foi estabelecido um cronograma com prazos rigorosos para que as empresas removam os fios inativos e organizem os que estão em operação, seguindo as normas técnicas vigentes.
- Fiscalização Contínua e Penalidades: Pelo contrário, a ação não termina após a notificação. Haverá um processo de fiscalização contínua para garantir o cumprimento do acordo. Consequentemente, as empresas que não se adequarem aos prazos estarão sujeitas a multas e outras sanções.
- Criação de um Comitê Gestor: Finalmente, foi definida a criação de um comitê permanente, com a participação de todos os órgãos envolvidos, para monitorar o andamento do plano e propor soluções de longo prazo, como o estudo de viabilidade para o enterramento de parte da fiação.
Em suma, a audiência pública representa um marco fundamental na busca por uma cidade mais organizada e segura. Embora a execução do plano seja complexa e demande tempo, o estabelecimento de diretrizes claras e a união de esforços entre o poder público e as empresas privadas são, sem dúvida, o primeiro passo essencial. Portanto, a população de João Pessoa agora tem um motivo para acreditar que a paisagem urbana, em breve, estará mais limpa e segura para todos.



