STF nega pedido da defesa de Bolsonaro; entenda

O STF decidiu por unanimidade negar o pedido feito pela defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro para mudar a ordem das falas no processo em que ele é investigado.
O requerimento foi apresentado pelo advogado de Bolsonaro, que solicitou que a defesa de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens e delator no caso, fosse ouvida antes.
Moraes lidera decisão de negativa de defesa de Bolsonaro
O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, foi o primeiro a se manifestar contra o pedido. Os outros quatro ministros da Primeira Turma, Cármen Lúcia, Luiz Fux, Cristiano Zanin e Flávio Dino, seguiram o entendimento de Moraes.
Logo, eles acabaram formando um julgamento unânime e encerrando a discussão sobre a ordem de fala neste momento da investigação. E agora, ficou curioso para saber o desfecho dessa história? Continue lendo!
Implicações para Bolsonaro e demais acusados
Como negativo, o processo segue seu curso normal. O Ministério Público já apresentou uma denúncia formal, e o próximo passo será uma análise do STF sobre sua acessibilidade.
Caso seja aceito, Bolsonaro e os demais investigados se tornarão réus, iniciando-se então uma ação penal. Essa fase do processo é mais densa e complexa.
Nela, serão produzidas provas, ouvidas testemunhas e detalhadas todos os elementos apresentados pelas partes envolvidas. Ao final, o Supremo decidirá se os réus deverão ser condenados ou absolvidos, o que poderá resultar, inclusive, em penas de reclusão.
O ex-presidente já foi tornado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por abuso de poder político nas eleições de 2022. Uma eventual denúncia no STF pode agravar ainda mais sua situação jurídica, política e pessoal.
O peso da delação de Mauro Cid
O depoimento de Mauro Cid, que se tornou delator após acordo com a PGR, é considerado uma das peças-chave na investigação.
Ele apresentou informações que, segundo os procuradores, reforçariam acusações de tentativa de golpe de Estado, falsificação de documentos e outros crimes ligados ao entorno de Bolsonaro durante e após seu mandato.

A tentativa de defesa de Bolsonaro de alterar a ordem de manifestações foi interpretada como uma tentativa de estratégia para se proteger de possíveis revelações inesperadas na fala de Cid.
Ao manter a ordem original, o STF reafirma seu compromisso com a legalidade processual e a isonomia entre os acusados.
O caso segue em tramitação e, nos próximos meses, a liberdade ou não da denúncia deve definir os rumores do processo contra o ex-presidente e seus aliados.



