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Falta de água em João Pessoa: o que se sabe sobre o roubo em estação da Cagepa

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Segundo o gerente regional da Cagepa, a equipe de técnicos e engenheiros já realizou todo o trabalho de logística para que o novo material seja entregue para reparar os danos do roubo e retomar o abastecimento de água da região. Cabos de cobre foram roubados da Estação Elevatória de Água Bruta de Gramame da Cagepa
Antônio Vieira/ TV Cabo Branco
Todo o município de Cabedelo e de Conde e 80% do território de João Pessoa amanheceram sem água na manhã desta quinta-feira (31). A Companhia de Água e Esgoto da Paraíba (Cagepa), responsável pelo abastecimento, informou que isso aconteceu depois que criminosos invadiram a Estação Elevatória de Água Bruta de Gramame e roubaram diversos cabos de cobre responsáveis pelo funcionamento do serviço.
O g1 reuniu abaixo as principais informações sobre a investigação da polícia quanto ao caso e a previsão da Cagepa para que a situação do abastecimento da água seja resolvida.
Como o roubo aconteceu
De acordo com a Cagepa, a equipe de manutenção da estação foi rendida por volta das 21h desta quarta-feira (30). Eram entre oito e dez ladrões estavam em busca dos cabos por causa do alto valor do cobre no mercado de venda clandestina.
De acordo com o levantamento realizado pela Gerência Regional do Litoral, os bandidos roubaram 450 metros de fios de cobre, causando um prejuízo de R$ 180 mil. No entanto, com a paralisação na distribuição de água, a Cagepa deixou de arrecadar aproximadamente R$ 1,7 milhões.
Inicialmente, a informação era de que os bandidos chegaram ao local em um caminhão. Porém, o delegado Braz Marroni explicou que, segundo os depoimentos das testemunhas, não há informações sobre como os criminosos chegaram na estação.
Para fugir, o grupo roubou um veículo da empresa e um carro de um funcionário. Os dois veículos foram abandonados pelos assaltantes e encontrados pela Polícia Civil, que os encaminharam para a perícia.
Roubo de cabos interrompe abastecimento de água em Cabedelo, Conde e João Pessoa
Pessoas afetadas pela falta de água
Em João Pessoa, a falta de água abrange toda a região das praias e toda a área ao sul da BR-230, o que equivale a pelo menos 50 bairros, ou 80% do território da cidade. Além dessa região da capital, também foram afetadas as cidades litorâneas de Cabedelo e Conde, em suas totalidades. São pelo menos 250 mil imóveis atingidos pelo problema.
Fazendo um cruzamento com dados do Censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aproximadamente 760 mil pessoas foram afetadas pelo problema.
Pelo Censo de 2022, 80% da população de João Pessoa equivale a 667.145 habitantes. Já Cabedelo tem 66.519 habitantes e Conde tem 27.605. Somadas essas populações, 761.270 pessoas foram afetadas, o que equivale a 19,15% da população paraibana.
Qual a previsão do retorno do abastecimento de água
Segundo o gerente regional da Cagepa, Wallace Oliveira, a previsão é de que até o final desta quinta-feira (31) o trabalho na estação de água seja concluído e o abastecimento de água comece a ser retomado gradativamente a partir das 6h da manhã desta sexta-feira (1°).
O que diz a Polícia sobre o roubo da estação da Cagepa
De acordo com o delegado Braz Morrone, da Delegacia de Crimes contra o Patrimônio (DCCPAT), a polícia está recolhendo depoimentos de todos os funcionários que foram testemunhas do assalto. A Polícia Civil acredita que o roubo foi planejado.
“Acreditamos, pelo modus operandi utilizado, que eles já sabiam o que estavam fazendo. Inclusive, há alguns meses, ocorreu esse mesmo furto na empresa, e pensamos que, pela forma como foi conduzido toda a ação criminosa, eles já sabiam o que estavam fazendo. Também consideramos que já existe uma pessoa específica, o receptor, para receber todo o cobre”, afirmou o delegado Braz Marroni, responsável pela investigação.
A Estação Elevatória de Água Bruta de Gramame, alvo da ação criminosa, não possui câmeras de segurança e também não é a primeira vez que o local foi roubado. Segundo Marroni, criminosos invadiram e levaram fios de cobre da estação no primeiro semestre deste ano, mas em menor quantidade, de forma que não interromperam a distribuição de água na região.
“Como o estabelecimento não tem câmeras, então a gente tá tentando construir toda a dinâmica baseada nas testemunhas. Estamos ouvindo com maior detalhe pra ver como tudo se deu e como foi a rota de fuga deles”, explicou o delegado.
João Pessoa e cidades vizinhas estão sem água
Como o problema de abastecimento de água está sendo resolvido
Em depoimento à Polícia Civil, o gerente regional da Cagepa, Wallace Oliveira, afirmou que já mobilizou uma equipe de técnicos e engenheiros de Campina Grande para trabalhar na unidade da Estação Elevatória de Água Bruta de Gramame em conjunto com a equipe da Cagepa de João Pessoa para averiguar os danos e iniciar a substituição do material roubado.
Ainda segundo o gerente regional da Cagepa, a equipe encarregada já realizou todo o trabalho de logística para que o novo material seja entregue o mais rápido possível para que os reparos necessários sejam feitos. Cagepa contratou emergencialmente o material, que está sendo trazido da cidade de Recife para que seja iniciada a reposição.
“O material já está chegando. Importante, inclusive, tranquilizar a população e dizer que o material não está vindo de longas distâncias, boa parte do material está aqui em João Pessoa e a gente já está trabalhando no local. As equipes só estão fazendo as constatações técnicas necessárias para poder partir com segurança”, explicou Walace Oliveira.
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Linhas de ônibus de Campina Grande têm expansão na rota a partir desta segunda; veja quais mudam

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Linhas de ônibus de Campina Grande terão expansão na rota a partir desta segunda (3)
Felipe Valentim/TV Paraíba
A partir desta segunda-feira (3), cinco linhas de ônibus do transporte público de Campina Grande terão expansão no itinerário. De acordo com a Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP), a medida atenda a demanda da população de bairros como as Malvinas.
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As linhas que beneficiadas são: 220, 004A, 444, 404 e 555, que passam pelos bairros das Malvinas, Itararé, Santa Rosa e Palmeira.
Nas Malvinas, um dos bairros mais populosos de Campina Grande, o ajuste será na linha 220, que circula pelo conjunto Colinas do Sol. Para atender moradores da área, o horário de atendimento da linha será aumentado, circulando até 22h50 com saída do último ônibus do Terminal de Integração (Centro).
A linha 004 A, que circula principalmente no bairro do Itararé, vai passar a entrar na Vila Cabral de Santa Terezinha, seguindo até o condomínio Sky Ville e retornando ao itinerário normal em direção ao Centro da cidade.
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Já a linha 444, que atende o bairro do Santa Rosa, a entrada que antes era na Rua Enfermeira Maria de Lourdes agora será antecipada para a Rua Santa Rita, em direção a Rua do Sol seguindo itinerário normal. A linha 404 agora passará em frente ao condomínio Dallas.
Outra importante mudança é na linha 555, que agora vai passar na rua Manoel Uchoa e José Lins do Rêgo, onde funcionava uma faculdade no bairro da Palmeira, para atender a uma demanda de trabalhadores de uma nova empresa de call center instalada no local.
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Corpo de criança é encontrado dentro de saco plástico, em João Pessoa; pai é o principal suspeito e foi preso em SC

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Central de Polícia de João Pessoa
Plínio Almeida/TV Cabo Branco
O corpo de uma criança de 11 anos foi encontrado, na noite deste sábado (1º), em uma área de mata no bairro Colinas do Sul, em João Pessoa. A vítima, que de acordo com a Polícia Militar era autista e tinha deficiência visual, estava desaparecida desde a manhã de sexta-feira (31). O principal suspeito do crime é o próprio pai da vítima, identificado como Davi Piazza Pinto, que foi preso em Florianópolis (SC) após se apresentar à polícia.
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De acordo com as informações iniciais da Polícia Militar, o homem havia viajado de Santa Catarina para a Paraíba com o argumento de ajudar nos cuidados do filho. A mãe da criança mora em João Pessoa e está em um novo relacionamento. O pai manteve contato com ela e pediu para se encontrar com o menino, o que aconteceu no bairro de Manaíra, zona leste da capital paraibana.
As investigações apontam que o crime ocorreu logo após o encontro. Segundo a PM, depois de assassinar o filho, Davi teria levado o corpo até o bairro Colinas do Sul, onde o enterrou em uma área de mata, dentro de um saco plástico e parcialmente coberto por terra. Ainda de acordo com a PM, a suspeita é de que a criança foi morta por asfixia.
Desde o desaparecimento da vítima, equipes da Polícia Militar realizaram buscas na região. O corpo foi localizado na noite de sábado, e a perícia do Instituto de Polícia Científica (IPC) foi acionada para realizar os procedimentos técnicos no local.
Enquanto isso, em Florianópolis, o suspeito de matar a criança se apresentou em uma delegacia da capital catarinense e foi preso. A Polícia Civil da Paraíba investiga as circunstâncias do crime.
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Estudante de física cria réplica de moto usando papelão na PB: ‘Para inspirar outras pessoas’

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Estudante de física cria réplica de moto usando papelão na PB
Um estudante de física da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) conseguiu um feito inusitado: criar uma motocicleta de papelão. Hector Diego, de 19 anos, calculou, desenhou e construiu do zero a réplica de uma motocicleta de alto padrão na cidade de Cuité, no interior paraibano.
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Hector é estudante do curso de graduação em física da UFCG no campus de Cuité, cidade onde ele mora. Além de ser estudante, ele também trabalha com artesanato, produzindo várias outras peças com materiais como o próprio papelão, e ainda atua como organizador de eventos.
Estudante de física cria moto de papelão na Paraíba
Arquivo Pessoal/Hector Diego
Apaixonado por física e por desafios, Hector se inspirou no influenciador Henry Gonçalves, que produz várias peças de veículos, como kart e motocicletas, com papelão, e divulga em vídeos na internet.
De tanto consumir o conteúdo, ele decidiu construir uma motocicleta, e em fevereiro deste ano tirou a ideia do papel e começou a criar do zero o veículo.
“Eu acompanhava o Henry Gonçalves, que é um criador dessas artes de papelão. Ele sempre fazia, e desde pequeno eu vi os vídeos dele. Daí como eu cresci e já sabia mexer no material, eu pensei, ‘por que não tentar?”, explicou.
Hector desenhou e calculou cada detalhe da réplica da moto construída com papelão
Arquivo Pessoal/Hector Diego
Entusiasmado com a ideia, Hector demorou cerca de 55 dias para construir a moto, e de pouco a pouco conseguiu se dedicar ao trabalho aos fins de semana e nos dias em que não tinha aula durante a semana.
O projeto foi desenhado e calculado pelo estudante. Cada peça foi medida com o cuidado de quem tinha o objetivo de fazer a moto funcionar de verdade.
Réplica de moto de papelão levou mais de 50 dias para ser construída, na Paraíba
Arquivo Pessoal/Hector Diego
O jovem conta que não foi difícil conseguir matéria prima para o projeto. Foram várias caixas grandes de papelão, algumas cedidas por conhecidos e outras encontradas pelas ruas de Cuité.
“Papelão não foi um material difícil de achar aqui não. Foram 15 caixas de fogão, quatro caixas de bicicleta grandes e duas caixas de uns armários bem grandes. Essas 15 caixas de fogão três pessoas me deram, conhecidos meus, que eu disse que estava fazendo projeto e eles me deram. As outras eu peguei assim no meio da rua mesmo, quando o povo comprava o fogão eles jogavam na frente de casa e algumas eu peguei atrás da loja. As de bicicleta eu peguei atrás dessas montadoras de bicicleta que tem, que eles montam e descartaram”, explicou.
Além do papelão, Hector também usou materiais como vergalhão, para dar base de sustentação ao veículo; metalon, e canos e motor elétrico para simular o movimento dos pistões. Também foram utilizados fios, lâmpadas de led para o farol e interruptor para acionar o sistema elétrico.
Apesar de parecer uma bicicleta, a base da motocicleta criada por Hector foi feita à mão, por ele mesmo. Tudo para conseguir mostrar o potencial do artesanato.
O estudante explica que ainda faltam alguns detalhes para concluir a ideia inicial da motocicleta de papelão, inspirada no modelo Africa twin CRF 1100 versão MT.
Réplica de moto construída por Hector ao lado de motocicletas do modelo que ele usou como inspiração
Arquivo Pessoal/Hector Diego
Mesmo assim, o veículo tem chamado atenção por onde passa, atraindo inclusive motoqueiros de outras partes da Paraíba e do Nordeste, que vão até Cuité conferir de perto a criação de Hector.
“A repercussão tem sido incrível, bem acima do que eu esperava. Foi algo que eu não esperava no começo, porque quando eu postava pegava mil visualizações, bem pouquinho mesmo. Daí depois, lá pro dia 45, que eu já tinha feito a frente dela, já tinha feito as rodas e ela estava quase meio encaminhada, eu postei no TikTok e deu mais de três milhões de visualizações em menos de um dia. Daí foi da vez que eu comecei a postar”, disse.
Moto construída em Cuité, na Paraíba, teve papelão como matéria prima
Arquivo Pessoal/Hector Diego
Hector deixa claro que os conhecimentos sobre física e matemática o ajudaram muito a produzir a moto.
“Para a pessoa saber fazer ela tinha que usar trigonometria, dividir ela em ângulos, essas partes, em triângulo, retângulo… Para dividir ela você tinha que saber a somatória que ia ser em uma escala 1 por 10 (…) Tudo bateu com o tamanho porque depois eu quando eu já tinha feito essas contas desenhadas, eu fui olhar na especializada da fábrica. Daí eu consegui fazer ela”, explica.
Circulação da moto não é permitida
A circulação da moto com Hector pilotando é proibida, uma vez que o veículo não possui regularização junto ao Detran-PB, e apresenta ausência, portanto, de placa ou chassi.
O estudante é ciente da proibição, e afirma que sua criação se trata de uma réplica, e portanto, não pode ser pelotada no trânsito.
“Procurei sim saber se é permitido circular com ela. Eu fui atrás para saber se era permitido andar com ela. Andar com ela sim é permitido, mas pilotar não é porque ela é uma réplica, né? Eu posso ficar movendo ela dos cantos, fazendo posts, mas andar em cima dela não, porque ela tem que ter um número de chassi, tem que ter uma placa, ela não é um veículo autorizado pela Detran”, reitera o artesão.
O objetivo do paraibano é inspirar outras pessoas que enxergam no artesanato a possibilidade de fazer inúmeras coisas.
“Meu objetivo era também ser inspiração, porque eu tive uma inspiração, que foi o Henry Gonçalves, que faz vídeo fazendo moto, carro, tudo de papelão. Então, eu pequenininho via e pensava, ‘ah, eu vou fazer algum dia um’ (…) para inspirar, inspirar e inspirar os outros”, finaliza.
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