Nesta segunda-feira dia (21), um trágico acidente aéreo chamou a atenção no litoral do Rio Grande do Norte. Uma aeronave do tipo girocóptero caiu na região de Areias Alvas, entre os municípios de Tibau e Grossos, e vitimou duas pessoas.
O caso reacendeu a curiosidade e também os questionamentos sobre o que exatamente é esse tipo de aeronave, cada vez mais presente em voos recreativos e turísticos no Brasil. Abaixo, explicamos o que é um girocóptero, como ele funciona e por que, apesar de ser considerado seguro, exige cuidados específicos.
O que é um girocóptero?
Essa aeronave, também conhecida como autogiro ou giroplano, é uma aeronave de asas rotativas que possui funcionamento híbrido entre um avião e um helicóptero.
Sua principal característica é o rotor principal no topo da aeronave, que gira de forma livre, por auto rotação, e não é impulsionado diretamente por um motor como acontece nos helicópteros.
A propulsão do girocóptero vem de uma hélice comum, movida por um motor, que geralmente fica posicionada na parte traseira (modelo de empuxo) ou na dianteira (modelo de tração). Ao avançar, o fluxo de ar faz o rotor girar, gerando sustentação e permitindo o voo.
Por que ele é considerado seguro?
O grande diferencial desse tipo de aeronave está na forma como ele reage a falhas no motor. Por funcionar com autorrotação, mesmo que o motor de propulsão pare, o rotor principal continua girando, permitindo que a aeronave plane e pouse com segurança.
Isso faz com que o girocóptero seja, em teoria, uma das aeronaves mais seguras da aviação leve. No entanto, como qualquer outro equipamento aéreo, ele depende de boa manutenção, conhecimento técnico e condições adequadas de voo.
Em ambientes de instabilidade atmosférica, fortes rajadas de vento ou baixa visibilidade, o controle pode se tornar mais complexo.
Uso no Brasil e curiosidades
No Brasil, essa opção bem intrigante que une dois dos convencionais estilos de aeronaves, são usados principalmente para fins recreativos e turísticos, especialmente em cidades litorâneas.
Seu porte leve, manobrabilidade e capacidade de operar em pistas curtas ou espaços reduzidos fazem dele uma escolha popular entre entusiastas da aviação.
Essas aeronaves devem seguir as normas da ANAC (Agência Nacional de Aviação Civil), que exige treinamento específico e habilitação de pilotos, além da manutenção regular de seus componentes.
Embora sejam menos comuns do que aviões ou helicópteros, os girocópteros vêm ganhando espaço com o crescimento da aviação experimental e particular.
