G1
Inscrições na parede, refeição antes do crime e negociação com policial: o que aconteceu antes e durante assassinato de gerente em shopping de João Pessoa
Delegada de homicídios de João Pessoa detalhou como foi o passo a passo do suspeito no dia do crime, desde o momento em que entrou no restaurante até se entregar. Suspeito preso após atirar em gerente de restaurante dentro de shopping em João Pessoa
Divulgação/Polícia Civil
O homem suspeito de atirar e matar Mayara Valeria Barros, gerente de um restaurante do Mangabeira Shopping, em João Pessoa, não teria dado chances à vítima de conversar sobre a possível negativa de vaga de emprego antes de atirar contra ela, dentro do restaurante, na última sexta-feira (12). A delegada Luísa Correia, titular da delegacia de Homicídios de João Pessoa, detalhou o passo a passo do suspeito no dia do crime.
Luiz Carlos Rodrigues dos Santos se entregou à polícia e foi preso em flagrante após atirar e matar Mayara Valeria Barros e manter um funcionário do restaurante refém. Ele teve a prisão convertida em preventiva no sábado (13) e foi levado para o presídio do Róger, na capital paraibana.
Mayara Barros era gerente de um restaurante em shopping de João Pessoa e foi morta a atiros por homem que se sentiu rejeitado após entrevista de emprego
Reprodução
Passo a passo do crime
De acordo com a delegada Luísa Correia, por volta do meio-dia o suspeito Luiz Carlos Rodrigues dos Santos chegou ao shopping portando uma mochila com as munições e a arma.
Ele foi até a praça de alimentação do local, chegou ao restaurante onde a vítima trabalhava, montou a própria refeição no self-service e sentou em uma das mesas.
Minutos depois, a polícia diz que o homem identificou a vítima, se direcionou para a mesa em que ela e o proprietário do restaurante estavam e atirou.
Após atirar pela primeira vez contra Mayara e ela cair, ela conseguiu se levantar e correr. A perseguição a ela continuou e o homem seguiu atirando, até conseguir acertar mais um tiro contra a gerente.
Mayara caiu em frente a uma outra lanchonete da praça de alimentação, onde ficou até receber socorro.
A mulher morreu dentro do shopping.
Gerente morreu em frente a restaurante da praça de alimentação de shopping, em João Pessoa
Arquivo pessoal/Renan Nóbrega
Ao contrário do que o homem disse, as investigações apontam de que o suspeito chegou na mesa da vítima e atirou, sem conversar sobre a recusa em um processo seletivo do restaurante, apenas proferindo algumas palavras em alusão à recusa no trabalho.
O suspeito chegou a afirmar à polícia, depois do crime, que teria sido menosprezado após uma entrevista de emprego no restaurante. De acordo com o depoimento, no dia do crime, ele teria dito que precisava da vaga e a gerente teria que dito que aquilo não era um problema dela, segundo a delegada. Mas a investigação descarta a existência desse diálogo logo antes do assassinato.
“O que o depoimento do proprietário desconstrói, porque não teve tempo, quando ela levantou, que ia explicar para ele, ele já efetua o primeiro disparo e as imagens mostram que não houve sequer tempo de ter conversa negativa em relação a ele. Como ele já saiu de casa com essa ideia, ele já estava determinado. Acreditamos que independente da resposta dela, teria chegado o mesmo resultado”, disse a delegada.
Enterro da gerente morta dentro de shopping acontece no ES; assassino teria planejado
Policial civil que estava almoçando negociou com suspeito
Um policial civil estava almoçando no local na hora em que tudo aconteceu. Depois que Mayara foi baleada, o policial se aproximou do suspeito, que ainda estava com a arma em mãos. Então Luiz Carlos entrou de novo no restaurante, fez um homem refém, “um escudo humano”, para que não fosse atingido por nenhuma bala.
Segundo a polícia, o homem atirou “duas ou três vezes” contra os policiais que estavam sem fardamento naquela ocasião.
Após os disparos contra a polícia, o policial sem fardamento jogou um número de telefone escrito em um papel para que o homem pudesse entrar em contato e se comunicar. O objetivo era começar as negociações para libertar o refém.
De acordo com Luísa Correia, o momento em que o homem levou o refém para a sacada do shopping foi acordado com os agentes como forma de o suspeito chegar perto do bilhete e ser “tranquilizado”.
“Um número de telefone num pedaço de papel foi lançado, e os policiais falam pelo telefone e o tranquilizam. Há um momento em que ele vai para a sacada do shopping, mas foi combinado, porque como ele [um policial] lançou o papel com telefone próximo, para resguardar a própria vida, não podia chegar perto do atirador. Pediram pra ele ir para a varanda para conseguir pegar o papel”, explicou.
A delegada também informou que, após ocorrer a comunicação entre o suspeito e a polícia, o homem cedeu, tirou as munições do revólver, colocou a arma em uma mesa e foi preso. No momento da comunicação, o suspeito disse para o policial que estava fazendo aquilo por conta do processo seletivo em que foi recusado no restaurante.
Policiais em frente a shopping de João Pessoa após mulher ser baleada na praça de alimentação
TV Cabo Branco/Reprodução
Crime foi premeditado
Após o crime, a polícia fez um trabalho de investigação na casa do suspeito. A perícia inicial que foi feita traz a tese de que o homem foi para o Mangabeira Shopping com o intuito de “cometer um ato grave”. As informações foram passadas pelo superintendente da Polícia Civil, Cristiano Santana.
“Foram colhidos depoimentos do proprietário e de funcionários do restaurante e, além disso, de uma forma muito positiva foi realizada uma perícia em um local relacionado e na residência do autor, onde estes elementos só corroboram o fato de que ele saiu realmente de casa com um propósito de cometer algum ato grave, não sabemos se seria homicídio”, disse.
O superintendente explicou também que na perícia realizada na casa do suspeito, havia inscrições na parede, onde existiam os dizeres que “ele não poderia ser julgado pelo que viesse a cometer”.
“Havia inscrições nas paredes da casa onde ele informava que não poderia ser julgado pelo que viesse a cometer, então ele já se deslocou ao shopping com essa ideia predeterminada. É um fato muito grave, até pela quantidade de munições que ele portava ainda”, contou.
A polícia apreendeu com o suspeito 38 munições intactas e seis deflagradas.
Cristiano Santana informou também que várias perícias estão sendo feitas e que novos depoimentos vão ser colhidos com o intuito de corroborar o que já existe no inquérito. O resultado da primeira perícia feita na casa do homem ainda vai ser divulgado, conforme a delegada Luísa Correia.
No depoimento prestado para a polícia, o suspeito contou que recentemente passou por uma separação com a ex-companheira, morava sozinho e que não tinha ninguém. De acordo com a polícia, o homem não mostrou arrependimento em nenhum momento após a prisão.
“Não há arrependimento, ele se mostra tranquilo e muito consciente do que ele foi fazer ali e do resultado que ele achou positivo para o que fez. Não relatou uso de nenhum medicamento e de nenhuma problemática de fundo psiquiátrico”, disse Luísa Correia.
O homem já passou por audiência de custódia, onde a prisão em flagrante foi convertida para preventiva. Ele está preso no presídio do Roger e vai aguardar julgamento preso. O suspeito vai responder pelos crimes de homicídio qualificado sem possibilidade de defesa da vítima, cárcere em relação a refém e porte ilegal de arma de fogo.
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G1
Bombeiros voltam a suspender buscas por médico que desapareceu após cair em rio na praia do Jacaré, na PB
Suspensão se deve à falta de visibilidade no local. Buscas serão retomadas neste sábado (3). Médico e esposa são do Maranhão e se envolveram em acidente durante passeio de lancha. Região onde médico se afogou, na praia do Jacaré, na PB, não é indicada para o banho, diz Bombeiros
Reprodução/TV Cabo Branco
O Corpo de Bombeiros suspendeu temporariamente as buscas pelo médico Samuel Almeida Costa, que desapareceu após cair no Rio Paraíba, na área da praia do Jacaré, em Cabedelo, na Grande João Pessoa. O acidente aconteceu no fim da tarde da quinta-feira (1º), feriado do Dia do Trabalhador. Além do médico de 42 anos, do Maranhão, a esposa dele, uma mulher de 39 anos, ficou ferida ao tentar salvá-lo.
Segundo o Corpo de Bombeiros, as buscas pelo desaparecido começaram desde o fim da tarde da quinta (1º), mas foram temporariamente paralisadas por volta das 20h em virtude das condições de iluminação no local. O trabalho foi retomado às 5h da manhã desta sexta-feira (2) e suspenso, novamente, no início da noite, por falta de visibilidade. O terceiro dia de buscas deve iniciar na manhã do sábado (3).
De acordo com informações do major Francélio, do Corpo de Bombeiros, a área onde o médico caiu é uma região de grande movimentação de embarcações. Além disso, tem grande profundidade e uma correnteza que pode ser perigosa, devido ao encontro do rio com o mar.
O Corpo de Bombeiros também informou que um planejamento foi montado de forma conjunta, com equipes de salvamento de Cabedelo e de João Pessoa. As equipes contam com quatro embarcações, duas motos aquáticas, dois botes de salvamento e apoio aéreo.
As buscas foram expandidas para outras áreas devido às condições de maré do local onde o homem se afogou. A região é próxima ao encontro do rio com o mar, o que pode dificultar a localização da vítima.
A esposa do homem que está desaparecido sofreu fraturas e lacerações nas pernas ao tentar salvá-lo, e foi socorrida para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Segundo o último boletim médico divulgado pela unidade, a mulher tem quadro de saúde considerado estável.
Homem desaparece no mar da praia do Jacaré, na PB, e esposa fica ferida ao tentar salvá-lo
Deyse Ponciano/TV Cabo Branco
Entenda o caso
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, que foi acionado logo após o afogamento, o homem estava em uma lancha privada quando caiu na água sem proteção e começou a se afogar. A esposa, para tentar salvá-lo, também entrou no mar, mas foi atingida pela hélice da embarcação.
O casal estava acompanhado de outras duas pessoas. O grupo estava na lancha, na praia do Jacaré, para ver o pôr do sol. A embarcação estava a cerca de 400 metros da área de observação para pedestres.
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G1
Homem morre após desabamento de muro durante obra, em Campina Grande
Antônio Carlos Silva Araújo, de 61 anos, realizava corte no muro quando a estrutura desabou. Perícia aponta que a vítima não usava EPIs. Homem morre após desabamento de muro durante obra, em Campina Grande
Geraldo Jerônimo/TV Paraíba
Um homem, identificado como Antônio Carlos Silva Araújo, de 61 anos, morreu após ser atingido por um desabamento de um muro em um depósito no final da tarde desta sexta-feira (2), localizado na Avenida Brasília, no bairro do Catolé, em Campina Grande.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima e outro trabalhador realizavam o corte da estrutura quando parte do muro desabou, atingindo a vítima.
Outros trabalhadores tentaram retirar os escombros, mas Antônio Carlos não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e, apesar das tentativas de ressuscitação, a vítima não sobreviveu.
A perícia criminal informou à TV Paraíba que a vítima não usava Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
A Polícia Civil investiga as causas do desabamento.
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G1
Trio rouba carro, policial militar de folga reage e impede fuga de criminosos em Campina Grande; VÍDEO
Três suspeitos roubaram um carro no bairro Centenário. Policial de folga presenciou o crime, reagiu e impediu a fuga dos criminosos ao atingir o pneu do veículo. Policial à paisana impede assalto em Campina
Um policial militar à paisana impediu a fuga de três criminosos que haviam acabado de roubar um carro no bairro Centenário, em Campina Grande, na manhã dessa quinta-feira (1º). A ação durou cerca de 10 segundos e imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que os assaltantes entram no veículo e são surpreendidos pelo policial. Veja a ação no vídeo acima.
Segundo informações da Polícia Militar, o policial estava de folga quando presenciou os três suspeitos rendendo os ocupantes de um carro de passeio e assumindo o controle do veículo.
Ele observou que pelo menos dois deles estavam armados e decidiu enfrentar os criminosos. Ao se aproximar do veículo que estava em movimento indo em direção ao policial, gritou pedindo que os assaltantes parassem o carro e se rendessem.
Trio rouba carro, policial de folga reage e impede fuga de criminosos em Campina Grande
Reprodução/TV Paraíba
A Polícia Militar afirmou que foi nesse momento que os criminosos começaram a atirar contra o agente, que não foi atingido. O policial revidou e disparou contra o veículo, atingindo um dos pneus.
Ainda assim, os suspeitos conseguiram fugir, mas apenas por cerca de 600 metros. O carro foi abandonado no bairro Pedregal, depois que o pneu estourou. Viaturas da Polícia Militar foram acionadas e localizaram o veículo em um dos becos do bairro.
Durante as buscas, os policiais também apreenderam um revólver com munições, que teria sido usado pelos assaltantes. Ninguém foi preso até o momento, mas as diligências continuam para localizar os suspeitos.
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