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Justiça aceita denúncia contra três servidoras do TJPB por racismo religioso

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As servidoras insinuavam que a vítima perderia a guarda de seus filhos se não abrisse mão de sua religião. Fórum Criminal de João Pessoa
Divulgação/TJPB
A justiça aceitou a denúncia contra três servidoras do Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) por racismo religioso. As mulheres são acusadas de discriminar uma mulher de religião de matriz africana nas dependências do poder judiciário, em João Pessoa, entre os anos 2015 e 2018. O juiz José Guedes Cavalcanti Neto, da 4ª Vara Criminal da Capital, aceitou a denúncia neste sábado (24).
De acordo com o MPPB, as servidoras trabalhavam no Setor Psicossocial do Fórum Cível da Capital, e foram identificadas como Ana Valquíria Perouse Pontes, Suênia Costa Cavalcanti e Rosângela de França Teófilo Guimarães. O g1 não conseguiu localizar a defesa das acusadas, mas o espaço permanece aberto para resposta.
A vítima, que é mãe de santo, era parte de um processo que tramita na 2ª Vara de Família de Mangabeira. Ela entrou com uma ação de regulamentação das visitas de seus dois filhos para seu ex-marido. Foi determinada a avaliação do setor psicossocial do TJPB, localizado no Fórum Cível, e ficou acordado os dias em que a mulher deveria levar as crianças ao setor, para que o genitor as visitasse.
A mulher relatou ter sido alvo de racismo religioso por parte das três servidoras, entre o período de 2015 e 2018. Segundo a vítima, as mulheres diziam frases como “chegou a macumbeira” e insinuavam que ela perderia a guarda de seus filhos se não abrisse mão de sua religião. Ela contou também que ouviu que não deveria levar as crianças para o terreiro, pois não era ‘ambiente familiar’.
De acordo com o MPPB, a vítima também denunciou outras situações de racismo, como ter sido barrada no Setor Psicossocial por estar com um vestido branco e a cabeça raspada com torço (composição da indumentária religiosa).
Os órgãos ministeriais tomaram conhecimento do caso, este ano, a partir de ofício encaminhado pela Coordenação do Núcleo de Apoio das Equipes Multidisciplinares do TJPB.
Cópias dos autos do processo foram enviadas ao TJPB para que tomem as medidas disciplinares cabíveis em relação às servidoras do Setor Psicossocial. O mesmo foi enviado para à Presidência do TJPB, cobrando a realização de capacitações dos servidores do órgão contra a intolerância religiosa e sobre letramento racial.
Ainda de acordo com o MPPB, a Presidência do TJ informou que promoveu, em julho, capacitação de servidores sobre o assunto. A Promotoria aguarda informações da Corregedoria do tribunal sobre as medidas disciplinares adotadas em relação às servidoras.
O inquérito policial
A denúncia é um desdobramento de um inquérito policial, instaurado a pedido da promotora de Justiça da Capital, Fabiana Lobo, que atua na defesa da cidadania e do Núcleo de Gênero, Diversidade e Igualdade Racial (Gedir/MPPB).
A vítima é iniciada no Candomblé, religião que segue desde criança, e, em 2015, precisou ajuizar ação de regulamentação de visitas dos filhos menores.
Segundo a investigação, a mulher sofreu racismo religioso por parte das três servidoras, que questionavam a sua religião e diziam que ela não deveria levar os filhos para “terreiro de candomblé”, porque o local não era adequado para crianças, tinha bebidas e era habitado por homossexuais e travestis, dentre outras afirmações preconceituosas e discriminatórias.
A vítima relatou à autoridade policial e ao MPPB, episódio em que chegou a ouvir uma das servidoras dizer às demais denunciadas: “chegou a macumbeira”, referindo-se a ela.
Ainda de acordo com a denúncia, em outra ocasião, a servidora impediu a vítima de entrar na sala do fórum por estar vestida com os trajes do candomblé. A mulher relata que, após o ocorrido, deixou de utilizar os trajes característicos da religião que pratica.
Em outros momentos, a denunciadas chegaram a zombar de alguns rituais próprios de sua religião, como o banho de pipoca, e diziam que só havia um Deus e que ela deveria levar seus filhos para uma igreja católica ou evangélica.
A vítima afirmou que sofreu tanto que chegou a mentir para as servidoras, dizendo que não frequentava mais os terreiros e que fechara a casa de santo, para que elas parassem, pois até mesmo suas crianças não queriam mais ir para as visitas no Fórum.
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Homem é preso suspeito de ameaçar e agredir mulher com quem tinha um relacionamento, em João Pessoa

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Suspeito foi levado para a Delegacia de Atendimento à Mulher nesta terça-feira (2)
Polícia Civil/Divulgação
Um homem de 39 anos foi preso em flagrante suspeito de ameaçar e cometer violência doméstica contra a mulher com quem mantinha um relacionamento, nesta terça-feira (2), em João Pessoa. De acordo com a Polícia Civil, o suspeito e a vítima estavam juntos há sete anos.
Segundo a Polícia Civil, a vítima foi até a Delegacia da Mulher para denunciar as agressões que sofria do homem. Em depoimento, ela contou que o suspeito era ciumento e tinha um comportamento violento, e que ela tinha fugido escondida da residência onde eles viviam após ter sido agredida por ele.
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Durante o registro da ocorrência, o suspeito foi procurar pela vítima no local de trabalho dela, quando foi preso pela Polícia Civil e foi encaminhado para um exame de corpo de delito no Núcleo de Medicina e Odontologia Legal (Numol) e, em seguida, conduzido à carceragem da Cidade da Polícia Civil, onde permanece à disposição da Justiça.
Violência contra mulher: como pedir ajuda
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Rede de supemercados oferece mais de 60 vagas de emprego na Paraíba

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Rede atacadista oferece mais de 60 vagas de emprego na Paraíba
Taiguara Rangel/G1
Mais de 60 vagas de emprego estão disponíveis na Paraíba para atuar em uma rede de supermercados em diferentes áreas. As oportunidades são para as cidades de João Pessoa, Cabedelo e Campina Grande. Todas as posições também são abertas a pessoas com deficiência.
Clique aqui para realizar sua inscrição
As principais vagas disponíveis no Assaí Atacadista são para os cargos de Operador(a) de loja e Operador(a) de caixa. Os interessados devem se inscrever diretamente nas vagas disponíveis da região, através do site oficial.
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Para se cadastrar, é necessário ter mais de 18 anos, ensino médio completo, CPF, telefone atualizado e um endereço de e-mail válido. O processo seletivo será realizado em etapas presenciais e online.
A empresa informa que oferece remuneração e pacote de benefícios compatíveis com o mercado, além de um plano de carreira estruturado. Segundo a companhia, há investimento constante na capacitação e desenvolvimento profissional dos colaboradores em todo o país.
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Meia tonelada de maconha é apreendida e duas pessoas são presas em João Pessoa

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Meia tonelada de maconha para o tráfico é apreendida pela polícia em João Pessoa e duas pessoas são presas
Flávio Fernandes/TV Cabo Branco
Cerca de meia tonelada de maconha foi apreendida em uma casa no bairro de Mangabeira, em João Pessoa, e duas pessoas foram presas, nesta terça-feira (2), de acordo com a Delegacia de Repressão ao Crime Organizado (Draco).
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Todo o material apreendido e também os dois presos foram levados para a Central de Polícia, em João Pessoa.
Ainda não há maiores informações sobre como aconteceu a prisão dos dois suspeitos.
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