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MP cobra mudança de nomes de bairros e ruas de João Pessoa que homenageiam envolvidos com a Ditadura Militar

Câmara de Vereadores e Prefeitura de João Pessoa têm 15 dias para adotar medidas em resposta à cobrança do MP Sede do Ministério Público da Paraíba (MPPB), em João Pessoa
Ascom/MPPB
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) quer a mudança de nomes de bairros, ruas e instituições públicas de João Pessoa que homenageiam agentes envolvidos em violações de direitos humanos durante a Ditadura Militar, que ocorreu entre 1964 e 1985. A capital tem, por exemplo, três bairros com nomes de presidentes da época da ditadura.
A Promotoria de Justiça de João Pessoa cobrou da Câmara de Vereadores e da Prefeitura Municipal medidas para que os nomes sejam alterados. O órgão deu um prazo de 15 dias úteis para a apresentação das providências adotadas.
A solicitação faz parte de um procedimento investigativo instaurado pelos promotores Fabiana Lobo da Silva e Francisco Lianza Neto, que atuam na defesa da cidadania. O objetivo é verificar se as recomendações das comissões Nacional e Estadual da Verdade estão sendo cumpridas. As comissões pediram essa mudança.
O g1 entrou em contato com a Câmara Municipal e a Prefeitura de João Pessoa para ter uma posição a respeito da cobrança do Ministério Público da Paraíba. Os dois poderes afirmaram que, até o momento, não receberam nenhuma notificação da Promotoria.
Contexto histórico e recomendações
O relatório final da Comissão Nacional da Verdade (CNV), publicado em 2014, identificou 377 agentes do Estado responsáveis por crimes durante o regime e recomendou medidas para evitar novas violações. Entre as ações sugeridas, está a alteração de nomes de locais públicos que homenageiam envolvidos no período.
“Dentre as recomendações da CNV está a de ‘promover a alteração da denominação de logradouros, vias de transporte, edifícios e instituições públicas de qualquer natureza, sejam federais, estaduais ou municipais, que se refiram a agentes públicos ou a particulares que notoriamente tenham tido comprometimento com a prática de graves violações’”, detalharam os promotores de Justiça.
Na Paraíba, a Comissão Estadual da Verdade também propôs, em relatório de 2017, a renomeação desses espaços, sugerindo que recebessem nomes de vítimas da repressão.
Mesmo passados mais de 10 anos da publicação do relatório final da CNV, João Pessoa ainda possui logradouros com referências a figuras associadas ao regime militar. Os promotores destacam que há uma lei municipal que impede a alteração de nomes de logradouros após 10 anos de consolidação. No entanto, argumentam que essa norma não deve prevalecer sobre princípios constitucionais do Estado Democrático de Direito e da dignidade humana.
A promotora de Justiça Fabiana Lobo destacou ainda a existência de um movimento nacional que exige o cumprimento da recomendação da CNV. “Em dezembro do ano passado, o Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo julgou uma ação movida pela Defensoria Pública da União e pelo Instituto Vladimir Herzog e determinou que a Prefeitura de São Paulo estabelecesse um cronograma para mudar nomes de ruas e instalações que homenageiam pessoas ligadas à Ditadura Militar”, disse.
Casos citados
O Ministério Público mencionou alguns logradouros que fazem referência a figuras do regime militar. Entre eles, estão:
Avenida Presidente Castelo Branco e bairro Castelo Branco: fazem referência ao marechal Humberto de Alencar Castello Branco, primeiro presidente do Brasil após o golpe militar e criador do Serviço Nacional de Informações (SNI);
Bairro e rua Costa e Silva: homenagem a Arthur da Costa e Silva, presidente que instituiu o Ato Institucional número 5 (AI-5), que endureceu o regime;
Rua Emílio Médici: referência ao presidente que comandou o período mais repressivo da ditadura e implementou o DOI-Codi;
Bairro Ernesto Geisel: faz referência ao general Ernesto Geisel, que comandou o país entre 1974 e 1979.
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Linhas de ônibus de Campina Grande têm expansão na rota a partir desta segunda; veja quais mudam

Linhas de ônibus de Campina Grande terão expansão na rota a partir desta segunda (3)
Felipe Valentim/TV Paraíba
A partir desta segunda-feira (3), cinco linhas de ônibus do transporte público de Campina Grande terão expansão no itinerário. De acordo com a Superintendência de Trânsito e Transportes Públicos (STTP), a medida atenda a demanda da população de bairros como as Malvinas.
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As linhas que beneficiadas são: 220, 004A, 444, 404 e 555, que passam pelos bairros das Malvinas, Itararé, Santa Rosa e Palmeira.
Nas Malvinas, um dos bairros mais populosos de Campina Grande, o ajuste será na linha 220, que circula pelo conjunto Colinas do Sol. Para atender moradores da área, o horário de atendimento da linha será aumentado, circulando até 22h50 com saída do último ônibus do Terminal de Integração (Centro).
A linha 004 A, que circula principalmente no bairro do Itararé, vai passar a entrar na Vila Cabral de Santa Terezinha, seguindo até o condomínio Sky Ville e retornando ao itinerário normal em direção ao Centro da cidade.
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Já a linha 444, que atende o bairro do Santa Rosa, a entrada que antes era na Rua Enfermeira Maria de Lourdes agora será antecipada para a Rua Santa Rita, em direção a Rua do Sol seguindo itinerário normal. A linha 404 agora passará em frente ao condomínio Dallas.
Outra importante mudança é na linha 555, que agora vai passar na rua Manoel Uchoa e José Lins do Rêgo, onde funcionava uma faculdade no bairro da Palmeira, para atender a uma demanda de trabalhadores de uma nova empresa de call center instalada no local.
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Corpo de criança é encontrado dentro de saco plástico, em João Pessoa; pai é o principal suspeito e foi preso em SC

Central de Polícia de João Pessoa
Plínio Almeida/TV Cabo Branco
O corpo de uma criança de 11 anos foi encontrado, na noite deste sábado (1º), em uma área de mata no bairro Colinas do Sul, em João Pessoa. A vítima, que de acordo com a Polícia Militar era autista e tinha deficiência visual, estava desaparecida desde a manhã de sexta-feira (31). O principal suspeito do crime é o próprio pai da vítima, identificado como Davi Piazza Pinto, que foi preso em Florianópolis (SC) após se apresentar à polícia.
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De acordo com as informações iniciais da Polícia Militar, o homem havia viajado de Santa Catarina para a Paraíba com o argumento de ajudar nos cuidados do filho. A mãe da criança mora em João Pessoa e está em um novo relacionamento. O pai manteve contato com ela e pediu para se encontrar com o menino, o que aconteceu no bairro de Manaíra, zona leste da capital paraibana.
As investigações apontam que o crime ocorreu logo após o encontro. Segundo a PM, depois de assassinar o filho, Davi teria levado o corpo até o bairro Colinas do Sul, onde o enterrou em uma área de mata, dentro de um saco plástico e parcialmente coberto por terra. Ainda de acordo com a PM, a suspeita é de que a criança foi morta por asfixia.
Desde o desaparecimento da vítima, equipes da Polícia Militar realizaram buscas na região. O corpo foi localizado na noite de sábado, e a perícia do Instituto de Polícia Científica (IPC) foi acionada para realizar os procedimentos técnicos no local.
Enquanto isso, em Florianópolis, o suspeito de matar a criança se apresentou em uma delegacia da capital catarinense e foi preso. A Polícia Civil da Paraíba investiga as circunstâncias do crime.
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Estudante de física cria réplica de moto usando papelão na PB: ‘Para inspirar outras pessoas’

Estudante de física cria réplica de moto usando papelão na PB
Um estudante de física da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG) conseguiu um feito inusitado: criar uma motocicleta de papelão. Hector Diego, de 19 anos, calculou, desenhou e construiu do zero a réplica de uma motocicleta de alto padrão na cidade de Cuité, no interior paraibano.
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Hector é estudante do curso de graduação em física da UFCG no campus de Cuité, cidade onde ele mora. Além de ser estudante, ele também trabalha com artesanato, produzindo várias outras peças com materiais como o próprio papelão, e ainda atua como organizador de eventos.
Estudante de física cria moto de papelão na Paraíba
Arquivo Pessoal/Hector Diego
Apaixonado por física e por desafios, Hector se inspirou no influenciador Henry Gonçalves, que produz várias peças de veículos, como kart e motocicletas, com papelão, e divulga em vídeos na internet.
De tanto consumir o conteúdo, ele decidiu construir uma motocicleta, e em fevereiro deste ano tirou a ideia do papel e começou a criar do zero o veículo.
“Eu acompanhava o Henry Gonçalves, que é um criador dessas artes de papelão. Ele sempre fazia, e desde pequeno eu vi os vídeos dele. Daí como eu cresci e já sabia mexer no material, eu pensei, ‘por que não tentar?”, explicou.
Hector desenhou e calculou cada detalhe da réplica da moto construída com papelão
Arquivo Pessoal/Hector Diego
Entusiasmado com a ideia, Hector demorou cerca de 55 dias para construir a moto, e de pouco a pouco conseguiu se dedicar ao trabalho aos fins de semana e nos dias em que não tinha aula durante a semana.
O projeto foi desenhado e calculado pelo estudante. Cada peça foi medida com o cuidado de quem tinha o objetivo de fazer a moto funcionar de verdade.
Réplica de moto de papelão levou mais de 50 dias para ser construída, na Paraíba
Arquivo Pessoal/Hector Diego
O jovem conta que não foi difícil conseguir matéria prima para o projeto. Foram várias caixas grandes de papelão, algumas cedidas por conhecidos e outras encontradas pelas ruas de Cuité.
“Papelão não foi um material difícil de achar aqui não. Foram 15 caixas de fogão, quatro caixas de bicicleta grandes e duas caixas de uns armários bem grandes. Essas 15 caixas de fogão três pessoas me deram, conhecidos meus, que eu disse que estava fazendo projeto e eles me deram. As outras eu peguei assim no meio da rua mesmo, quando o povo comprava o fogão eles jogavam na frente de casa e algumas eu peguei atrás da loja. As de bicicleta eu peguei atrás dessas montadoras de bicicleta que tem, que eles montam e descartaram”, explicou.
Além do papelão, Hector também usou materiais como vergalhão, para dar base de sustentação ao veículo; metalon, e canos e motor elétrico para simular o movimento dos pistões. Também foram utilizados fios, lâmpadas de led para o farol e interruptor para acionar o sistema elétrico.
Apesar de parecer uma bicicleta, a base da motocicleta criada por Hector foi feita à mão, por ele mesmo. Tudo para conseguir mostrar o potencial do artesanato.
O estudante explica que ainda faltam alguns detalhes para concluir a ideia inicial da motocicleta de papelão, inspirada no modelo Africa twin CRF 1100 versão MT.
Réplica de moto construída por Hector ao lado de motocicletas do modelo que ele usou como inspiração
Arquivo Pessoal/Hector Diego
Mesmo assim, o veículo tem chamado atenção por onde passa, atraindo inclusive motoqueiros de outras partes da Paraíba e do Nordeste, que vão até Cuité conferir de perto a criação de Hector.
“A repercussão tem sido incrível, bem acima do que eu esperava. Foi algo que eu não esperava no começo, porque quando eu postava pegava mil visualizações, bem pouquinho mesmo. Daí depois, lá pro dia 45, que eu já tinha feito a frente dela, já tinha feito as rodas e ela estava quase meio encaminhada, eu postei no TikTok e deu mais de três milhões de visualizações em menos de um dia. Daí foi da vez que eu comecei a postar”, disse.
Moto construída em Cuité, na Paraíba, teve papelão como matéria prima
Arquivo Pessoal/Hector Diego
Hector deixa claro que os conhecimentos sobre física e matemática o ajudaram muito a produzir a moto.
“Para a pessoa saber fazer ela tinha que usar trigonometria, dividir ela em ângulos, essas partes, em triângulo, retângulo… Para dividir ela você tinha que saber a somatória que ia ser em uma escala 1 por 10 (…) Tudo bateu com o tamanho porque depois eu quando eu já tinha feito essas contas desenhadas, eu fui olhar na especializada da fábrica. Daí eu consegui fazer ela”, explica.
Circulação da moto não é permitida
A circulação da moto com Hector pilotando é proibida, uma vez que o veículo não possui regularização junto ao Detran-PB, e apresenta ausência, portanto, de placa ou chassi.
O estudante é ciente da proibição, e afirma que sua criação se trata de uma réplica, e portanto, não pode ser pelotada no trânsito.
“Procurei sim saber se é permitido circular com ela. Eu fui atrás para saber se era permitido andar com ela. Andar com ela sim é permitido, mas pilotar não é porque ela é uma réplica, né? Eu posso ficar movendo ela dos cantos, fazendo posts, mas andar em cima dela não, porque ela tem que ter um número de chassi, tem que ter uma placa, ela não é um veículo autorizado pela Detran”, reitera o artesão.
O objetivo do paraibano é inspirar outras pessoas que enxergam no artesanato a possibilidade de fazer inúmeras coisas.
“Meu objetivo era também ser inspiração, porque eu tive uma inspiração, que foi o Henry Gonçalves, que faz vídeo fazendo moto, carro, tudo de papelão. Então, eu pequenininho via e pensava, ‘ah, eu vou fazer algum dia um’ (…) para inspirar, inspirar e inspirar os outros”, finaliza.
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