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Secretária de João Pessoa trocou mensagens com chefe de facção criminosa, afirma PF

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Janine Lucena é secretária-executiva de Saúde e filha do prefeito Cícero Lucena. Diálogos fazem parte da investigação da Operação Mandare. Defesa da secretária não reconhece as mensagens. Janine Lucena, secretária executiva de Saúde de João Pessoa e filha do prefeito Cícero Lucena
Sérgio Lucena/Secretaria Municipal de Saúde de João Pessoa/Arquivo
A secretária-executiva de saúde de João Pessoa, Janine Lucena, trocou mensagens com um homem considerado chefe de uma facção criminosa que atua na capital. As informações são da Polícia Federal, que aponta um acordo de troca de cargos públicos para facilitar acesso a comunidades comandadas pelo crime organizado.
A TV Cabo Branco teve acesso a uma troca de mensagens atribuídas ao chefe da facção criminosa e secretária-executiva Janine Lucena. O diálogo é investigado na Operação Mandare, desencadeada pela Polícia Federal, em maio deste ano, para apurar possível relação de grupos criminosos e a Prefeitura de João Pessoa.
As conversas entre a secretária-executiva e Jossiênio da Silva, conhecido como Ênio Chinês, apontado pela PF como chefe da facção criminosa Nova Okaida, sugere um acordo de troca de cargos por acesso a comunidades comandadas pelo crime organizado.
Em nota, a defesa de Janine Lucena afirmou que não reconhece as mensagens descritas na investigação, não sabendo as origens das mesma, nem tampouco sua finalidade real (leia a nota completa abaixo). A TV Cabo Branco não conseguiu localizar a defesa de Jossiênio da Silva e sua esposa.
Entenda investigação que apura relação entre grupo criminoso e órgãos públicos
De acordo com a PF, as informações foram retiradas do celular de Ênio e a conversa foi no dia 25 de julho de 2022. Ele foi alvo de prisão na primeira fase da Operação Mandare, no dia 3 de maio deste ano, mas já estava detido em penitenciária de segurança máxima em João Pessoa.
No mesmo dia, a polícia fez busca e apreensão na casa e no gabinete da secretária, que é filha do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena.
Nas mensagens, Ênio reclama do valor dos salários que a esposa e a filha estão recebendo como servidoras da prefeitura e pede uma ajuda de custo. Ele diz ser dono de comunidades em João Pessoa e ameaça barrar a entrada de pessoas nas regiões se não for atendido.
“Eu não vou mais deixar mais ninguém entrar nos meus lugares sem resolver comigo, como vai ser mesmo. Porque esse pessoal aí ganha as coisas em cima de mim no meu lugar, e eu não vou aceitar mais não e eu não ganhei nada. O povo que eu conheço que apoia vocês é beneficiado”, afirmou.
Nas mensagens atribuídas a Janine Lucena, a secretária diz que cumpriu o que foi prometido.
“A gente achava que estava tudo certo com vocês, achava que o pessoal de lá tinha falado com vocês antes”, afirmou.
Ênio insiste e disse que em uma eleição anterior deixou de fechar com outro candidato porque cumpriu a palavra, mas agora quer ganhar mais.
“Seguinte é esse, Janine: nas eleições passadas, eu não ganhei nada. Minha mulher e filha estão ganhando um salário igual a todo mundo e isso não tá certo, não. Coloquei o povo para trabalhar e não ganhei nada com isso, era pra estar ganhando uma ajuda de custo igual a outros meus parceiros aí, tá entendendo? E nessas eleições agora vai ficar do mesmo jeito? não quero, não”, afirmou Ênio.
Ao tentar explicar a situação, Janine, segundo a polícia, afirmou que todo o acordo foi feito com uma mulher chamada Patrícia.
“Eu vou conversar com Patrícia, mas tudo que combinei com ela eu cumpri”, afirmou Janine.
Ênio rebateu. “Mas agora é comigo, não é mais com minha mulher, não. Eu fiquei calado da outra vez, mas agora é dessa maneira”, afirmou. Por fim, a secretária diz que vai tentar resolver. “Quando conversei com a Patrícia, o pedido dela foi para arrumar algo para ela e para a filha, e foi cumprido. Já marquei com patrícia, vou conversar pessoalmente com ela”, afirmou Janine.
Patrícia é a esposa de Ênio que, segundo a Polícia Federal, era auxiliar de sala de aula da prefeitura e recebia pouco mais de 1.600 reais. A filha, Aline da Silva Santos, era funcionária da Emlur e recebia cerca de 2600 reais. Nenhuma está mais nos cargos e as duas também foram alvos da operação, em maio.
O que diz a secretária Janine Lucena?
Em nota, a defesa de Janine Lucena afirmou que não reconhece as mensagens descritas na investigação, não sabendo as origens das mesma, nem tampouco sua finalidade real.
A defesa afirma que a secretária, durante depoimento, foi informada pela Polícia Federal que nenhuma daquelas mensagens foram encontradas no celular dela. Ainda segundo eles, Janine não é investiga, sequer foi indiciada pela polícia, razão pela qual possui as certidões negativas de primeira e segunda instância da Justiça Federal e Justiça Estadual.
A nota afirma que Janine Lucena continua a disposição e na internação de colaborar com os órgãos de investigação, ao tempo em que “continuará a se utilizar do Poder Judiciário, para reparar qualquer injusta agressão ou criação de relação inexiste dela com o tráfico nas comunidades de João Pessoa”.
Interferência da facção em órgãos públicos
De acordo com a Polícia Federal, um integrante da facção criminosa conhecida como ‘Nova Okaida’, que tem posição de liderança na organização, identificado como Jossênio Silva dos Santos, articulou a obtenção de cargos em órgãos públicos em troca de conceder apoio à entrada de agentes municipais em comunidades controladas ou que sofrem influência do crime organizado.
As informações que desdobraram na operação foram conseguidas pela polícia a partir da quebra do sigilo telefônico e telemático do integrante da organização criminosa. O celular do suspeito foi apreendido em uma inspeção de rotina no local em que ele está preso, a Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes, conhecido como PB1.
No celular, havia imagens, vídeos, diálogos e áudios que, segundo a PF, indicam a prática de tráfico interestadual de drogas, lavagem de dinheiro e organização criminosa.
Segundo a investigação, o preso responde a vários processos, entre eles o de matar uma mulher que segurava um bebê nos braços, enquanto outras quatro crianças olhavam.
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Boate é interditada por falta de licença ambiental nos Bancários, em João Pessoa

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Além da interdição do estabelecimento, moradores da região reclamavam de barulhos e insegurança. Casa de shows é interditada por falta de licença ambiental nos Bancários, em João Pessoa
Reprodução/TV Cabo Branco
Uma boate foi interditada pela Prefeitura de João Pessoa nesta quarta-feira (20) por não apresentar a licença ambiental para funcionar, requisito necessário para esse tipo de estabelecimento.
A boate fica localizada na Rua Walfredo Macedo Brandão, principal do bairro dos Bancários. Recentemente, moradores da região reclamaram sobre a violência na área, que teve, além de barulhos, tiros foram registrados próximos ao local.
No mesmo dia em que os tiros foram registrados na região, na última segunda-feira (18), Amanda dos Santos Barbosa, de 24 anos, estava na casa de shows e, após sair do local, morreu depois de perder o equilíbrio e cair do carro em que estava ao lado de outras amigas. Ela chegou a ser socorrida e levada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa, mas morreu na unidade hospitalar.
A administração da casa boate Casarão Sul foi procurada pela produção da TV Cabo Branco, mas um posicionamento do estabelecimento não foi divulgado até a última atualização desta notícia.
Prefeitura de João Pessoa interdita boate nos Bancários
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Polícia encontra em Monteiro carro usado na fuga por suspeito de feminicídio em João Pessoa

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Suspeito teria fugido para Monteiro, no Cariri, e a polícia conseguiu localizar o veículo utilizado na fuga. Ele ainda está foragido por matar mulher em João Pessoa, na terça (19). Carro utilizado na fuga por suspeito de matar mulher em Gramame, em João Pessoa, foi encontrado em Monteiro
Divulgação/Polícia Civil
O carro utilizado na fuga do suspeito de matar a facadas uma mulher identificada como Hailie Vitória Barbosa da Silva, de 20 anos, foi encontrado nesta quarta-feira (20) na zona rural de Monteiro, no Cariri da Paraíba. De acordo com a Polícia Civil, o veículo foi encontrado numa residência, na região do sítio Morcego, que pertence ao suspeito.
Segundo o delegado Gilson Duarte, as investigações da Polícia Civil apontaram que o suspeito seria natural de Monteiro e que ele teria familiares na região. Foi realizada uma incursão, com a finalidade de prender o suspeito, mas ele conseguiu fugir.
Na operação policial, foram apreendidos alguns objetos que pertencem ao suspeito, como documentos e celular, além do veículo utilizado na fuga dele de João Pessoa para Monteiro.
A Polícia Civil ainda está realizando diligências na região para localizar e prender o suspeito.
Imagens de câmera de segurança mostram suspeito dentro do apartamento da vítima
TV Cabo Branco/Reprodução
Relembre o caso
Vítima de feminicídio em Gramame, João Pessoa
Arquivo Pessoal
Hailie Vitória Barbosa da Silva, de 20 anos de idade, foi assassinada com duas facadas no tórax na madrugada de terça-feira (19) em Gramame, bairro da zona sul de João Pessoa. A Polícia Civil da Paraíba investiga o caso e a suspeita é de feminicídio.
Hailie Vitória Barbosa da Silva estava dentro de seu apartamento quando foi esfaqueada e foi encontrada dentro do banheiro. A faca usada no crime foi localizada jogada no chão da cozinha do imóvel.
A vítima foi resgatada ainda com vida durante a madrugada por uma unidade do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) e levada para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Ela deu entrada na unidade hospitalar em estado gravíssimo, mas teve o óbito confirmado por volta de 7h45 do mesmo dia do crime.
Vítima de feminicídio ocorrido em Gramame, em JP, será enterrada em Olinda (PE)
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Mulher é presa suspeita de aplicar golpes em agricultores para usar dinheiro em jogos eletrônicos, na PB

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Suspeita aplicava golpes em agricultores de Piancó oferecendo cisternas pelo governo, fazia empréstimos em nome das vítimas e utilizava o dinheiro para jogar em jogos eletrônicos. Delegacia de Piancó, PB
TV Paraíba/Reprodução
Uma mulher de 25 anos foi presa suspeita de praticar estelionato contra agricultores na zona rural de Piancó, no Sertão da Paraíba. Segundo a Polícia Civil, a suspeita teria feito pelo menos 14 vítimas, aplicando golpes que geraram prejuízo superior a R$ 100 mil.
A Polícia Civil informou que tomou conhecimento da situação em outubro deste ano, quando várias pessoas foram enganadas pela suspeita em duas localidades da zona rural do município de Piancó, nos sítios Brotas e Volta.
Segundo as vítimas, a suspeita tinha confiança entre as vítimas e se aproveitou disso para recolher os documentos que, segundo a suspeita, seria para um cadastro do governo para eles obterem cisternas gratuitamente. A ação aconteceu nos meses de abril e maio deste ano, porém só tiveram conhecimento em outubro.
14 vítimas compareceram à delegacia de Piancó para denunciar as atitudes da mulher de 25 anos e o prejuízo é de cerca de R$ 102,1 mil. Foi expedido um mandado de prisão preventiva e sequestro de bens e valores e a mulher foi presa na terça-feira (19), no bairro Ouro Branco, em Piancó.
Durante interrogatório na delegacia, a suspeita assumiu ter praticado os golpes e relatou que fez isso para obter dinheiro para jogar em jogos eletrônicos de azar, como o “jogo do tigrinho”.
“Ela chegava no sítio, mas também teve casos na área urbana de Piancó, falava sobre uma cisterna que ela estaria fazendo um cadastro para o governo e obter essa cisterna gratuitamente. Depois disso ela recolhia os documentos e fazia o cadastro em um determinado banco para obter empréstimos e microcrédito. Ela falou que utilizava o dinheiro para jogar o ‘jogo do tigrinho’”, explicou o delegado Lucas Rothardand.
Além da prisão da mulher, também foram bloqueados bens e valores de suas contas para garantir o ressarcimento das vítimas, e agora está disponível para a Justiça. Após passar por audiência de custódia, ela foi encaminhada para Patos, também no Sertão, onde está presa e aguardando pelos procedimentos judiciais.
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