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Violência na Paraíba 2025: Regiões Críticas

cenário preocupante coloca a Paraíba entre os cinco estados brasileiros com maior crescimento da violência urbana.

A violência na Paraíba atingiu patamares alarmantes em 2025, segundo dados divulgados pela Secretaria de Estado da Segurança e da Defesa Social (SESDS). O novo mapeamento criminal revela aumento de 18% nos índices de criminalidade em comparação ao ano anterior, concentrando-se principalmente na região metropolitana de João Pessoa e no Sertão paraibano.

Este cenário preocupante coloca a Paraíba entre os cinco estados brasileiros com maior crescimento da violência urbana. O relatório oficial aponta que fatores como disputas territoriais entre facções, tráfico de drogas e desemprego juvenil contribuem diretamente para o agravamento da situação criminal no território estadual.

O Que Revelam os Números da violência na Paraíba?

Os dados oficiais mostram que foram registrados 1.247 homicídios dolosos na Paraíba durante os primeiros dez meses de 2025, representando média de 4,1 mortes por dia. Primeiramente, este índice supera em muito a taxa considerada aceitável pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que estabelece limite de 10 homicídios por 100 mil habitantes.

A capital João Pessoa lidera as estatísticas com 312 casos registrados, seguida por Campina Grande com 89 ocorrências e Bayeux com 67 registros. Contudo, quando analisamos as taxas proporcionais à população, cidades menores do interior apresentam índices ainda mais alarmantes.

Ranking das Cidades Mais Violentas:

PosiçãoCidadeHomicídiosTaxa por 100mil hab
João Pessoa31238,2
Campina Grande8921,7
Bayeux6752,8
Santa Rita5441,3
Patos3128,9

Entretanto, especialistas alertam que estes números podem estar subestimados devido à subnotificação em municípios menores, onde famílias frequentemente optam por não registrar ocorrências por medo de represálias.

Quais São as Regiões Mais Perigosas?

monitor abril 2020 - Correio Paraibano - Violência na Paraíba 2025: Regiões Críticas
Violência na Paraíba 2025: Regiões Críticas 3

A região metropolitana de João Pessoa concentra 47% de todos os crimes violentos registrados no estado. Bairros periféricos como Mangabeira, Cristo Redentor e Valentina apresentam índices críticos, com registros diários de roubos, assaltos e homicídios.

Todavia, o Sertão paraibano emerge como nova área de preocupação. Municípios como Sousa, Cajazeiras e Pombal registraram aumentos superiores a 35% na criminalidade, principalmente relacionados ao tráfico interestadual de drogas e armas.

Mapeamento Regional da Violência na Paraíba:

  • Grande João Pessoa: 582 homicídios (46,7% do total)
  • Agreste: 198 casos (15,9% do total)
  • Sertão: 176 ocorrências (14,1% do total)
  • Borborema: 154 registros (12,4% do total)
  • Mata Paraibana: 137 casos (10,9% do total)

Ademais, rodovias que cortam o estado, especialmente a BR-230 e BR-101, tornaram-se corredores preferenciais para o crime organizado, facilitando o transporte de entorpecentes e armamentos entre estados vizinhos.

Por Que a Violência Aumentou Tanto?

Análises conduzidas pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA) identificam múltiplos fatores responsáveis pelo agravamento da violência na Paraíba. Principalmente, a chegada de facções criminosas originárias de outros estados intensificou disputas territoriais locais.

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A facção Primeiro Comando da Capital (PCC) expandiu significativamente sua atuação no território paraibano, entrando em confronto direto com grupos criminosos locais estabelecidos há décadas. Por outro lado, o Comando Vermelho (CV) também busca consolidar presença na região, criando guerra tripla pelo controle do narcotráfico.

Principais Causas Identificadas:

  1. Disputas entre facções criminosas nacionais
  2. Desemprego juvenil acima da média nacional
  3. Tráfico de drogas em rotas interestaduais
  4. Déficit policial de aproximadamente 30%
  5. Corrupção em órgãos de segurança

Inclusive, a crise econômica pós-pandemia contribuiu para aumentar o recrutamento de jovens pelo crime organizado. Pesquisas mostram que 68% dos criminosos presos tinham entre 16 e 24 anos, faixa etária mais afetada pelo desemprego.

Como Funciona a Atuação das Facções?

As organizações criminosas operam através de células especializadas que controlam territórios específicos. No entanto, a novidade é a sofisticação operacional observada nos últimos dois anos, incluindo uso de drones para vigilância e aplicativos criptografados para comunicação.

O PCC estabeleceu bases operacionais em pelo menos 15 municípios paraibanos, utilizando estratégia de “franchising criminal” que oferece proteção e fornecimento de drogas em troca de percentual sobre vendas locais. Apesar disso, grupos locais resistem à dominação externa, gerando conflitos sangrentos.

Estratégias das Facções na Paraíba:

  • Controle territorial através de milícias armadas
  • Recrutamento juvenil em escolas públicas
  • Corrupção de agentes públicos locais
  • Lavagem de dinheiro em comércios legais
  • Intimidação de lideranças comunitárias

Assim como em outros estados nordestinos, as facções exploram vulnerabilidades sociais para expandir influência, oferecendo proteção e renda em comunidades abandonadas pelo poder público.

Quais Medidas o Governo Está Tomando?

O Governo da Paraíba anunciou investimento de R$ 340 milhões em segurança pública para 2026, incluindo contratação de 800 novos policiais e aquisição de equipamentos tecnológicos avançados. Bem como, será implementado programa de inteligência artificial para prever padrões criminais.

A Operação “Paraíba Segura” mobiliza efetivo conjunto entre Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Federal, realizando operações simultâneas nas regiões mais críticas. Ainda mais, foram criadas delegacias especializadas em combate ao crime organizado nas principais cidades.

InvestimentoValorPrazo de Implementação
Novos policiaisR$ 180 milhões12 meses
EquipamentosR$ 85 milhões6 meses
TecnologiaR$ 45 milhões8 meses
InfraestruturaR$ 30 milhões18 meses

Por fim, parcerias com municípios vizinhos de Pernambuco e Rio Grande do Norte visam criar barreira regional contra avanço das facções criminosas, compartilhando inteligência e coordenando operações conjuntas.

O Que a População Pode Fazer?

Especialistas em segurança pública recomendam que cidadãos adotem medidas preventivas básicas, como evitar ostentação, não circular sozinhos durante madrugada e manter celulares com localização desabilitada em áreas de risco.

A participação comunitária através de conselhos de segurança e denúncias anônimas representa ferramenta fundamental no combate à criminalidade. Também programas sociais focados em jovens vulneráveis podem reduzir recrutamento pelas facções.

Medidas de Prevenção Individual:

  • Evitar horários e locais de maior risco
  • Não ostentar objetos de valor
  • Utilizar transporte compartilhado quando possível
  • Manter contatos de emergência atualizados
  • Participar de grupos comunitários de segurança

A violência na Paraíba exige resposta coordenada entre governo, sociedade civil e forças policiais. Somente através de ações integradas será possível reverter esta tendência preocupante e devolver tranquilidade aos paraibanos.

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