
A atriz Hannah Einbinder conquistou destaque internacional durante a cerimônia do Emmy no último domingo (14), porém sua declaração pró-Palestina gerou uma reação inesperada. Inicialmente, o Hamas elogiou o discurso da atriz judia, contudo posteriormente censurou sua imagem ao reproduzir o vídeo em suas redes sociais.
Censura contraditória do grupo terrorista
Durante a premiação, Einbinder incluiu a frase “Free Palestine” em seu discurso, uma expressão frequentemente associada ao Hamas e outras organizações palestinas. Entretanto, quando a agência de notícias Quds News Network, vinculada ao Hamas, compartilhou o vídeo, decidiu borrar os ombros e o decote da atriz.
Consequentemente, essa ação revelou a contradição do grupo terrorista: enquanto elogiavam o conteúdo político do discurso, simultaneamente censuravam a imagem da mulher que os apoiava. Ademais, a postagem foi posteriormente deletada na segunda-feira (15), demonstrando o constrangimento causado pela repercussão negativa.
Reações da comunidade judaica
Parte significativa da comunidade judaica reagiu negativamente ao pronunciamento de Einbinder. Primeiramente, o escritor israelense Hen Mazzig criticou duramente a atriz, afirmando que celebridades transformam ataques a Israel em “modismo”. Além disso, ele argumentou que essa postura contribui para ataques contra escolas e sinagogas judaicas.
Posteriormente, Mazzig questionou diretamente a atriz: “Hannah, você teve 30 segundos para inspirar milhões. Você poderia ter pedido paz, condenado o terror, pedido pela libertação dos reféns”. Finalmente, ele concluiu que ela optou por aplausos em vez de demonstrar empatia genuína pelas vítimas.
Críticas de outros artistas judeus
Similarmente, o ator judeu Yuval David, também vencedor do Emmy, classificou o pronunciamento como “performance de ignorância, não de coragem”. Principalmente, ele destacou que Einbinder não mencionou paz, fim da guerra nem os reféns em Gaza.
Adicionalmente, David considerou ofensivo separar judeus de Israel, argumentando que mais de 7 milhões de judeus vivem no país. Portanto, segundo ele, essa separação ignora a realidade da população judaica israelense.
Posicionamento político da atriz
Durante seu discurso, Einbinder declarou sentir-se responsável por distinguir a identidade judaica do Estado israelense. Especificamente, ela afirmou que Israel representa um projeto “etnonacionalista” diferente das tradições judaicas.
Posteriormente, a atriz aderiu ao movimento Film Workers for Palestine, comprometendo-se a não colaborar com instituições cinematográficas israelenses. Igualmente, outros artistas como Joaquin Phoenix, Emma Stone e Elliot Page assinaram esse compromisso de boicote cultural.
Pontos controversos do caso
- Uso de slogan terrorista em premiação internacional
- Censura de apoiadora pelo próprio grupo apoiado
- Críticas da comunidade judaica internacional
- Adesão a movimento de boicote cultural
- Exposição de contradições sobre direitos femininos
- Debate sobre separação entre judaísmo e sionismo
Contradições do Hamas reveladas
Fundamentalmente, o episódio expôs as contradições internas do Hamas em relação aos direitos das mulheres. Embora o grupo negue oficialmente impor códigos de vestimenta, organizações de direitos humanos denunciam regularmente suas práticas restritivas.
Principalmente, desde 2007, quando assumiu o controle de Gaza, o Hamas enfrenta críticas da ONU pelas restrições impostas às mulheres. Consequentemente, o caso de Einbinder ilustra perfeitamente essa hipocrisia: aceitar apoio político feminino, mas censurar a mesma mulher por não seguir padrões islâmicos conservadores.



