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Flávio Bolsonaro ganha 265 mil seguidores após anúncio ao Planalto

O senador Flávio Bolsonaro está vivenciando crescimento expressivo em suas redes sociais após ser lançado como pré-candidato à Presidência da República. Desde 5 de dezembro, quando o ex-presidente Jair Bolsonaro manifestou pela primeira vez o desejo de apoiar o filho mais velho na corrida presidencial de 2026, o perfil do parlamentar no Instagram registrou aumento significativo de seguidores. Primeiramente contabilizado pelo site Insta estatísticas, o crescimento alcançou impressionantes 265.158 novos seguidores em poucos dias.

Os números revelam aceleração no ritmo de adesões após declaração de Bolsonaro sobre preferência pelo primogênito. A média diária de novos seguidores para Flávio Bolsonaro saltou para 10.339, segundo dados do Social Blade, plataforma especializada em monitoramento de redes sociais. Entretanto, o movimento nas redes contrasta com pesquisas de intenção de voto que ainda colocam o senador atrás de outros possíveis candidatos do campo conservador.

O que aconteceu com Flávio Bolsonaro nas redes sociais?

A exposição gerada pelo anúncio da pré-candidatura provocou efeito imediato nos perfis digitais de Flávio. Segundo levantamento do Social Blade, o perfil oficial no Instagram acumulou 225 mil novos seguidores nos últimos 14 dias, totalizando 6.524.534 até fechamento desta reportagem. O senador segue 2.428 outras pessoas e já publicou 13.674 postagens ao longo de sua trajetória na plataforma.

As métricas de engajamento também impressionam: a média de curtidas por publicação de Flávio Bolsonaro alcança 156.583,75, enquanto a média de comentários fica em 12.732,13. Todavia, especialistas alertam que crescimento quantitativo não necessariamente se traduz em capital político imediato, sendo necessário converter seguidores em eleitores engajados e dispostos a comparecer nas urnas.

Números do crescimento nas redes

PeríodoNovos SeguidoresFonte
Últimos 14 dias225.000Social Blade
Desde 5 de dezembro265.158Instaestatísticas
Média diária10.339Social Blade
Total atual6.524.534Instagram oficial

Por que Bolsonaro escolheu Flávio como candidato?

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Flávio Bolsonaro ganha 265 mil seguidores após anúncio ao Planalto 3

A decisão de Jair Bolsonaro em apoiar o filho mais velho para disputa presidencial envolve cálculos políticos complexos. Dentre os filhos com atuação política, Flávio acumula experiência parlamentar mais extensa, tendo sido deputado estadual no Rio de Janeiro antes de eleger-se senador. Ademais, o primogênito manteve-se próximo ao pai durante todo mandato presidencial, atuando como interlocutor importante em articulações políticas.

A estratégia de lançar Flávio Bolsonaro como pré-candidato também responde a cenário onde o próprio ex-presidente encontra-se inelegível. Com condenações que impedem participação eleitoral até 2030, Bolsonaro busca perpetuar projeto político através da família. Por outro lado, a escolha não agrada unanimemente dentro do campo conservador, com setores preferindo nomes como Tarcísio de Freitas ou Michelle Bolsonaro.

Como Eduardo Bolsonaro está apoiando o irmão?

O deputado federal Eduardo Bolsonaro assumiu papel de cabo eleitoral digital do irmão mais velho. No X (antigo Twitter), Eduardo afirmou que Flávio “está ganhando em média 100.000 seguidores/dia no Instagram, desde que anunciou sua candidatura.” Embora os números oficiais dos sites de monitoramento mostrem média inferior, a declaração evidencia esforço coordenado da família para amplificar visibilidade do senador.

A mobilização de Eduardo Bolsonaro inclui compartilhamento constante de conteúdos do irmão, convocações para que seguidores acompanhem Flávio e defesa pública da candidatura em diversos espaços digitais. Inclusive, o deputado federal utiliza sua própria base de seguidores, considerável nas redes sociais, para impulsionar alcance das mensagens do senador fluminense.

O que dizem as pesquisas sobre Flávio Bolsonaro?

Pesquisa Datafolha divulgada em 7 de dezembro revela descompasso entre crescimento nas redes e preferências eleitorais. Apenas 8% dos entrevistados consideram que Bolsonaro deveria apoiar Flávio como candidato à presidência. O númerofica significativamente atrás de outras opções dentro do campo conservador: Michelle Bolsonaro aparece com 22% das preferências, enquanto Tarcísio de Freitas alcança 20%.

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Curiosamente, Flávio também fica numericamente atrás do próprio irmão Eduardo nas preferências dos apoiadores do ex-presidente. Bem como observam analistas políticos, a rejeição ao clã familiar pode representar obstáculo significativo para viabilidade eleitoral do senador. Apesar disso, estrategistas da campanha apostam que exposição prolongada e construção de narrativa própria podem reverter cenário ao longo dos próximos meses.

Preferências dos entrevistados

Quem Bolsonaro deveria apoiar em 2026:

  1. Michelle Bolsonaro: 22%
  2. Tarcísio de Freitas: 20%
  3. Eduardo Bolsonaro: percentual não especificado
  4. Flávio Bolsonaro: 8%
  5. Outros nomes: percentuais variados

Qual foi a reação do mercado financeiro?

O anúncio da pré-candidatura de Flávio gerou turbulência imediata nos mercados financeiros. No pregão de 5 de dezembro, data em que a notícia foi publicada em primeira mão pelo colunista Paulo Cappelli do Metrópoles, o dólar disparou enquanto a Bolsa de Valores registrou queda acentuada. Por fim, a reação negativa evidencia preocupação de investidores com possível polarização política e incertezas sobre rumos econômicos do país.

Analistas de mercado interpretaram movimento como sinal de que agentes financeiros prefeririam candidatura de perfil mais moderado, como Tarcísio de Freitas. A escolha de Flávio Bolsonaro, percebida como continuidade mais radical do bolsonarismo, gerou temores sobre estabilidade institucional e previsibilidade de políticas econômicas. Entretanto, alguns economistas relativizam impacto de longo prazo, argumentando que mercados tendem a ajustar-se conforme campanhas avançam e propostas concretas surgem.

Como o Planalto avalia a candidatura de Flávio Bolsonaro?

Interlocutores do governo Lula avaliam positivamente oficialização de Flávio Bolsonaro como pré-candidato. Estrategistas petistas consideram que disputa contra o senador favorece chances de reeleição do presidente quando comparada a eventual enfrentamento contra Tarcísio de Freitas. A análise baseia-se em pesquisas mostrando que Flávio enfrenta dificuldades maiores para engajar eleitores moderados e partidos do Centrão.

A rejeição natural associada ao sobrenome Bolsonaro e envolvimento da família em diversas controvérsias são apontados como fatores que limitam capacidade de expansão eleitoral do senador. Principalmente entre segmentos que votaram em Bolsonaro em 2018 mas se afastaram posteriormente, Flávio encontra resistências significativas. Todavia, governistas reconhecem que cenário pode modificar-se substancialmente ao longo dos próximos dois anos de campanha.

Por que Flávio Bolsonaro enfrenta rejeição elevada?

A alta rejeição de Flávio Bolsonaro relaciona-se a diversos fatores acumulados ao longo de sua trajetória política. Investigações envolvendo “rachadinha” – suposto esquema de devolução de salários por assessores – marcaram negativamente imagem do senador, embora ele negue irregularidades. Além disso, posicionamentos considerados extremados em questões comportamentais e alinhamento irrestrito às posições paternas afastam eleitores do centro político.

O sobrenome Bolsonaro, que já foi ativo eleitoral importante, transformou-se em passivo para parcela significativa do eleitorado. Desgastes acumulados durante governo do pai, polarização intensa e episódios controversos envolvendo membros da família criaram teto eleitoral difícil de romper. Apesar disso, Flávio e seus estrategistas apostam em consolidação da base conservadora como primeiro passo, deixando expansão para centro como objetivo de médio prazo.

Qual a estratégia digital de Flávio Bolsonaro?

A campanha nas redes sociais de Flávio Bolsonaro segue cartilha testada pelo pai em eleições anteriores: produção intensa de conteúdo, engajamento direto com seguidores e narrativas que reforçam valores conservadores. Vídeos curtos, lives, memes e compartilhamento de notícias favoráveis compõem arsenal digital do senador. Contudo, a equipe busca também construir identidade própria, diferenciando-se ligeiramente do estilo paterno.

A captação de novos seguidores para Flávio ocorre através de múltiplas frentes: compartilhamentos por aliados com grandes audiências, participação em podcasts populares, polêmicas calculadas que geram repercussão e produção de conteúdo segmentado para diferentes públicos. Inclusive, investimentos em impulsionamento de publicações e anúncios direcionados complementam estratégia orgânica, ampliando alcance das mensagens do pré-candidato.

O que esperar da pré-candidatura nos próximos meses?

A trajetória de Flávio até eleições de 2026 dependerá de múltiplos fatores ainda incertos. A capacidade de converter seguidores digitais em capital político real será testada em eventos presenciais, debates e articulações partidárias. O senador precisará demonstrar viabilidade eleitoral para atrair apoio de legendas importantes e construir coligação competitiva nacionalmente.

Desafios significativos aguardam a pré-candidatura de Flávio: expandir base para além do núcleo duro bolsonarista, construir propostas concretas de governo, neutralizar rejeição elevada e competir com adversários experientes tanto à direita quanto à esquerda. Principalmente a evolução das investigações judiciais envolvendo a família pode impactar substancialmente viabilidade da candidatura ao longo do tempo.

Como Bolsonaro articula apoio ao filho mesmo inelegível?

Mesmo impedido de concorrer, Jair Bolsonaro mantém influência considerável sobre base conservadora brasileira. Sua manifestação pública de apoio a Flávio Bolsonaro carrega peso simbólico importante, sinalizando para militância qual candidatura deve ser abraçada. Entretanto, a efetividade dessa transferência de capital político permanece questão em aberto, dependendo de como eleitores receberão tentativa de perpetuação familiar do projeto político.

A estratégia de Bolsonaro envolve também manutenção de presença pública através de manifestações, redes sociais e eventos, mantendo-se relevante no debate político mesmo sem poder concorrer. O ex-presidente aposta que protagonismo contínuo ajudará a impulsionar Flávio e outros candidatos alinhados em eleições municipais de 2024 e estaduais/federais de 2026. Por outro lado, críticos apontam riscos de desgaste adicional caso estratégia não apresente resultados positivos rapidamente.

A construção da candidatura de Flávio à Presidência representa experiência inédita no cenário político brasileiro recente: tentativa de transferência direta de liderança política de pai para filho em contexto democrático competitivo. O crescimento nos seguidores digitais constitui primeiro indicador dessa empreitada, mas caminho até 2026 reserva obstáculos consideráveis que testarão resiliência do projeto familiar bolsonarista.

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