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Espigões na orla de João Pessoa: MP recomenda demolição de construções acima da altura máxima permitida por lei; entenda
Leis estadual e municipal impedem grandes construções em faixa de até 500 metros a partir da linha de água da maré alta em todo o estado. Orla de João Pessoa
Paulo Cavalcanti/Arquivo Pessoal
Pelo menos quatro prédios da orla de João Pessoa estão construídos de forma irregular, acima da altura máxima permitida para a orla da capital, segundo o Ministério Público da Paraíba (MPPB), e podem ter as construções excedentes demolidas. Atualmente, estão em vigor duas leis, uma estadual e outra municipal, que impedem a existência dos chamados “espigões” na faixa de 500 metros da orla marítima, que causam danos ao meio ambiente.
Na terça-feira (10), o MPPB se reuniu com a Secretaria Municipal de Planejamento (Seplan/JP), com a Procuradoria-Geral do Município de João Pessoa, com o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-JP), e com representantes das construtoras, para apresentar os problemas relativos a estas quatro construções em particular e buscar viabilizar um acordo.
“Durante as investigações, restaram comprovadas que alguns prédios estão ferindo essa altura, que se chama altura do gabarito, e em relação a isso, eles estão com os ‘habite-se’ suspensos. Todo um dano ambiental foi gerado, e está sendo feita a valoração desse dano para que haja a demolição da parte excedente destes prédios”, disse a promotora Cláudia Cabral, responsável pelos inquéritos.
O que dizem as leis sobre proibição de espigões na orla da Paraíba?
Existem duas leis em vigor que limitam a altura máxima das construções na orla de João Pessoa, de forma que a construção de espigões fica proibida.
A primeira lei é a própria Constituição do Estado da Paraíba, promulgada em 1989, e que vale para todo o território paraibano.
Segundo o artigo 229 da Constituição da Paraíba, existe uma área de proteção de 500 metros a partir da “preamar de sizígia para o interior do continente”, que é a faixa de areia onde a maré mais alta atinge, na orla. A partir desta faixa, traça-se uma linha imaginária que segue até 500 metros continente adentro.
Dentro desta área, há um espaço de 150 metros de proteção total, onde nada pode ser construído. A partir daí, o crescimento é escalonado e gradativo, e consiste na faixa entre 350 metros e 500 metros de continente. Na legislação estadual, a partir de 350 metros, são permitidas construções de “doze metros, compreendendo pilotis ou três andares”, chegando ao máximo de 35 metros de altura no trecho limite da área de proteção.
Na Paraíba, existe uma lei que regula a altura máxima de construções em 500 metros de área do continente a partir da praia
Reprodução/TV Cabo Branco
Essas regras valem para toda a orla da Paraíba. No caso de João Pessoa, ainda há uma legislação mais proibitiva.
Trata-se do Artigo 175 da Lei Orgânica do Município de João Pessoa, aprovada em 1990. Tecnicamente, esta lei não seria necessária, pois a estadual se sobressai às regras municipais, mas como ela é mais restrita, acaba se sobrepondo apenas no trecho limite dos 500 metros da área de proteção.
Em toda a capital, na faixa final, ao invés do limite máximo de 35 metros de altura, definida pela lei estadual, a altura máxima deve ser de 12,90 metros, conforme lei municipal.
Quais os crimes que os espigões irregulares podem ter cometido?
Conforme ambas as legislações, “constitui crime de responsabilidade a concessão de licença para a construção ou reforma de prédios na orla marítima em desacordo com o disposto neste artigo”.
No caso, a disciplina dessas construções fica a cargo do Plano Diretor de cada município, no caso da lei estadual. Na lei municipal de João Pessoa há uma pequena diferença acerca destas responsabilidades.
Outras duas mudanças são mais visíveis. A alínea “c” do inciso 1º da Constituição do Estado da Paraíba é justamente aquela que trata sobre a previsão de crime de responsabilidade para a autoridade pública que permitir concessões de licenças em desacordo com a lei.
Praia de Cabo Branco, em João Pessoa
Eduardo Fechine
Por estar presente na Constituição do Estado, essa regra vale também para os casos registrados em João Pessoa, mas alínea “c” do inciso 1º da Lei Orgânica do Município trata dos hotéis instalados nessa faixa de proteção. Texto diz que “nos equipamentos hoteleiros, será facultativo o pavimento em pilotis, sendo que o pavimento térreo só poderá ser utilizado como áreas de componentes de serviços, ficando vedado, sob qualquer hipótese, a ocupação do mesmo por unidades habitacionais”.
A outra diferença está na alínea “d” do inciso 1º da Constituição do Estado da Paraíba, que foi incluído em 2003 pela Assembleia Legislativa da Paraíba e que não existe na legislação municipal.
Isso porque, naquele ano, definiu-se que excetua-se da lei estadual “a área do porto organizado do município de Cabedelo”, mas apenas “para as construções e instalações industriais”. A medida foi feita para autorizar a construção de um grande moinho na região portuária, dentro do perímetro protegido pela lei.
O que vai ser feito a partir de agora?
Segundo o Ministério Público da Paraíba, os inquéritos civis sobre estes prédios estão transcorrendo dentro dos princípios da ampla defesa e do contraditório, baseados em uma perícia ambiental. “Foi possível constatar que o projeto executório divergia do projeto inicial do licenciamento e que a altura da edificação estava superior ao permitido por lei, gerando assim o dano ambiental de natureza permanente e irreversível”, declarou a promotora.
Durante a reunião, foram discutidas medidas resolutivas a serem possivelmente contempladas em um Termo de Compromisso de Ajustamento de Condutas (TCAC) quanto ao limite máximo de altura dos edifícios. A posição do MPPB sobre o assunto é pela mediação, inicialmente, e pela demolição da parte excedente dos edifícios.
As construções alvo do MPPB são:
Bossa Design Hotel – Bossa Design Empreendimento de Hotelaria LTDA
Jady Miranda – Porto Bello Empreendimentos Imobiliários SPE LTDA
Edíficio Setai Edition – Construtora Guedes Pereira
Edifício Mindset – Construtora Equilíbrio
De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), Wagner Breckenfeld, o órgão se mantém em contato com o MPPB para discutir a situação. Segundo ele, existem divergências entre a legislação e normas da construção civil.
Breckenfeld ponderou que novas vistorias vão ser feitas nos empreendimentos, com o intuito de saber o excedente de construção. “Se alguém está construindo essa parte excedente, se ainda está construindo, é preciso se verificar. Mas o que eu tenho escutado dos associados, porque existem construtoras que não são associadas nossas, então não podemos falar sobre elas, eu estou sabendo, que pararam sim (as obras das construtoras associadas)”, disse.
Praias de Tambaú e Cabo Branco são a mais visitadas de João Pessoa
Eduardo Fechine
Em entrevista à CBN Paraíba, o procurador-geral de João Pessoa, Bruno Nóbrega, falou sobre o posicionamento da prefeitura acerca do assunto.
“Ficou consignado lá na reunião que na próxima segunda-feira vai haver uma vistoria conjunta com a presença do engenheiro do Ministério Público, do engenheiro da Prefeitura e também do engenheiro das construtoras, em que haverá uma averiguação conjunta realmente da altura que foram construídos os prédios. Após essa perícia, será designada uma nova reunião com todos os que estiveram presentes na reunião anterior”, disse.
Ainda segundo o procurador, todos os alvarás de construção foram emitidos com as alturas permitidas, mas foi constatado que na construção os edifícios, houve um descumprimento com relação aos alvarás de construção. “Isso só foi constatado na hora da vistoria para a emissão da carta de ‘habite-se’, já com os prédios finalizados”, disse.
Em relação à demolição, Bruno diz ainda que há duas propostas sendo debatidas e que podem ser acordadas com as construtoras: uma seria de demolir a parte excedente, e a outra, para os casos em que seja impossível, as construtoras pagariam uma multa em formato de compensação pelo dano ambiental.
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Bingo de Mulheres: Polícia Civil Investiga
Bingo de Mulheres: Polícia Civil Investiga Denúncia em Lagoa de Dentro
A Polícia Civil da Paraíba iniciou uma investigação minuciosa após a denúncia de um suposto “bingo de mulheres” em um bar na cidade de Lagoa de Dentro. A princípio, a denúncia, feita publicamente pelo padre Adauto Tavares durante uma missa transmitida ao vivo, alega que mulheres eram sorteadas como prêmios no estabelecimento.
Testemunhos e Investigações
Até o momento, a polícia ouviu diversas testemunhas, incluindo o padre Adauto Tavares e um dos proprietários do bar. Conforme o delegado Sylvio Rabelo, responsável pelo caso, informou, o proprietário do bar negou as acusações, alegando que o local apenas recebe mulheres que se envolvem com prostituição.
No entanto, o delegado ressaltou que a investigação continua em andamento e que outras testemunhas serão ouvidas nos próximos dias. “Estamos tomando depoimento dos conselheiros tutelares e de pessoas da cidade. Prosseguiremos com as investigações. De fato, são relatos graves. Nosso objetivo é chegar aos autores”, afirmou Rabelo.
Possíveis Crimes e Envolvimento do Ministério Público
Ocorre que o caso chamou a atenção do Ministério Público da Paraíba, que abriu, também, um procedimento para apurar as denúncias. Em verdade, o delegado Sylvio Rabelo explicou que o caso pode envolver diversos crimes, como:
- Corrupção de menores
- Favorecimento à prostituição
- Aliciamento
- Comércio de seres humanos
“Que violam inclusive os direitos humanos”, acrescentou o delegado, demonstrando a gravidade da situação.
A Polícia Civil e o Ministério Público devem se reunir em breve para discutir o caso e alinhar as investigações.
Medidas Adotadas e Próximos Passos
A princípio, a polícia solicitou a suspensão das atividades relacionadas a jogos de azar e outras supostas ilegalidades no bar. Apesar disso, o estabelecimento continua funcionando para o comércio de bebidas e petiscos.
A saber, a investigação segue em andamento, e a polícia está trabalhando para coletar mais provas e identificar todos os envolvidos.
Destaque
Vila Sítio Revela Programação Explosiva para o São João 2025
Vila Sítio São João: Programação Completa Revelada para o São João 2025 em Campina Grande
Primeiramente, a tão aguardada programação de shows da Vila Sítio para o São João 2025 em Campina Grande foi finalmente divulgada nesta terça-feira (11). De fato, o local, conhecido por sua estrutura que remete às antigas cidades nordestinas, promete agitar o público com grandes nomes da música durante o período junino. Além disso, a Vila Sítio se junta a outros estabelecimentos privados da região, que também celebram o Maior São João do Mundo com diversas atrações.
Estrutura e Atrações da Vila Sítio São João
A princípio, a Vila Sítio São João oferece uma experiência única aos visitantes, com elementos como capela, bodega e arraiás, que recriam o ambiente típico das festas juninas do Nordeste. Ademais, o local conta com um palco principal de grande capacidade, onde ocorrerão os shows mais aguardados. Contudo, outros espaços da vila também receberão apresentações culturais, garantindo diversão para todos os gostos.
Por conseguinte, os shows da Vila Sítio São João acontecerão de 1 de junho a 13 de julho, sempre aos finais de semana. Nesse sentido, o público poderá desfrutar de apresentações de artistas renomados como Elba Ramalho, Flávio José, Geraldo Azevedo, Dorgival Dantas e Solange Almeida.
Em outras palavras, a programação está repleta de grandes nomes do forró e da música nordestina, proporcionando noites inesquecíveis para os amantes do São João.
Programação Detalhada dos Shows
Assim sendo, confira a programação completa dos shows da Vila Sítio São João 2025:
Data | Sábado | Domingo | Terça-feira |
---|---|---|---|
1 de Junho | – | Bonde do Brasil, Encantu’s, Atração surpresa | – |
7 e 8 de Junho | Desejo de Menina, Eliane, Tropykália | Limão com Mel, Cascavel, Kátia Cilene | – |
14 e 15 de Junho | Mara Pavanelly, Vicente Nery, Samya Maia | Flávio José, Lara Amelia, Sirano e Sirino | – |
21 e 22 de Junho | Ton Oliveira, Elba Ramalho, Amazan, Geraldinho Lins | Zé Cantor, Brasas do Forró, Jorge de Altinho, Garotinho | – |
24 de Junho | – | – | Assisão, Nando Cordel, Capilé, Nathan Vinicius |
28 e 29 de Junho | Seu Desejo, Walkiria Santos, Donas da Farra, Placillio | Geraldo Azevedo, Cavalo de Pau, Capim com Mel, Jefferson Arretado | – |
5 e 6 de Julho | Santanna, Mastruz com Leite, Calango Aceso, Os 3 do Nordeste | Dorgival Dantas, Solange Almeida, Waldonys, Fabiano Guimarães | – |
12 e 13 de Julho | Sirano e Sirino, Nonato Neto, Jeito Nordestino, Forró Campina | Taty Girl, Batista Lima, Magníficos, Ranniery Gomes | – |
Em resumo, a Vila Sítio São João se prepara para receber milhares de visitantes durante o São João 2025, com uma programação diversificada e uma estrutura que resgata a tradição das festas juninas.
Localização e Informações Adicionais
Vale ressaltar que a Vila Sítio São João está localizada na Avenida Floriano Peixoto, no bairro Dinamérica, em Campina Grande. Além disso, a organização do evento promete divulgar em breve mais informações sobre ingressos e horários dos shows.
Por fim, a divulgação da programação da Vila Sítio aumenta a expectativa para o São João 2025 em Campina Grande. Com efeito, o público poderá desfrutar de grandes shows e vivenciar a atmosfera única das festas juninas em um espaço que celebra a cultura nordestina. Portanto, prepare-se para dançar muito forró e celebrar o São João em grande estilo na Vila Sítio São João!
Destaque
Correnteza Surpreende Turista em Praia Paraibana
Um Jovem Desaparece Após Correnteza na Praia de Coqueirinho: Buscas Continuam
Um jovem turista de 22 anos, natural de Goiás, encontra-se desaparecido desde a tarde de sábado (8), após ser arrastado por uma corrente de retorno na praia de Coqueirinho, no litoral do município de Conde, Paraíba. O incidente ocorreu enquanto o turista participava de uma excursão vinda de Brasília.
Ainda Sobre o Incidente
Detalhes do Afogamento
- Primeiramente, o jovem e três amigos entraram no mar.
- Em seguida, uma forte correnteza os surpreendeu.
- Consequentemente, duas pessoas conseguiram sair da água por conta própria.
- No entanto, os outros dois necessitaram de resgate.
- Por fim, guarda-vidas resgataram uma das vítimas, mas o jovem desapareceu.
As Buscas
Operação de Resgate:
- Inicialmente, as buscas se estenderam por toda a tarde.
- Além disso, um helicóptero da Segurança Pública do Estado apoiou a operação.
- Ademais, embarcações e 14 militares participaram do resgate.
- Infelizmente, a baixa luminosidade forçou o encerramento das buscas no início da noite.
- Contudo, as operações serão retomadas às 7h deste domingo (9).
Recursos Utilizados nas Buscas:
Recurso | Quantidade |
---|---|
Helicóptero | 1 |
Embarcações | Variadas |
Militares | 14 |
Persistência nas Buscas recentes
- Portanto, as autoridades continuam empenhadas em encontrar o jovem desaparecido.
- Dessa forma, a esperança de um desfecho positivo permanece.
- Assim, a comunidade local e os turistas aguardam ansiosamente por notícias.
- Por fim, a segurança nas praias exige atenção redobrada, especialmente em áreas com correntes de retorno.
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