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Entenda a denúncia de intolerância religiosa contra padre na PB por fala sobre Preta Gil e religiões de matriz africana

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Associação denuncia padre por intolerância religiosa ao citar morte de Preta Gil, na PB
O padre Danilo César, da Paróquia de Areial, na Paraíba, está sendo investigado por intolerância religiosa após comentários feitos durante uma missa, em que citou a morte de Preta Gil e fez críticas às religiões de matriz africana. O caso gerou repercussão nacional, indignação de entidades religiosas e abertura de inquérito policial.
Por conta da fala do padre, a irmã da cantora Preta Gil, Bela Gil, chegou a se pronunciar sobre o ocorrido, através das redes sociais.
Nesta reportagem, o g1 mostra o que se sabe sobre o caso.
O que o padre disse durante a missa?
Por que a fala gerou denúncia por intolerância religiosa?
As investigações da polícia sobre o caso
O que diz o padre e a Igreja
Quem é o padre denunciado?
A reação de Bela Gil à fala do padre
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1. O que o padre disse durante a missa?
Padre de cidade do interior da Paraíba é acusado de intolerância religiosa durante missa
Redes Sociais
Durante uma missa realizada na cidade de Areial, no interior da Paraíba, no domingo (27), o padre Danilo César fazia uma homilia no chamado 17º Domingo do Tempo Comum, período litúrgio da Igreja Católica.
Nessa homilia, o padre falava sobre pedidos que os fiéis faziam para Deus e que, por ventura, não eram atendidos. Nesse contexto, o padre cita a morte da cantora Preta Gil, nos Estados Unidos, vítima de um câncer colorretal, associando a fé dela em religiões de matriz afro-indígenas a morte e sofrimento.
“Eu peço saúde, mas não alcanço saúde, é porque Deus sabe o que faz, ele sabe o que é melhor para você, que a morte é melhor para você. Como é o nome do pai de Preta Gil? Gilberto Gil fez uma oração aos orixás, cadê esses orixás que não ressuscitaram Preta Gil? Já enterraram?”, disse.
A missa foi transmitida ao vivo pelo Youtube da paróquia de São José, em Areial. O vídeo foi retirado do ar após a grande repercussão nas redes sociais. O Jornal da Paraíba teve acesso a uma cópia desse material (veja acima).
As declarações com cunho de intolerância religiosa também aconteceram em relação aos fiéis para qual o padre estava presidindo a missa. Ele chegou a se referir a religiões de matriz afro-indígenas como “coisas ocultas” e que desejava “que o diabo levasse” quem procurar essa prática.
“E tem católico que pede essas coisas ocultas, eu só queria que o diabo viesse e levasse. No dia seguinte quando acordar lá, acordar com calor no inferno, você não sabe o que vai fazer. Tem gente que não vai aqui (Areial), mas vai em Puxinanã, em Pocinhos, mas eu fico sabendo. Não deixe essa vida não pra você ver o que acontece. A conta que a besta fera cobra é bem baratinha”, disse
2. Por que a fala gerou denúncia por intolerância religiosa?
Rafael Generino (à esquerda), presidente de uma associação de religiões de matriz afro-indígena, registrou BO contra o padre de Areial por intolerância religiosa
Rafael Generino/Acervo pessoal
A fala foi considerada como preconceituosa pela Associação Cultural de Umbanda, Candomblé e Jurema Mãe Anália Maria, da região de Areial. O presidente da instituição, Rafael Generiano, fez um boletim de ocorrência contra as falas do padre por intolerância religiosa e emitiu uma nota falando sobre o caso.
“Deus é amor e respeito ao próximo, onde infelizmente esse senhor que se diz sacerdote prega o ódio e o preconceito e ainda amedronta em pleno culto em sua igreja”, diz parte da nota.
O presidente do Fórum de Diversidade da Paraíba, Saulo Gimenez, disse ao g1 que o órgão também condena as falas do padre, pelo teor, e também pelo local que foi proferida as palavras, o altar da igreja.
“É uma lástima para todos nós que, em pleno século XXI, depois de uma pandemia que deixou mães sem filhos, amigos perdidos, no meio de uma crise mundial, várias guerras, pessoas perdendo suas vidas, um sacerdote usar o seu lugar sagrado, usar o seu sacerdócio para destilar um veneno tão sórdido como o ódio, como as intolerâncias. Usar um espaço que é para falar de amor, de compreensão, de solidariedade, mas não, está ali sendo cruel”, ressaltou.
Na sexta-feira (1º), a associação que fez o primeiro boletim de ocorrência sobre o caso emitiu uma nova nota onde afirma que é contra qualquer tipo de “represália, anarquia ou violência” contra o padre e que busca “respeito mútuo”, cobrando apenas as investigações pelas falas.
3. As investigações da polícia sobre o caso
Após o vídeo gerar repercussão, o presidente da Associação Cultural de Umbanda, Candomblé e Jurema Mãe Anália Maria, Rafael Generiano, prestou um boletim de ocorrência, o primeiro, por intolerância religiosa contra o padre. Conforme nota emitida pela associação, o presidente disse que condena as declarações.
De acordo com o delegado Danilo Orengo, responsável da seccional de Areial, e também conforme a responsável pelo inquérito policial, a delegada Socorro Silva, os outros dois boletins de ocorrência foram registrados pelo mesmo fato e, por isso, serão analisados na mesma investigação.
“Os boletins de ocorrência foram feitos um em Puxinanã, que foi lavrado na delegacia de Pocinhos, porque Puxinanã é de Pocinhos, e um foi lavrado em Campina Grande. Mas esses boletins serão encaminhados para a nossa seccional, porque versam sobre o mesmo fato”, disse o delegado.
Segundo a Polícia Civil, testemunhas estão sendo ouvidas sobre o caso e, posteriormente o padre será ouvido. O inquérito tem um prazo de 30 dias para ser finalizado, no entanto, pode ser ampliado para um maior período, conforme necessidade.
4. O que diz o padre e a Igreja
O padre Danilo César não se pronunciou até a última atualização desta matéria e, inclusive, desativou as redes sociais após a polêmica.
Em nota emitida na quarta-feira (30), a diocese disse que o sacerdote, através da assessoria jurídica, irá prestar todos os esclarecimentos necessários aos órgãos competentes”.
Na nota, a diocese reiterou também que está comprometida com “os direitos constitucionais da liberdade de crença e de culto, da igualdade e não discriminação religiosa, do direito à honra e à imagem dos mortos e do princípio da dignidade da pessoa humana”.
5. Quem é o padre denunciado
Padre Danilo César de Sousa Bezerra, de 31 anos, é investigado por intolerância religiosa
Reprodução/Diocese de Campina Grande
Padre Danilo César é natural de Monteiro, no Cariri da Paraíba. Ele assumiu a Paróquia de São José, no município de Areial, em janeiro de 2021.
A trajetória religiosa começou em 2011, quando ingressou no seminário, em Campina Grande. Três anos depois, concluiu o curso de Filosofia e, em 2018, formou-se em Teologia.
Antes da ordenação sacerdotal, atuou como estagiário na própria paróquia de Areial, entre 2015 e 2016, e depois na Catedral de Nossa Senhora da Conceição, em Campina Grande, entre 2017 e 2018, onde também foi ordenado diácono.
A ordenação como padre aconteceu em setembro de 2019, em sua cidade natal, Monteiro. Desde então, desempenhou funções como vigário nas cidades de Alagoa Nova e Campina Grande, nesta última na Paróquia Nossa Senhora do Rosário, no bairro da Prata, até ser designado padre para a paróquia de Areial.
6. A reação de Bela Gil, irmã de Preta Gil, à fala do padre
À esquerda, Bela Gil, irmã de Preta Gil, e do lado direito o padre Danilo César, acusado de intolerânica religiosa
Redes Sociais
A apresentadora Bela Gil, irmã de Preta Gil, respondeu ao padre Danilo César, denunciado por intolerância religiosa durante uma missa na cidade de Areial, no interior da Paraíba. O padre utilizou a morte de Preta Gil como forma de desdenhar de religiões de matriz afro-indígenas. O caso é investigado pela polícia.
A resposta de Bela Gil veio pelas redes sociais. A irmã de Preta Gil republicou nos stories do Instagram uma postagem do filósofo Leandro Karnal sobre as falas do padre, respondendo o seguinte:
“É cada absurdo que a gente precisa ouvir. Seu padre desrespeitoso”, ressaltou.
Outros integrantes da família de Preta Gil não se pronunciaram.
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Justiça suspende concurso em Mataraca por irregularidades

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Mataraca

A Justiça paraibana suspendeu o concurso público da Prefeitura de Mataraca nesta quinta-feira (2). Dessa forma, a decisão impede a realização das provas previstas para domingo (5). A juíza Kalina de Oliveira Lima Marques identificou diversas irregularidades no processo.

Contratação sem licitação

Inicialmente, a prefeitura contratou a banca organizadora CPCon sem realizar processo licitatório adequado. Assim, alegou que a empresa possuía “inquestionável reputação ético-profissional”, justificativa prevista em lei. Entretanto, a magistrada verificou que a organizadora enfrentou problemas em outros certames. Portanto, não atendia aos requisitos necessários para dispensa de licitação.

Problemas identificados no edital

Além disso, uma ação popular apontou outras irregularidades importantes. Primeiro, a prefeitura descumpriu um Termo de Ajustamento de Conduta que previa mais vagas do que o edital ofereceu. Consequentemente, prejudicou candidatos que esperavam maior número de oportunidades.

Outro problema grave envolvia o pagamento das inscrições. Segundo o edital, os valores iriam diretamente para a banca, sem passar pelos cofres públicos. A juíza considerou esse modelo contrário ao interesse público porque:

  • Dificulta a fiscalização dos recursos
  • Prejudica o erário público
  • Fere princípios de isonomia e moralidade administrativa

Próximos passos

Agora, a prefeitura e a empresa têm 20 dias para apresentar defesa. Enquanto isso, as provas permanecem suspensas. O certame oferecia 89 vagas com salários entre R$ 1.518 e R$ 11 mil para diversos níveis de escolaridade.

A prefeitura informou que acionará seu setor jurídico, pois entende que a magistrada foi induzida ao erro. Portanto, aguardam-se os desdobramentos jurídicos do caso.

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Idoso preso por abuso manteve jovem em cárcere privado por quase um ano, diz polícia

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Bilhete deixado por vítima de abuso na PB levou polícia até suspeito
Polícia Civil da Paraíba/Divulgação
A jovem de 19 anos, vítima do idoso de 75 anos suspeito de abusá-la, estava em cárcere privado desde novembro do ano passado na cidade de Montadas, no interior da Paraíba. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil.
De acordo com o delegado Emanuel Henriques, antes do período de cárcere privado na casa do suspeito, ela já havia conhecido o idoso e mantinha uma relação próxima com ele. Ela é natural de João Pessoa. As investigações apontam que, devido essa proximidade, ela foi morar com o idoso, em Montadas, que a partir de então a manteve em cárcere.
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Outro delegado que acompanhou o caso, Danilo Orengo, informou que a carta entregue pela vítima pedindo socorro das condições de abuso foi entregue após ela pedir ao suspeito para ir a uma consulta no dentista. Na ocasião, ele autorizou. Ela aproveitou essa oportunidade de sair de casa para entregar a mensagem para funcionários do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que acionaram a polícia.
Segundo as investigações, o resgate da jovem aconteceu na manhã desta quinta-feira (2). Ao chegarem na casa em que o idoso mantinha ela em cárcere, a vítima estava em estado de choque.
Ainda de acordo com a polícia, o suspeito, um idoso também obrigava a vítima a presenciar atos sexuais envolvendo menores. Ele mantinha registros fotográficos que podem indicar a existência de outras vítimas.
A casa onde a vítima e o suspeito estavam apresentava condições precárias. A vítima foi encaminhada para atendimento especializado por órgãos de proteção e está em uma casa de cuidados que não teve a localização revelada.
O idoso, preso em flagrante, segue à disposição da Justiça. O caso permanecerá em investigação para que outras possíveis vítimas sejam identificadas.
Idoso suspeito de abuso sexual é preso após jovem escrever bilhete pedindo socorro, na PB
Divulgação/Polícia Civil da Paraíba
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Homem é preso suspeito de agredir esposa na frente dos filhos, em João Pessoa; vídeo

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Homem é preso suspeito de agredir esposa na frente dos filhos, em João Pessoa
Um homem de 32 anos, que se intitula pastor, foi preso suspeito de agredir fisicamente a esposa na frente dos três filhos, na tarde desta quinta-feira (2), no bairro de Mangabeira. As informações foram confirmadas pela Polícia Militar. Veja as imagens da agressão acima.
De acordo com a Polícia Militar, as agressões foram denunciadas por outro homem que se identifica como pastor e que presenciou o momento dos socos desferidos pelo suspeito contra a esposa. Ele chamou a polícia, que prendeu o homem.
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Conforme as investigações preliminares, a mulher declarou que sofre agressões constantes do homem e que, por medo, não havia denunciado anteriormente. Dois dos filhos do casal são autistas, conforme a PM, e um outro é deficiente intelectual.
No vídeo que o g1 teve acesso, é possível ver o momento das agressões. Nas imagens, mostram que o suspeito agrediu a esposa em frente de uma residência, onde inclusive outra mulher tenta separar o homem da esposa. Os socos cessaram a partir do momento em que outro homem aparece nas filmagens.
Tanto o suspeito, o pastor e a mulher foram levados para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em João Pessoa (Deam-JP).
Suspeito foi preso em Mangabeira, em João Pessoa
Polícia Militar
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