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Idosa escreve TCC à mão e realiza sonho de se formar em direito aos 78 anos, no Sertão da Paraíba
Mulher voltou à sala de aula depois de 45 anos. Neta transcrevia o Trabalho de Conclusão de Curso para o computador. Idosa se formou aos 78 anos, no Sertão da Paraíba: ‘Era um olho no tanque e outro nos livros’
Beto Silva/TV Paraíba
Sertaneja, da zona rural de Uiraúna. 78 anos de idade. E recém-formada em direito. A aposentada Francisca Maria voltou a estudar 45 anos após deixar a faculdade e, agora, realiza um sonho há muito adiado. Além de ser um exemplo de força e determinação, tendo escrito seu trabalho de conclusão à mão, virou também inspiração até mesmo para familiares que, a princípio, foram contra a sua volta à faculdade.
“Era um olho no tanque e outro nos livros. Enquanto a água ia chegando eu ia estudando e também olhando se o tanquezinho ia vazar”, relata dona Francisca. Era no quintal de casa que a mulher de 78 anos aproveitava para estudar, enquanto esperava a água nas torneiras.
Mulher se forma em Direito com quase 80 anos
Segundo ela, o sonho de se formar em direito foi interrompido em 1979. Interrompido, não. Adiado. “Em 1975 eu fiz o vestibular, mas em 1979 tive que sair do curso temendo não poder pagar ao Governo Federal o crédito de manutenção do aluno e a anuidade para pagar o curso”, relembra.
Depois de ter sido aprovada no vestibular para voltar para as salas de aula, a luta veio de outras formas, mas ela continuou forte. Era necessário percorrer mais de 100 quilômetros, diariamente, da sua casa em Uiraúna até a faculdade, localizada em Cajazeiras. “Eu saía daqui antes das 5h. Lá [em Cajazeiras] a gente ficava na igreja, esperando a faculdade abrir. Eu sempre em oração”, conta.
Francisca Maria e o seu orientador do TCC, Paulino Junior
Beto Silva/TV Paraíba
Para o professor Paulino Júnior, que foi seu orientador no trabalho de conclusão de curso, “dona Francisca sempre foi um farol desde que ela chegou à faculdade”.
“Nós todos a acolhemos muito bem e ela sempre nos trouxe muitas lições. Quando ela me escolheu para ser orientador do TCC, eu me senti muito lisonjeado até porque as nossas lutas se encontram. Ela queria trabalhar sobre a permanência da pessoa idosa no ensino superior. Uma luta de vida dela enquanto representatividade de tantas mulheres, sertanejas, nordestinas”, diz.
Seu TCC, inclusive, foi escrito à mão. “Toda semana ela trazia várias páginas de folhas escritas à mão, eu corrigia, passava as correções para ela e ela pedia para alguém digitar e mandar pra mim por e-mail”, lembra.
Francisca Maria escrevia o TCC a mão, e a neta transcrevia o material para o computador; idosa se formou em direito aos 78 anos
Beto Silva/TV Paraíba
A pessoa que o digitava no computador era a sua neta, a estudante Laisa Beatriz. “Alguma dúvida que eu tinha, de alguma letra, eu perguntava pra ela. E aí fazia tudo do jeito que ela tinha escrito”, conta Laisa.
Francisca Maria escreveu TCC à mão e sua neta passava para o computador
Beto Silva/TV Paraíba
A sua filha, Kilza Maria, a princípio foi contra a sua volta para a universidade. Hoje, no entanto, dona Francisca é inspiração para ela e tantas outras: Kilza pretende, em breve, também fazer faculdade, seguindo o caminho da mãe.
“Devido à idade, devido aos meios de transporte, a gente temia, até por Cajazeiras ser uma cidade bem maior. Tinha também a questão de assalto. Minha mãe é muito solidária, confia em todo mundo. Então a gente se preocupava. Eu particularmente levantei a bandeira. Mas hoje eu já disse a minha filha: ‘o jeito é a gente fazer o curso igual mainha tá fazendo'”, diz, orgulhosa.
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Justiça reduz penas dos três sócios da Fiji Solutions condenados por fraudes contra o sistema financeiro
Decisão foi proferida por desembargadores do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). Bueno Aires José Soares de Souza, sócio da Fiji Solutions
Reprodução/TV Cabo Branco
Os três sócios do “grupo Fiji”, que inclui a empresa Fiji Solutions, tiveram penas reduzidas por decisão de desembargadores do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-F), no caso em que são condenados por fraudes contra o sistema financeiro e, segundo a Justiça, terem oferecido contratos de investimentos coletivos sem registro na Comissão de Valores Mobiliários. Sediada em Campina Grande, a empresa era investigada pela Polícia Federal por captar recursos de clientes, prometendo pagamentos expressivos por meio de operações de compra e venda de criptomoedas. A decisão foi emitida nesta quarta-feira (2).
O empresário Buenos Aires de Souza teve a pena diminuída de 25 anos e 2 meses para 10 anos e 1 mês. Já o casal Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Marília Lima tiveram as punições reduzidas de 14 anos e 8 meses, cada um, para 7 anos e 11 meses cada. Da decisão, cabe recurso.
Para a Rede Paraíba, a defesa dos acusados negou o envolvimento dos condenados com as irregularidades apontadas.
O três sócios foram condenados pelos crimes de operar instituição financeira sem autorização, emissão, oferecimento ou negociação de irregular de títulos ou valores mobiliários e gestão fraudulenta.
A investigação feita contra os sócios considera que as empresas Fiji Holding Participações, Fiji Solutions Participações e Fiji Tech fazem parte do “grupo Fiji”. As empresas movimentaram cerca de R$ 301 milhões. A Justiça também determinou a reposição de R$ 34 milhões, com base no que foi apurado pela Polícia Federal.
Conforme o processo, recursos arrecadados não eram empregados em operações de compra e venda de criptoativos com o intuito de obter lucro como anunciado. O juiz que proferiu a sentença de condenação, em outubro de 2024, afirmou que o montante recebido era utilizado para o pagamento de investidores anteriores.
Após o término da investigação ficou constatado que “não há registro de operações de compra e venda de criptoativos com o intuito de obter lucro (trades) em volume compatível com os valores aportados ou mesmo indícios que tenham sido obtidos resultados sequer próximos aos anunciados publicamente”.
O que é a Fiji Solutions?
Três sócios da Fiji são condenados pela Justiça da Paraíba
A Fiji Solutions é um empresa gestora de contratos de criptomoedas. Ao iniciar sua relação com a empresa, o cliente cede o controle da porcentagem de criptomoeda que adquiriu por meio de uma empresa corretora, a chamada exchange. Segundo o MP, a Fiji parou de cumprir os pagamentos previstos em contrato em fevereiro deste ano.
Em março, o promotor de Justiça e diretor regional do MP-Procon em Campina Grande, Sócrates Agra, recomendou que a empresa Fiji Solutions fizesse os pagamentos atrasados em até 72 horas, mas os prazos não foram cumpridos.
Em depoimento ao MP na época, um dos sócios afirmou que estaria com problemas técnicos para autorizar os repasses. A recomendação exigiu que a empresa ache uma solução junto a exchange Kucoin para pagamento de clientes.
As investigações
Operação contra a Fiji Solutions e a Softbank aconteceu em Campina Grande e em Gurjão, na PB
Divulgação/Polícia Federal
A empresa estava na mira da justiça desde abril de 2023, quando a 2ª Vara Cível de Campina Grande, atendendo a pedido do Ministério Público da Paraíba, bloqueou R$ 399 milhões dos sócios. Em junho do ano passado, a Polícia Federal deflagrou a Operação Ilha da Fantasia e começou a investigar as atividades da empresa.
Bueno Aires foi preso no mesmo mês da operação devido à investigação de crimes relacionados com abuso sexual infantil. Bueno Aires estava preso na Penitenciária Regional Padrão de Campina Grande, o Serrotão, após ser transferido do Rio de Janeiro, onde inicialmente foi preso pela Polícia Civil. Porém, foi solto em agosto de 2023 e cumpre medidas cautelares após ficar em liberdade.
Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Marília Lima do Nascimento foram presos durante a Operação Ilha da Fantasia, mas, o primeiro teve a prisão preventiva convertida em medida cautelar com o uso de tornozeleira eletrônica. Emilene ficou em prisão domiciliar.
A 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande recebeu a denúncia apresentada contra os três sócios da empresa Fiji Solutions. Os três viraram réus por um esquema de fraudes e pirâmide financeira.
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Projeto de faculdade oferece mil vagas em minicursos gratuitos para a área da saúde, em João Pessoa
Atividades acontecem entre os dias 17 e 22 de julho e incluem certificado de participação. Incrições devem ser feitas pela Internet. Cursos são voltados a estudantes e profissionais da área da saúde
Banco de imagens / Freepik
Um total de 1.000 vagas gratuitas estão sendo oferecidas em minicursos voltados para a área de saúde em João Pessoa. A iniciativa é de uma faculdade privada e os interessados devem se inscrever exclusivamente pela internet.
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Os minicursos oferecidos pelas Faculdades Nova Esperança (Facene/Famene) têm foco 100% prático e abordam conteúdos voltados para quem busca capacitação ou atualização profissional. Os participantes terão acesso aos laboratórios da instituição e receberão certificado de participação.
A ação é direcionada a estudantes e profissionais da área da saúde. De acordo com a organização, os cursos têm como objetivo oferecer experiências práticas relacionadas às exigências do mercado.
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Suspeito de matar colega em restaurante tem prisão mantida após audiência de custódia
Homem havia se apresentado à polícia nesta quarta-feira (2), cinco dias após o crime cometido dentro da cozinha de um restaurante. Suspeito de matar colega de trabalho em restaurante se entregou à polícia
Reprodução/TV Cabo Branco
Josiel Alexandre da Silva, suspeito de matar um colega de trabalho durante uma briga na cozinha de um restaurante em João Pessoa, teve a prisão mantida após passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (2). Segundo o delegado Douglas Garcia, ele foi encaminhado para a Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, o Presídio do Roger, em João Pessoa.
O crime aconteceu na última sexta-feira (27), dentro da cozinha de um restaurante no bairro dos Bancários.
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Josiel estava foragido desde o dia do homicídio e se apresentou à Polícia Civil na manhã desta quarta (2). Ao se entregar, foi cumprido um mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital.
De acordo com a polícia, Josiel e a vítima, Silvanildo Félix de Araújo, de 30 anos, trabalhavam juntos no estabelecimento. Eles teriam discutido durante o expediente, quando o suspeito desferiu um golpe de faca no pescoço do colega.
Silvanildo foi levado ao Hospital de Trauma pelo gerente do restaurante, mas não resistiu.
Entenda o caso
A discussão entre os dois funcionários aconteceu na manhã de sexta-feira (27), dentro da cozinha do restaurante. A Polícia Militar informou que a vítima foi atingida no pescoço. A morte gerou comoção entre colegas e clientes do estabelecimento.
Em nota publicada nas redes sociais, o restaurante lamentou a morte de Silvanildo. “Sua dedicação, profissionalismo e o bom humor com que sempre encarava os desafios farão imensa falta. Neste momento de dor, estendemos nossas mais sinceras condolências à sua família, amigos e a todos que, assim como nós, tiveram o privilégio de conhecê-lo e conviver com ele”, diz o texto.
Após o crime, Josiel fugiu de moto. A Polícia Militar foi até um endereço informado pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), mas ele não foi localizado na ocasião.
Quais as diferenças entre o homicídio culposo e doloso?
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