G1
Mãe que denunciou abuso de pediatra afirma que nunca contou à filha por medo de causar trauma: ‘Guardei isso comigo’
O médico Fernando Cunha Lima é investigado por uma série de estupros de crianças com idades entre 4 e 9 anos, ocorridos dentro do consultório durante exames de rotina. Pediatra Fernando Cunha Lima é suspeito de estuprar uma paciente de 9 anos de idade durante uma consulta, em João Pessoa
TV Câmara/Reprodução
Uma das mães que denunciaram o pediatra Fernando Cunha Lima, suspeito de uma série de estupros de crianças em João Pessoa, afirmou que não revelou o abuso à filha por medo de traumatizá-la. Em entrevista à TV Cabo Branco, a mãe relatou que o abuso teria ocorrido há 11 anos, enquanto o médico auscultava o pulmão da criança, que na época tinha apenas 4 anos.
“Eu não contei porque hoje minha filha poderia estar traumatizada. Eu nem contei, nem vou contar. Eu guardo isso comigo. Eu quero justiça como mãe. Eu não ia fazer esse trauma com ela”, afirmou a mulher em entrevista à TV Cabo Branco.
A mãe prestou depoimento à Polícia Civil no dia 7 de agosto. Nesta terça-feira (8), a delegada Isabel Costa confirmou que inquérito que investigava o pediatra foi concluído, mas não deu detalhes sobre o resultado. Segundo ela, mais informações serão divulgadas na manhã desta quarta-feira (14), em uma coletiva de imprensa.
Ainda segundo o relato da mãe, ela levava a menina desde bebê para consultas com o médico Fernando Cunha Lima.
“Ele pôs o braço por cima dela, e auscultou. Eu estava achando aquela situação estranha. E ele estava usando o cotovelo na parte íntima da minha filha. Na mesma hora, eu interrompi e falei que ela estava desconfortável”, afirmou a mãe da vítima em entrevista à TV Cabo Branco.
Conversando com familiares e amigas que também levavam seus filhos para consultas com o médico, a mãe da vítima afirmou ter descoberto que Fernando Cunha Lima repetia a mesma conduta com outras crianças. Ela decidiu deixar de levar os dois filhos ao médico após flagrar o abuso.
A mãe descobriu as denúncias contra o médico através das redes sociais e afirma que, antes mesmo da identidade do pediatra ser divulgada, já suspeitava que se tratava de Fernando Cunha Lima.
“Eu tinha certeza que era ele porque isso aconteceu comigo, aconteceu com a minha filha pequena, ela nem sabe. Eu guardei isso comigo o tempo todo. Eu fui à Delegacia da Criança e fiz o boletim de ocorrência. Eu desejo justiça. Eu espero que mais vítimas tenham coragem de denunciar esse homem”, afirmou a mãe.
As denúncias contra o pediatra
O médico é investigado desde que uma mãe denunciou formalmente um estupro de vulnerável contra uma menina de 9 anos, no dia 25 de julho. Ela disse em depoimento que viu o momento em que ele teria tocado as partes íntimas da criança dentro do consultório, durante uma consulta médica. Ela informou que na ocasião, imediatamente, retirou os dois filhos do local e foi prestar queixa na Delegacia de Polícia Civil.
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Com a repercussão do caso, uma sobrinha do suspeito revelou que foi abusada quando também tinha 9 anos, na década de 1990, assim como suas duas irmãs. As denúncias, assim, indicam que os crimes aconteceriam há pelo menos 33 anos, já que o relato se refere a um estupro que teria sido cometido em 1991.
Uma série de depoimentos que vêm sendo colhidos nos últimos dias fez a Polícia Civil da Paraíba começar a traçar uma espécie de padrão, um “modus operandi” praticado pelo médico pediatra em pelo menos nos últimos 33 anos.
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A informação foi confirmada pelo delegado Cristiano Santana, superintendente da Polícia Civil, ao destacar que as vítimas costumam ser meninas e ter todas entre 4 e 9 anos no momento em que foram abusadas.
Ao todo, seis mulheres já formalizaram denúncias de abusos contra Fernando Cunha Lima. As denunciantes são três mães de pacientes do pediatra, incluindo a mãe da menina de 9 anos que fez a primeira acusação formal, e duas sobrinhas dele.
Investigações concluídas
Consultório do pediatra Fernando Cunha Lima, em João Pessoa
TV Cabo Branco/Reprodução
A Polícia Civil da Paraíba concluiu, nesta terça-feira (13), o inquérito que investiga o pediatra Fernando Cunha Lima, suspeito de uma série de estupros de crianças com idades entre 4 e 9 anos.
A delegada Isabel Costa confirmou que o inquérito foi concluído, mas não deu detalhes sobre o resultado. Segundo ela, mais informações serão divulgadas na manhã desta quarta-feira (14), em uma coletiva de imprensa.
O g1 procurou a defesa do médico Fernando Cunha Lima, que confirmou a conclusão do inquérito, mas não comentou até a última atualização desta publicação. Na quinta-feira (8), a defesa do pediatra emitiu uma nota declarando que o médico é inocente e que está sendo “acusado injustamente”.
Depoimento
Médico suspeito de estuprar crianças, Fernando Paredes Cunha Lima, presta depoimento à polícia nesta sexta-feira (9)
Reprodução/TV Cabo Branco
O médico pediatra prestou depoimento, nesta sexta-feira (9), na Delegacia de Repressão aos Crimes contra Infância e Juventude, em João Pessoa. Fernando Cunha Lima não compareceu por duas vezes para prestar depoimento, com a defesa alegando problemas de saúde.
A delegada Isabel Costa afirmou que o médico contou sua versão dos fatos e não se manteve em silêncio durante o depoimento. Ela não deu detalhes sobre as investigações por ser um processo em segredo de justiça.
Na saída da delegacia, o médico afirmou à imprensa que não comentaria a investigação. O advogado que acompanhou Fernando Cunha Lima afirmou que entrou no caso recentemente e havia pedido habilitação para ter acesso aos documentos do processo.
Pedido de prisão preventiva
A Polícia Civil pediu, na quinta-feira (8), a prisão preventiva do pediatra Fernando Paredes Cunha Lima. O pedido deve ser enviado ao Ministério Público para análise, e Justiça deve decidir acatar ou recusar solicitação.
A delegada Isabel Bezerra considerou os últimos acontecimentos sobre o caso, como depoimentos de mães de pacientes e familiares do pediatra que também relataram situações de abuso cometidos pelo médico.
Dois promotores de justiça do Ministério Público da Paraíba (MPPB) já se averbaram suspeitos com relação ao processo criminal contra o médico pediatra Fernando Paredes Cunha Lima, que é suspeito de cometer uma série de estupros contra meninas entre 4 e 9 anos. Assim, o processo deve ser agora redistribuído para um terceiro promotor, ainda sem definição sobre quando isso vai acontecer.
Só quando houver um parecer do MPPB é que, pelos trâmites legais, a Justiça vai decidir se acata ou rejeita o pedido de prisão preventiva, que foi encaminhada na última quinta-feira (8).
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G1
Justiça suspende concurso em Mataraca por irregularidades
A Justiça paraibana suspendeu o concurso público da Prefeitura de Mataraca nesta quinta-feira (2). Dessa forma, a decisão impede a realização das provas previstas para domingo (5). A juíza Kalina de Oliveira Lima Marques identificou diversas irregularidades no processo.
Contratação sem licitação
Inicialmente, a prefeitura contratou a banca organizadora CPCon sem realizar processo licitatório adequado. Assim, alegou que a empresa possuía “inquestionável reputação ético-profissional”, justificativa prevista em lei. Entretanto, a magistrada verificou que a organizadora enfrentou problemas em outros certames. Portanto, não atendia aos requisitos necessários para dispensa de licitação.
Problemas identificados no edital
Além disso, uma ação popular apontou outras irregularidades importantes. Primeiro, a prefeitura descumpriu um Termo de Ajustamento de Conduta que previa mais vagas do que o edital ofereceu. Consequentemente, prejudicou candidatos que esperavam maior número de oportunidades.
Outro problema grave envolvia o pagamento das inscrições. Segundo o edital, os valores iriam diretamente para a banca, sem passar pelos cofres públicos. A juíza considerou esse modelo contrário ao interesse público porque:
- Dificulta a fiscalização dos recursos
- Prejudica o erário público
- Fere princípios de isonomia e moralidade administrativa
Próximos passos
Agora, a prefeitura e a empresa têm 20 dias para apresentar defesa. Enquanto isso, as provas permanecem suspensas. O certame oferecia 89 vagas com salários entre R$ 1.518 e R$ 11 mil para diversos níveis de escolaridade.
A prefeitura informou que acionará seu setor jurídico, pois entende que a magistrada foi induzida ao erro. Portanto, aguardam-se os desdobramentos jurídicos do caso.
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G1
Idoso preso por abuso manteve jovem em cárcere privado por quase um ano, diz polícia
Bilhete deixado por vítima de abuso na PB levou polícia até suspeito
Polícia Civil da Paraíba/Divulgação
A jovem de 19 anos, vítima do idoso de 75 anos suspeito de abusá-la, estava em cárcere privado desde novembro do ano passado na cidade de Montadas, no interior da Paraíba. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil.
De acordo com o delegado Emanuel Henriques, antes do período de cárcere privado na casa do suspeito, ela já havia conhecido o idoso e mantinha uma relação próxima com ele. Ela é natural de João Pessoa. As investigações apontam que, devido essa proximidade, ela foi morar com o idoso, em Montadas, que a partir de então a manteve em cárcere.
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Outro delegado que acompanhou o caso, Danilo Orengo, informou que a carta entregue pela vítima pedindo socorro das condições de abuso foi entregue após ela pedir ao suspeito para ir a uma consulta no dentista. Na ocasião, ele autorizou. Ela aproveitou essa oportunidade de sair de casa para entregar a mensagem para funcionários do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que acionaram a polícia.
Segundo as investigações, o resgate da jovem aconteceu na manhã desta quinta-feira (2). Ao chegarem na casa em que o idoso mantinha ela em cárcere, a vítima estava em estado de choque.
Ainda de acordo com a polícia, o suspeito, um idoso também obrigava a vítima a presenciar atos sexuais envolvendo menores. Ele mantinha registros fotográficos que podem indicar a existência de outras vítimas.
A casa onde a vítima e o suspeito estavam apresentava condições precárias. A vítima foi encaminhada para atendimento especializado por órgãos de proteção e está em uma casa de cuidados que não teve a localização revelada.
O idoso, preso em flagrante, segue à disposição da Justiça. O caso permanecerá em investigação para que outras possíveis vítimas sejam identificadas.
Idoso suspeito de abuso sexual é preso após jovem escrever bilhete pedindo socorro, na PB
Divulgação/Polícia Civil da Paraíba
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Homem é preso suspeito de agredir esposa na frente dos filhos, em João Pessoa; vídeo
Homem é preso suspeito de agredir esposa na frente dos filhos, em João Pessoa
Um homem de 32 anos, que se intitula pastor, foi preso suspeito de agredir fisicamente a esposa na frente dos três filhos, na tarde desta quinta-feira (2), no bairro de Mangabeira. As informações foram confirmadas pela Polícia Militar. Veja as imagens da agressão acima.
De acordo com a Polícia Militar, as agressões foram denunciadas por outro homem que se identifica como pastor e que presenciou o momento dos socos desferidos pelo suspeito contra a esposa. Ele chamou a polícia, que prendeu o homem.
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Conforme as investigações preliminares, a mulher declarou que sofre agressões constantes do homem e que, por medo, não havia denunciado anteriormente. Dois dos filhos do casal são autistas, conforme a PM, e um outro é deficiente intelectual.
No vídeo que o g1 teve acesso, é possível ver o momento das agressões. Nas imagens, mostram que o suspeito agrediu a esposa em frente de uma residência, onde inclusive outra mulher tenta separar o homem da esposa. Os socos cessaram a partir do momento em que outro homem aparece nas filmagens.
Tanto o suspeito, o pastor e a mulher foram levados para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em João Pessoa (Deam-JP).
Suspeito foi preso em Mangabeira, em João Pessoa
Polícia Militar
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