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Menina de 15 anos vítima de feminicídio na PB relatava ameaças e agressões a amigo: ‘Ela tinha o maior medo de morrer’
‘Eu entrava em desespero quando ela falava para mim as coisas que ele fazia com ela’, diz amigo da adolescente assassinada no dia 13 de julho, em Monteiro, na Paraíba. Gilson Cruz de Oliveira Monteiro e a adolescente com quem ele mantinha um relacionamento, Maria Vitória dos Santos. Gilson é o único suspeito de matar Vitória, de 15 anos, em Monteiro, PB.
Reprodução/TV Cabo Branco
A adolescente Maria Vitória dos Santos, de 15 anos, que foi assassinada neste domingo (14), em Monteiro, na Paraíba, relatava ameaças e agressões a um amigo. Em entrevista ao Fantástico, o jovem relembrou as mudanças de comportamento da jovem, os constrangimentos que ela sofria e o medo de terminar o namoro. O comerciante Gilson Cruz, de 56 anos, mantinha um relacionamento com a adolescente e está preso por ser o principal suspeito de matar Maria Vitória.
De acordo com o jovem, desde o início do relacionamento, Maria Vitória relatava brigas entre o casal. Quando o amigo questionava “como um relacionamento tão recente já estava começando com tanta briga e agressividade”, ela dizia que isso é coisa de casal. “Vitória, isso não é coisa de casal”, respondia o amigo.
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A adolescente, segundo ele, após o início das agressões, queria terminar o relacionamento, mas Gilson ameaçava não só ela, mas também sua família e seus amigos. Ele conta que Gilson batia em Maria Vitória em toda briga, com murros e arranhões.
“Desde que quando ela iniciou o relacionamento com Gilson, ela mudou bastante. Até o jeito dela rir, de falar, tudo mudou”, diz. Segundo ele, ela teria parado de sair de casa, deixou de frequentar a escola e começou a consumir bebida alcoólica.
Segundo ele, Gilson também tinha microfones espalhados por toda a casa. Embora nunca tenha mostrado, de fato, onde eles estavam para Maria Vitória, isso funcionava também como um constrangimento para a adolescente: sempre, ela estava sendo vigiada.
O jovem também afirmou costumava ameaçá-la com uma arma carregada quando eles tinham relações sexuais. “Ela tinha o maior medo de morrer”, conta o amigo. O delegado Sávio Siqueira confirma que a mesma situação foi relatada em depoimento, mas não sob o sentido de violência, de forma que Maria Vitória estaria de maneira voluntária naquela situação. A Polícia Civil continua investigando se a jovem foi vítima de estupro.
O amigo chegou a perguntar se podia fazer a denúncia anônima, mas a adolescente negava com medo que Gilson descobrisse e fizesse algo. “Ela chorava, implorava pra eu não fazer isso”, afirmou.
“Ela era uma menina muito animada, mas quando conheceu esse homem mudou totalmente. Eu entrava em desespero quando ela falava para mim as coisas que ele fazia com ela”, lamenta.
Entenda o caso
O caso tratado como feminicídio aconteceu em Monteiro no final da tarde do último domingo (14), em Monteiro, no Cariri paraibano. De acordo com testemunhas, Maria Vitória e Gilson estariam bebendo na casa dele quando uma discussão foi iniciada. Foi nesse momento que o homem teria feito os disparos que matou a adolescente.
O suspeito foi preso após a placa do carro de Gilson ser localizada através do monitoramento de câmeras de trânsito pela Polícia Civil. Foi solicitado o apoio da Polícia Militar de Pernambuco, que conseguiu prender o suspeito por volta das 17h, quando ele já estava em Brejo da Madre de Deus, município pernambucano.
Conforme o delegado Sávio Siqueira, não existe registro policial de agressões anteriores de Gilson contra Maria Vitória na Delegacia de Polícia Civil de Monteiro. No entanto, após a morte da menina, uma série de outros fatos começaram a ser descobertos: Maria Vitória já havia relatado em mensagem de áudio enviada para uma amiga que o namorado, era violento e já tinha feito ameaças com uma arma de fogo.
Adolescente vítima de feminicídio relatou violência doméstica em áudio
A mãe da adolescente afirmou que Maria Vitória tentava terminar o relacionamento com Gilson, pois tinha medo e sofria ameaças. Também disse que a jovem chegou a mudar de escola, mas não conseguia manter os estudos porque Gilson a impedia.
O suspeito já foi condenado por lesão corporal dolosa em decorrência de violência doméstica contra a própria filha.
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Justiça reduz penas dos três sócios da Fiji Solutions condenados por fraudes contra o sistema financeiro
Decisão foi proferida por desembargadores do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). Bueno Aires José Soares de Souza, sócio da Fiji Solutions
Reprodução/TV Cabo Branco
Os três sócios do “grupo Fiji”, que inclui a empresa Fiji Solutions, tiveram penas reduzidas por decisão de desembargadores do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-F), no caso em que são condenados por fraudes contra o sistema financeiro e, segundo a Justiça, terem oferecido contratos de investimentos coletivos sem registro na Comissão de Valores Mobiliários. Sediada em Campina Grande, a empresa era investigada pela Polícia Federal por captar recursos de clientes, prometendo pagamentos expressivos por meio de operações de compra e venda de criptomoedas. A decisão foi emitida nesta quarta-feira (2).
O empresário Buenos Aires de Souza teve a pena diminuída de 25 anos e 2 meses para 10 anos e 1 mês. Já o casal Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Marília Lima tiveram as punições reduzidas de 14 anos e 8 meses, cada um, para 7 anos e 11 meses cada. Da decisão, cabe recurso.
Para a Rede Paraíba, a defesa dos acusados negou o envolvimento dos condenados com as irregularidades apontadas.
O três sócios foram condenados pelos crimes de operar instituição financeira sem autorização, emissão, oferecimento ou negociação de irregular de títulos ou valores mobiliários e gestão fraudulenta.
A investigação feita contra os sócios considera que as empresas Fiji Holding Participações, Fiji Solutions Participações e Fiji Tech fazem parte do “grupo Fiji”. As empresas movimentaram cerca de R$ 301 milhões. A Justiça também determinou a reposição de R$ 34 milhões, com base no que foi apurado pela Polícia Federal.
Conforme o processo, recursos arrecadados não eram empregados em operações de compra e venda de criptoativos com o intuito de obter lucro como anunciado. O juiz que proferiu a sentença de condenação, em outubro de 2024, afirmou que o montante recebido era utilizado para o pagamento de investidores anteriores.
Após o término da investigação ficou constatado que “não há registro de operações de compra e venda de criptoativos com o intuito de obter lucro (trades) em volume compatível com os valores aportados ou mesmo indícios que tenham sido obtidos resultados sequer próximos aos anunciados publicamente”.
O que é a Fiji Solutions?
Três sócios da Fiji são condenados pela Justiça da Paraíba
A Fiji Solutions é um empresa gestora de contratos de criptomoedas. Ao iniciar sua relação com a empresa, o cliente cede o controle da porcentagem de criptomoeda que adquiriu por meio de uma empresa corretora, a chamada exchange. Segundo o MP, a Fiji parou de cumprir os pagamentos previstos em contrato em fevereiro deste ano.
Em março, o promotor de Justiça e diretor regional do MP-Procon em Campina Grande, Sócrates Agra, recomendou que a empresa Fiji Solutions fizesse os pagamentos atrasados em até 72 horas, mas os prazos não foram cumpridos.
Em depoimento ao MP na época, um dos sócios afirmou que estaria com problemas técnicos para autorizar os repasses. A recomendação exigiu que a empresa ache uma solução junto a exchange Kucoin para pagamento de clientes.
As investigações
Operação contra a Fiji Solutions e a Softbank aconteceu em Campina Grande e em Gurjão, na PB
Divulgação/Polícia Federal
A empresa estava na mira da justiça desde abril de 2023, quando a 2ª Vara Cível de Campina Grande, atendendo a pedido do Ministério Público da Paraíba, bloqueou R$ 399 milhões dos sócios. Em junho do ano passado, a Polícia Federal deflagrou a Operação Ilha da Fantasia e começou a investigar as atividades da empresa.
Bueno Aires foi preso no mesmo mês da operação devido à investigação de crimes relacionados com abuso sexual infantil. Bueno Aires estava preso na Penitenciária Regional Padrão de Campina Grande, o Serrotão, após ser transferido do Rio de Janeiro, onde inicialmente foi preso pela Polícia Civil. Porém, foi solto em agosto de 2023 e cumpre medidas cautelares após ficar em liberdade.
Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Marília Lima do Nascimento foram presos durante a Operação Ilha da Fantasia, mas, o primeiro teve a prisão preventiva convertida em medida cautelar com o uso de tornozeleira eletrônica. Emilene ficou em prisão domiciliar.
A 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande recebeu a denúncia apresentada contra os três sócios da empresa Fiji Solutions. Os três viraram réus por um esquema de fraudes e pirâmide financeira.
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Projeto de faculdade oferece mil vagas em minicursos gratuitos para a área da saúde, em João Pessoa
Atividades acontecem entre os dias 17 e 22 de julho e incluem certificado de participação. Incrições devem ser feitas pela Internet. Cursos são voltados a estudantes e profissionais da área da saúde
Banco de imagens / Freepik
Um total de 1.000 vagas gratuitas estão sendo oferecidas em minicursos voltados para a área de saúde em João Pessoa. A iniciativa é de uma faculdade privada e os interessados devem se inscrever exclusivamente pela internet.
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Os minicursos oferecidos pelas Faculdades Nova Esperança (Facene/Famene) têm foco 100% prático e abordam conteúdos voltados para quem busca capacitação ou atualização profissional. Os participantes terão acesso aos laboratórios da instituição e receberão certificado de participação.
A ação é direcionada a estudantes e profissionais da área da saúde. De acordo com a organização, os cursos têm como objetivo oferecer experiências práticas relacionadas às exigências do mercado.
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Suspeito de matar colega em restaurante tem prisão mantida após audiência de custódia
Homem havia se apresentado à polícia nesta quarta-feira (2), cinco dias após o crime cometido dentro da cozinha de um restaurante. Suspeito de matar colega de trabalho em restaurante se entregou à polícia
Reprodução/TV Cabo Branco
Josiel Alexandre da Silva, suspeito de matar um colega de trabalho durante uma briga na cozinha de um restaurante em João Pessoa, teve a prisão mantida após passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (2). Segundo o delegado Douglas Garcia, ele foi encaminhado para a Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, o Presídio do Roger, em João Pessoa.
O crime aconteceu na última sexta-feira (27), dentro da cozinha de um restaurante no bairro dos Bancários.
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Josiel estava foragido desde o dia do homicídio e se apresentou à Polícia Civil na manhã desta quarta (2). Ao se entregar, foi cumprido um mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital.
De acordo com a polícia, Josiel e a vítima, Silvanildo Félix de Araújo, de 30 anos, trabalhavam juntos no estabelecimento. Eles teriam discutido durante o expediente, quando o suspeito desferiu um golpe de faca no pescoço do colega.
Silvanildo foi levado ao Hospital de Trauma pelo gerente do restaurante, mas não resistiu.
Entenda o caso
A discussão entre os dois funcionários aconteceu na manhã de sexta-feira (27), dentro da cozinha do restaurante. A Polícia Militar informou que a vítima foi atingida no pescoço. A morte gerou comoção entre colegas e clientes do estabelecimento.
Em nota publicada nas redes sociais, o restaurante lamentou a morte de Silvanildo. “Sua dedicação, profissionalismo e o bom humor com que sempre encarava os desafios farão imensa falta. Neste momento de dor, estendemos nossas mais sinceras condolências à sua família, amigos e a todos que, assim como nós, tiveram o privilégio de conhecê-lo e conviver com ele”, diz o texto.
Após o crime, Josiel fugiu de moto. A Polícia Militar foi até um endereço informado pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), mas ele não foi localizado na ocasião.
Quais as diferenças entre o homicídio culposo e doloso?
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