G1
MP entra com ação para demolir parte de prédio construído acima da altura permitida na orla de João Pessoa
MPPB também quer que construtora responsável por empreendimento na orla de João Pessoa pague R$ 6 milhões por danos ao meio ambiente e à coletividade. Edíficio Setai está na lista de investigação do MPPB
Reprodução/TV Cabo Branco
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) entrou com uma ação pedindo a demolição da parte excedente de um prédio localizado na avenida Avenida Cabo Branco, na orla de João Pessoa, no bairro do Cabo Branco, que o órgão avaliou como tendo sido construído acima do permitido pela “Lei do Gabarito” e também pelo Plano Diretor da cidade.
A construção é de responsabilidade da GGP Construções e Empreendimentos. O g1 entrou em contato com a construtora, mas não obteve retorno até o momento de publicação da matéria.
Além do pedido de demolição da parte excedente do prédio, o Ministério Público também pediu que a Justiça determine o pagamento de R$ 6 milhões por danos ao meio ambiente e à coletividade.
De acordo com os autos da ação, de autoria da promotora Cláudia Cabral, os custos pela retirada do excedente, a retirada de entulhos e outros desdobramentos da demolição devem ficar a cargo da própria construtora. Também foi protocolado que o Judiciário não conceda a licença de habitação para o empreendimento e que, caso haja descumprimento das decisões, uma multa cumulativa diária de R$ 10 mil seja aplicada.
Segundo o Ministério Público, o prédio localizado na orla de Cabo Branco possui quatro pavimentos e uma cobertura, com 80 unidades (flats), ultrapassando os 12,90 metros permitidos pela legislação municipal na área em que foi construído o prédio.
De acordo com o inquérito abertos pelo MPPB, após a denúncia, uma visita técnica foi feita por engenheiros do órgão, em 1º de julho de 2022. No local, o engenheiro constatou que o edifício da empresa ultrapassou a altura máxima permitida, de 12,90 metros, em 1,32 metros, estando com altura total de 14,27 metros.
Em relação a multa prevista, a promotora do caso afirmou em nota que a construção, por exceder o permitido, “modifica a paisagem costeira” e também “causa sombreamento, afetando ecossistemas, gerando impactos negativos na fauna e flora local, alterando padrões de migração de aves e influenciando a eclosão de ovos de animais marinhos”. A ação também cita impactos na ventilação e circulação de ar na costa de João Pessoa.
Na ação, o MP também requereu que a Justiça oficie o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia da Paraíba (CREA) e o Conselho de Arquitetura e Urbanismo da Paraíba (CAU) para responsabilização dos profissionais técnicos responsáveis pelo projeto do empreendimento na orla.
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O que diz a lei
Existem duas leis em vigor que limitam a altura máxima das construções na orla de João Pessoa, de forma que a construção de espigões fica proibida.
A primeira lei é a própria Constituição do Estado da Paraíba, promulgada em 1989, e que vale para todo o território paraibano.
Segundo o artigo 229 da Constituição da Paraíba, existe uma área de proteção de 500 metros a partir da “preamar de sizígia para o interior do continente”, que é a faixa de areia onde a maré mais alta atinge, na orla. A partir desta faixa, traça-se uma linha imaginária que segue até 500 metros continente adentro.
Dentro desta área, há um espaço de 150 metros de proteção total, onde nada pode ser construído. A partir daí, o crescimento é escalonado e gradativo, e consiste na faixa entre 350 metros e 500 metros de continente. Na legislação estadual, a partir de 350 metros, são permitidas construções de “doze metros, compreendendo pilotis ou três andares”, chegando ao máximo de 35 metros de altura no trecho limite da área de proteção.
Essas regras valem para toda a orla da Paraíba. No caso de João Pessoa, ainda há uma legislação mais proibitiva.
Trata-se do Artigo 175 da Lei Orgânica do Município de João Pessoa, aprovada em 1990. Tecnicamente, esta lei não seria necessária, pois a estadual se sobressai às regras municipais, mas como ela é mais restrita, acaba se sobrepondo apenas no trecho limite dos 500 metros da área de proteção.
Em toda a capital, na faixa final, ao invés do limite máximo de 35 metros de altura, definida pela lei estadual, a altura máxima deve ser de 12,90 metros, conforme lei municipal.
Outros quatro edifícios estão sendo investigados por terem sido construídos acima da altura permitida por essas legislações, na orla de João Pessoa.
Ações do Ministério Público contra as construções excedentes
Sede do Ministério Público da Paraíba (MPPB), em João Pessoa
Ascom/MPPB
O Ministério Público já entrou com diversas ações em relação as construções acima do permitido na orla da capital. No começo de março, após recurso do órgão no Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB), o desembargador Oswaldo Trigueiro do Valle Filho determinou a suspensão da concessão da licença de habitação de outro prédio construído na área em questão.
Na decisão, o desembargador destaca que “toda e qualquer construção, para ser realizada, é necessário que se obedeçam as normas e preencham as etapas administrativas, até a obtenção de ato administrativo que ateste a regularidade e uso da edificação, com a liberação para a habitação”.
Antes disso, o órgão também recomendou as demolições das partes excedentes em três outros empreendimentos. O Ministério Público de Contas foi outro órgão que entrou com um pedido de apuração para entender a liberação por parte da Prefeitura de João Pessoa sobre as construções na orla da capital.
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Concursos
Duas pessoas são presas por fraude durante concurso da UFPB
Duas pessoas são presas por fraude durante concurso da UFPB
Operação Sussuro prende suspeitos em Cabedelo
Neste domingo (9), a Polícia Federal, em conjunto com a inteligência da Polícia Militar, prendeu duas pessoas durante as provas do concurso da Universidade Federal da Paraíba (UFPB). A ação faz parte da Operação Sussuro, que investiga principalmente tentativas de fraude em processos seletivos. As prisões ocorreram em Cabedelo, na Grande João Pessoa.
Logo, de acordo com a Polícia Federal, os dois candidatos foram flagrados utilizando dispositivos eletrônicos durante a aplicação das provas. Além disso, os suspeitos foram encaminhados à sede da PF em João Pessoa, onde as autoridades tomaram as providências necessárias. As investigações continuam para identificar possíveis envolvidos.
Concurso da UFPB atrai mais de 37 mil inscritos
As provas do concurso da UFPB aconteceram neste domingo (9) em cinco cidades: Areia, Bananeiras, João Pessoa, Mamanguape e Rio Tinto. Vale destacar que mais de 37 mil pessoas se inscreveram para concorrer às 116 vagas disponíveis.
Os cargos oferecidos são de nível técnico-administrativo, tanto para ensino médio quanto superior. Os salários variam entre R2.667,19eR 4.556,92, além de um auxílio-alimentação de R$ 1 mil.
Oportunidades em diversas cidades
Os candidatos aprovados no concurso poderão trabalhar em qualquer unidade da UFPB, conforme a necessidade da instituição. Entre as cidades com possibilidade de lotação estão Areia, Bananeiras, João Pessoa, Santa Rita, Mamanguape e Rio Tinto.
Por fim, a prisão dos suspeitos reforça a importância da fiscalização durante processos seletivos, garantindo a lisura e a igualdade de condições para todos os candidatos. Enquanto isso, as investigações seguem em andamento para apurar se há mais pessoas envolvidas na tentativa de fraude. O concurso da UFPB continua sendo uma grande oportunidade para quem busca estabilidade e crescimento profissional na área técnica e administrativa.
Destaque
Land Seixas, ícone da comunicação paraibana, morre aos 74 anos
Jornalista Land Seixas, ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas da Paraíba, morre aos 74 anos
Falecimento e Causa da Morte
Na noite deste domingo (9), faleceu o renomado jornalista Land Seixas, uma figura emblemática no cenário da comunicação paraibana e ex-presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba. Ele estava internado há algumas semanas no Hospital Metropolitano de Santa Rita, onde lutava contra complicações pulmonares. Infelizmente, na última noite, seu quadro de saúde se agravou, resultando em uma parada cardíaca que levou ao seu falecimento.
Velório e Sepultamento
O velório de Land Seixas será realizado a partir das 18h desta segunda-feira (10), na Central de Velório Morada da Paz, em João Pessoa. Já o sepultamento está marcado para às 11h desta terça-feira (11), no Cemitério da Boa Sentença, também na capital paraibana. A cerimônia será uma oportunidade para familiares, amigos e colegas de profissão prestarem suas últimas homenagens ao jornalista.
Trajetória e Legado
Nascido em 25 de dezembro de 1950, Land Seixas completaria 75 anos no final deste ano. Sua trajetória foi marcada por uma atuação destacada em diversos veículos de comunicação da Paraíba. Além disso, ele dedicou grande parte de sua vida à defesa da categoria jornalística, exercendo vários mandatos como presidente do Sindicato dos Jornalistas. Atualmente, ocupava o cargo de diretor de formação sindical da entidade, demonstrando seu compromisso contínuo com a profissão.
Homenagens e Reconhecimento
Em nota oficial, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado da Paraíba expressou seu “profundo pesar” pela perda de Land, a quem chamou de “eterno presidente”. Além disso, a entidade decretou luto oficial de três dias em homenagem ao jornalista, reconhecendo sua dedicação e legado em prol da categoria. Land deixa um vazio imenso no jornalismo paraibano, mas sua contribuição e memória permanecerão como inspiração para as futuras gerações.
Por fim, a morte de Land Seixas é uma grande perda para o jornalismo e para todos que tiveram o privilégio de conhecê-lo. Sua trajetória de luta e dedicação à profissão será sempre lembrada, e seu legado continuará a inspirar principalmente aqueles que buscam defender os valores do jornalismo e dos direitos dos profissionais da comunicação.
Blog
Policial é morto a tiros em emboscada, em Montadas, na Paraíba
Um policial militar de 50 anos, identificado como Wemisson Silva, foi vítima de uma emboscada na noite desta sexta-feira (07/02) no município de Montadas, localizado no Agreste da Paraíba. Criminosos surpreenderam o policial por volta das 23h e efetuaram dois disparos de arma de fogo, resultando no crime. Um dos tiros atingiu a região do queixo, enquanto o outro acertou o tórax da vítima. Equipes socorreram o policial e o levaram ao Hospital de Trauma de Campina Grande, mas, infelizmente, ele não resistiu aos ferimentos e faleceu na unidade de saúde.
Informações preliminares
Segundo informações preliminares repassadas pelos policiais, Wemisson estava em um bar na cidade de Montadas e, ao sair em direção ao município vizinho de Puxinanã, foi surpreendido pela emboscada. O crime ocorreu na rodovia estadual PB-115, próximo à Granja Azevém. O policial estava acompanhado de uma mulher, que, felizmente, não se feriu durante o ataque. A presença dela no local pode ser crucial para as investigações, já que ela pode fornecer detalhes sobre o ocorrido.
Motivação
A motivação do crime ainda é um mistério. As autoridades não descartam nenhuma das hipóteses, incluindo possíveis retaliações ou conflitos pessoais. A Polícia Civil já iniciou as investigações para apurar os fatos e identificar os responsáveis pelo assassinato do policial. Equipes estão analisando imagens de câmeras de segurança da região e ouvindo testemunhas para reconstruir os eventos que levaram à essa tragédia.
A morte de Wemisson chocou a comunidade local e levantou debates sobre a segurança na região. Colegas de trabalho e familiares lamentam a perda do policial, descrito como um profissional dedicado e respeitado. Enquanto a polícia trabalha para desvendar o caso, a população aguarda respostas e espera que as autoridades façam justiça.
O crime reforça a necessidade de medidas mais eficazes para combater a violência e proteger os agentes de segurança pública.
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