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Acervo de Sivuca doado para UFPB segue sem previsão para ser exposto ao público
Acervo foi construído por Glória Gadelha, a viúva do músico, que ao longo dos anos reuniu recortes de jornais, objetos pessoais, prêmios e discos de Sivuca. Dominguinhos e Sivuca em 1990
Edu Garcia/Estadão Conteúdo
Um acervo com mais de 10 mil itens reúne a história do paraibano Severino Dias de Oliveira, conhecido como Sivuca, um dos mestres da sanfona. Os objetos estão guardados no Arquivo Central da Universidade Federal da Paraíba (UFPB), em João Pessoa, sem acesso do público. Um projeto de construção de um memorial foi suspenso por falta de recursos, mas os objetos continuam sendo catalogados para um memorial virtual, que também não tem data para ser finalizado.
O acervo conta com peças raras da vida pessoal e obra do músico, incluindo troféus, instrumentos musicais, os óculos de Sivuca e roupas usadas em apresentações. Tudo foi guardado ao longo dos anos pela viúva do sanfoneiro, Glória Gadelha, que doou os objetos à Universidade Federal da Paraíba em 2021.
Julianne Teixeira é coordenadora do projeto do Memorial Mestre Sivuca – como seria chamado o espaço físico que receberia o acervo, no Campus I, em João Pessoa. Ela afirma que a viúva foi cuidadosa em colecionar recortes de jornais, panfletos de apresentação e até em catalogar as músicas. “Ela preparou toda uma infraestrutura de materiais e peças”, afirma a coordenadora do projeto.
“O acervo nasceu de um desejo da viúva que com muita percepção de futuro, do valor artístico e da pessoa de Sivuca, começou a colecionar, a preparar esse acervo, com intenção que ele se transformasse em um lugar de visitação pública, de preservação da memória do artista”, afirma Julianne Teixeira.
De acordo com a coordenadora do projeto, o Memorial Mestre Sivuca não foi construído por falta de recursos. Agora a equipe se concentra em construir um memorial virtual, que já era planejado na época da doação do acervo com objetivo de disponibilizar os itens enquanto aguardavam a construção do espaço físico.
“O projeto inicial era ter feito um espaço, que inclusive foi projetado por um escritório de arquitetos do Rio de Janeiro a pedido de Glória Gadelha. Infelizmente esse projeto, por falta de recursos, não pode ser continuado. O arquivo central da universidade acolheu esse acervo e a equipe do curso de Arquivologia está fazendo o tratamento, esse cuidado, e a nossa intenção agora é fazer um memorial virtual”, afirmou Julianne Teixeira.
O g1 entrou em contato com a Universidade Federal da Paraíba, mas não recebeu retorno até a última atualização desta reportagem.
Objetos estão sendo catalogados e estudados
Desde a doação, o acervo está abrigado no Arquivo Central da Universidade Federal, e recebe os cuidados de músicos, arquivistas e servidores da instituição de ensino.
“Quando começamos a trabalhar com esse material percebemos como conhecemos pouco da cultura paraibana. A gente tem um artista do nosso interior, de Itabaiana, que tem diversas obras, tanto no Brasil quanto no exterior, reconhecido fortemente no exterior. Ele era um multi-instrumentista, tem várias participações com outros artistas e a gente conhece muito pouco do cenário, começamos a aprender aqui dentro”, afirmou o coordenador do Arquivo Central.
Os objetos continuam em processo de catalogação por uma equipe do curso de Arquivologia da UFPB, através de uma extensão universitária. O estudante Gabriel Cavalcanti é bolsista do projeto e conta que passa horas no acervo estudando a história de Sivuca.
“Eu tive que assistir os DVDs de entrevistas e shows para fazer a descrição porque isso facilita o acesso e a recuperação da informação para os futuros pesquisadores que possam vir”, conta o estudante sobre o trabalho no acervo.
O sanfoneiro Lucas Carvalho tem mais de 10 anos dedicados a cuidar do acervo, se tornou amigo de Glória Gadelha e ajuda a catalogar os objetos. Para ele, o mais importante é que público tenha acesso ao acervo e que a memória de Sivuca seja vivenciada pelo público.
“Eu falo pra ela que tudo isso que tá aqui, que muito em breve a gente espera estar para o público – para que possam zelar a memória e também fortalecer esse laço cultural que a gente tem com a Paraíba – tudo isso que tá aqui tem a vida dela e dele junto”, afirmou.
Dia Nacional do Sanfoneiro
Foi sancionada em 2021 a lei que instituiu o Dia Nacional do Sanfoneiro, em homanegem ao músico Sivuca. O dia escolhido para ser celebrado anualmente, em todo o território nacional, foi o dia 26 de maio. A data marca o nascimento de Sivuca, que é natural da cidade de Itabaiana, no Brejo da Paraíba.
Neste domingo (26), a data é relembrada no Paraíba Comunidade, nas TVs Cabo Branco e Paraíba. O programa exibe a reportagem sobre o acervo de Sivuca, visita uma fábrica de sanfonas e uma conversa com a nova geração de sanfoneiros.
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Mulher denuncia ter sido espancada por motoqueiro no trânsito de João Pessoa
Segundo a vítima, as agressões aconteceram após ela bater na moto. O motociclista utilizou um capacete e bateu nela até que a mulher desmaiasse. Luana Carvalho denunciou ter sido agredida com capacete por um motoqueiro, em João Pessoa
Reprodução/TV Cabo Branco
A personal trainer Luana Carvalho denunciou, nesta segunda-feira (2), que um motoqueiro agrediu ela com golpes de capacete na Avenida Beira Rio, em João Pessoa. As agressões ocorreram na noite deste domingo (1), quando a vítima parou em um semáforo e bateu na motocicleta.
Segundo a vítima, ela estava voltando para casa com a companheira, quando trancou um motociclista, mas se entenderam e ambos seguiram o caminho. No entanto, ela afirma que outro motoqueiro começou a perseguir o carro delas, até que pararam em um semáforo. O homem teria ultrapassado o veículo de Luana e parado na diagonal dela, bem próximo ao carro.
Enquanto o semáforo estava fechado, o motoqueiro teria ficado olhando para dentro do veículo em que estavam.
“Ele ficou olhando e eu perguntei: ‘O que foi?’. Eu não o conhecia, não tinha feito nada contra ele, e ele ficou só olhando para a minha cara. Quando o sinal abriu, eu buzinei, ele fingiu que ia sair na moto e freou. Aí, como eu estava muito próxima, porque ele colocou a moto muito perto, eu bati na moto dele. Foi quando ele caiu, se levantou enfurecido, quebrou o retrovisor do meu carro e dando chute no parachoque, que, inclusive, também quebrou”, afirmou Luana.
Segundo Luana, ela tentou acalmar o homem e desceu do veículo, mas o suspeito começou a agredir a vítima com o capacete até ela desmaiar. A personal trainer está com várias escoriações espalhadas pelo corpo, incluindo rosto, braços e pernas, e ainda precisou levar quatro pontos na cabeça.
Personal trainer precisou levar quatro pontos na cabeça após as agressões
Reprodução/TV Cabo Branco
“Foi quando eu baixei o vidro e pedi calma. Vi que ele não ia se acalmar e saí do carro. Quando eu fui saindo do carro, ele já veio pra cima de mim, me empurrando. Eu fui me defender, e ele me bateu com o capacete. Eu apaguei, e, na queda, eu voltei novamente, já estava no chão e ensanguentada, e ele já tinha se evadido do local”, afirmou a personal trainer.
No momento das agressões, Luana estava acompanhada de sua companheira, Geonava Silva. Ela também contou que o motoqueiro estava perseguindo o carro em que estavam e observava a todo momento quem estava dentro do veículo.
Geonava ainda relatou que, quando a personal trainer foi conversar com o motoqueiro, ele começou a agredi-la, apesar dos pedidos para se acalmar. Quando Geonava tentou ajudar a companheira, já a encontrou ensanguentada e desmaiada no chão.
“Eu fiquei em estado de choque porque a gente nunca espera, a gente sabe que um dia pode acontecer, mas não sabe quem está ali do lado dirigindo. Por um motivo tão banal, a gente podia ter resolvido na conversa, o cara chegou assim, tão agressivo. Não precisava daquilo, até porque a forma como ele provocou parecia que ele já estava intencionado a brigar com alguém”, afirmou Geovana Silva.
Ainda segundo Luana e Geonava, o motoqueiro amassou a placa do veículo com o intuito de não ser identificado e deixou o local.
“Estou impossibilitada de trabalhar, sou personal trainer e ganho aquilo que trabalho, e agora tô prejudicada por uma pessoa que acho que não tem noção das coisas”, afirmou Luana.
Vítima ficou com várias machucados pelo corpo
Reprodução/TV Cabo Branco
Acompanhada de um advogado, a vítima esteve na 10ª Delegacia Distrital de João Pessoa, em Tambaú, e registrou um boletim de ocorrência.
De acordo com o delegado Wergniaud Vaz, será instaurado um inquérito para investigar o caso, e também foram solicitados exames de agressão física. Além disso, serão pedidas imagens de câmeras de segurança da região, no intuito de identificar o autor das agressões.
“Eu tenho informação de que ele teria tentado esconder a placa para não ser identificado, mas vamos percorrer aquela região, que tem muitas câmeras, e vamos chegar a esse agressor”, afirmou o delegado.
O delegado afirmou que, após a identificação, o suspeito será intimado a comparecer na delegacia, e o homem poderá responder pelo crime de lesão corporal grave.
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Programa Empreender PB oferta 300 vagas para empreendedores em busca de crédito
Inscrições devem ser realizadas até essa sexta-feira (6) ou até o preenchimento total das vagas. Economia e investimentos
Thinkstock
O programa Empreender PB vai abrir inscrições para 300 vagas para concessão de crédito orientado nesta quarta-feira (4), a partir das 8h. No total, o valor de investimentos para os empreendedores é de R$ 2, 4 milhões.
As vagas são destinadas exclusivamente para empreendedores de João Pessoa que queiram abrir ou ampliar um negócio já existente. As inscrições devem ser realizadas até essa sexta-feira (6) ou até o preenchimento total das vagas.
As seguintes linhas de crédito serão contempladas nas vagas disponíveis:
Empreender Pessoa Física
Empreender Juventudes
Empreender Profissional Liberal
Empreender Profissional Liberal Juventudes
Os empreendedores interessados devem ficar atentos ao horário da abertura das vagas, que será realizado exclusivamente pelo site do programa Empreender PB, através da aba de inscrições.
A equipe orienta aos interessados fazer a leitura do Edital, disponível no site, para verificar a documentação obrigatória de acordo com a linha de crédito.
Sobre o programa
O Empreender PB é um programa do Governo do Estado destinado a apoiar os empreendedores da Paraíba, disponibilizando financiamento de crédito (empréstimos) com taxas reduzidas de juros para pessoas físicas e jurídicas que desejam iniciar um negócio próprio ou ampliar um já existente.
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Justiça volta a suspender obras do Parque da Cidade, em João Pessoa
Suspensão foi pedida pelo Instituto Protecionista SOS Animais e Plantas, que argumentou que os estudos apresentados pela prefeitura eram insuficientes para uma análise aprofundada dos impactos ambientais causados pela obra do Parque da Cidade. Espaço onde será construído o Parque da Cidade, no antigo Aeroclube, em João Pessoa
Sérgio Lucena/Divulgação
O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) voltou a suspender as obras do Parque da Cidade, em João Pessoa, nesta segunda-feira (2). A decisão de 1º Grau, agora revogada, permitia a continuidade das obras com base em estudos ambientais apresentados pela prefeitura de João Pessoa, como o Relatório Ambiental Simplificado (RAS) e o Plano de Controle Ambiental (PCA).
De acordo com o Instituto Protecionista SOS Animais e Plantas, responsável pelo pedido de suspensão da obra, os documentos do estudo ambiental realizado pela prefeitura seriam insuficientes para uma análise aprofundada dos impactos ambientais gerados pela construção, o que provocou a solicitação da suspensão imediata da obra até que seja realizado um Estudo de Impacto Ambiental (EIA).
As obras do Parque da Cidade foram suspensas pelo juiz convocado Inácio Jairo.
A Procuradoria Geral do Município de João Pessoa disse que vai recorrer da decisão monocrática que suspendeu as obras do Parque da Cidade. Segundo o órgão, todos os estudos ambientais necessários para a execução da obra já foram apresentados nos autos.
A suspensão da obra
Segundo o juiz, a decisão anterior do tribunal já havia determinado a necessidade de um Estudo de Impacto Ambiental e não poderia ser desconsiderada pela magistrada responsável na instância inicial. O relator destacou que a decisão havia desrespeitado regras processuais e contrariava entendimento anterior da instância superior.
Além disso, o magistrado apontou a necessidade de prevalência de princípios como o da precaução, prevenção e o “in dubio pro natura”, que prioriza a natureza em favor de outros aspectos, além da relevância de proteger o meio ambiente diante de possíveis danos irreversíveis.
Por fim, o juiz Inácio Jairo concedeu o pedido de efeito suspensivo, o que suspende os efeitos da decisão que autorizava a continuidade das obras sem a realização do EIA.
“Defiro o pedido de efeito suspensivo pretendido, para obstar os efeitos da decisão de base que determinou a continuidade da obra em discussão, sem a observância da necessidade do Estudo de Impacto Ambiental, já definida em decisão anterior proferida nesta instância”.
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