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Impactos climáticos: Paraíba tem aumento de 106% na área desmatada e elevação gradativa da temperatura

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Impactos climáticos na Paraíba são previsíveis e podem ser observados como consequências da ação humana. Pesquisadores analisaram dados que evidenciam as mudanças. Impactos climáticos na Paraíba são previsíveis e podem ser observados como consequências da ação humana
Reprodução/TV Cabo Branco
Entre os anos de 2022 e 2023, a Paraíba apresentou uma aumento de 106,5% na área desmatada. Os dados do último Relatório Anual do Desmatamento do Brasil mostram que, no ano passado, a área desmatada na Paraíba era superior a 13 mil hectares, o que corresponde a mais de 12 mil campos de futebol. Uma reportagem especial do Núcleo de Dados da Rede Paraíba de Comunicação ouviu pesquisadores sobre o assunto e conversou com moradores que são constantemente afetados pelos impactos climáticos.
É assustador perceber que, a cada amanhecer, o planeta dá inúmeros sinais de que algo não está nada bem. São alertas claros: a praia, um dos espaços públicos naturais mais democráticos que existe, parece, aos poucos, desaparecer sob as ondas.
As temperaturas escaldantes transformam uma simples caminhada em um desafio. As fortes chuvas alagam cidades e causam destruição e sofrimento.
Ildenis Almeida é morador da comunidade São Rafael, no Castelo Branco. Ele conta que quando chove muito, não pode dormir, precisa ficar em alerta para evitar que a água entre em casa. “Teve uma vez que eu estava numa enchente que chegou a água até aqui, mais ou menos um metro e vinte, um metro e dez. Quando a draga faz o serviço bem feito no rio, a gente não sofre as consequências, mas quando não faz, a gente sofre as consequências, todos os moradores”, desabafa.
Cada decisão tomada por nós influencia o futuro do nosso planeta. E o presente é resultado de escolhas feitas lá atrás.
Na Paraíba, o cenário chama a atenção. Em João Pessoa, por exemplo, de acordo com dados do Instituto Nacional de Meterorologia, em 1964, a média da temperatura, em João Pessoa, foi de 29,5ºC. Em 1993, 29,8ºC. Nos anos 2000, a média da temperatura já começou a atingir a casa dos 30ºC. Em 2005, a temperatura média chegou a 30,2ºC. Em 2017, a média da temperatura atingiu pela primeira vez em 31,1ºC. E em 2024, até o mês de maio, a média da temperatura está em 33ºC. Extremos climáticos cada vez mais evidentes.
Impactos previsíveis, consequências constantes
Até parece que são consequências isoladas, mas tudo está interligado: desertificação, chuvas, alagamentos, altas temperaturas. O professor do Departamento de Geografia da Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), Ranyére Nóbrega, explica que nada é coincidência e que as mudanças observadas não tem, necessariamente, ligação com o volume total da chuva, mas sim com a distribuição.
“Por exemplo, os eventos estão cada vez mais intensos. Então quando você pega no ano todo, a média, quando a gente faz a média, o volume de precipitação está quase a mesma coisa. Quando nós analisamos o número de dias com chuva, esses números de dias estão cada vez menores”, detalha o professor.
Transtornos provocados pelas chuvas em João Pessoa
Reprodução/TV Cabo Branco
Isso significa que as chuvas estão mais intensas em curto período. “Para um ambiente urbano como João Pessoa, vai trazer problemas como alagamentos, movimentos de massa e tudo mais. Para um ambiente de semiárido, será horrível. Se essa concentração de chuva diminuir ainda mais no contexto de mudanças climáticas, passar a chover durante dois meses, um mês, como é que essa água será captada e armazenada para suprir as necessidades?”, completa Ranyére Nóbrega.
Se esses impactos estão intimamente ligados, as mudanças nos padrões climáticos tendem a acontecer cada vez mais, o que também interfere na intensidade e frequência das chuvas. As mais de 700 famílias que vivem na Comunidade São Rafael, em João Pessoa, sentem os danos dessa força da natureza na pele.
De acordo com a Defesa Civil, João Pessoa tem, pelo menos, 27 áreas de risco monitoradas. No bairro do Castelo Branco, a Comunidade São Rafael, foi a primeira do Complexo Beira Rio a passar por esse mapeamento, projeto que começou em 2015 e só foi finalizado em 2021.
Comunidades alagadas em João Pessoa
Reprodução/TV Cabo Branco
Áreas monitoradas pela Defesa Civil em João Pessoa
Saturnino de Brito, nas Trincheiras
Comunidade Santa Clara, no Castelo Branco II
São Rafael, no Castelo Branco/ Rádio Tabajara
Tito Silva, em Miramar
São José, no bairro São José
São Judas Tadeu, no bairro Alto do Mateus
Boa Esperança, no bairro Cristo Redentor
Maria de Nazaré, no bairro Funcionários II
Riacho/Riachinho, no bairro 13 de Maio
Chatuba, no bairro Manaíra
Santa Emília de Rodat, no bairro Ilha do Bispo
Porto do Capim, no bairro Varadouro
Felipeia, no bairro Tambiá
Beira da Linha, no bairro Alto do Mateus
Barreira do Cabo Branco, no bairro Cabo Branco
Comunidade do ‘S’, no bairro Roger
Santa Bárbara, no bairro Valentina de Figueiredo
Nova República, no bairro Geisel
Arame, no bairro Grotão
Bananeiras, no bairro Grotão
Porto de João Tota, no bairro Mandacaru
Jardim Coqueiral, no bairro Mandacaru
Rua Ari Barroso, no bairro Alto do Mateus
São Geraldo, na R. São Geraldo
KM 19/BR 230, no no bairro Castelo Branco
Padre Hildon, na Torre
Renascer, no Distrito Mecânico/Varadouro
A construção de uma sede sustentável no local, em um espaço onde era um terreno baldio, deve funcionar como um complexo de solução de problemas ambientais. Tudo feito pelas mãos dos próprios moradores. Atualmente, mais de 700 famílias vivem por aqui e sofrem, todos os anos, com os efeitos das chuvas.
Quando chove forte, quase 100 casas, que ficam bem próximas ao Rio Jaguaribe, chegam a alagar. A perda, na maioria das vezes, é total.
Seu José Marcos tem 71 anos e é nascido e criado na Comunidade São Rafael. Ao longo das últimas décadas, foram muitas as cenas de destruição que ele presenciou no local.
“[Os moradores] ficam com medo. Com medo que a água aumente. Como essa última chuva que deu, teve alguns moradores que perderam uma geladeira, perderam alguns móveis e alguns eletrodomésticos também. Perderam com a água. Mas foi, dizendo de novo, aquelas mesmas casas que foram invadidas por água. Aí o perigo é esse”, detalha.
Daniel Pereira é coordenador do Instituto Voz Popular, uma iniciativa dos próprios moradores da Comunidade São Rafael. Ele conta que são muitos os planos para que a comunidade resista às mudanças climáticas, ao avanço do rio e ao que ainda pode estar por vir.
“A proposta que a gente tem é um espaço como esse, uma usina solar para abastecer de energia a sede, uma horta comunitária e, ao mesmo tempo, a gente vai ter reuso de água e um biodigestor para fazer o tratamento do esgoto. Pensar essas alternativas que são as tecnologias sociais que podem ajudar nessa diminuição do aquecimento global e ao mesmo tempo gerar renda e gerar trabalho dentro do território. Então a proposta é que aqui na nova sede do Instituto Voz Popular a gente consiga mostrar que a partir de pequenas experiências a gente consegue transformar em grandes experiências que se replicam pela cidade”, ressalta Daniel.
Cenário é preocupante em diversas comunidades de João Pessoa
Reprodução/TV Cabo Branco
Planos colocados em prática para resultados a longo prazo. É o que dá para fazer no momento. Uma contenção de danos que parece acontecer no mundo inteiro. Cenários de emergência global que também são repletos de injustiças sociais. Andréa Porto é geógrafa e acompanha de perto o cenário preocupante da comunidade São Rafael.
“Parte da comunidade está dentro de uma área considerada de risco por conta da inundação. É uma comunidade que precisa de melhores infraestruturas, mas o que a gente tem observado aqui, nas intervenções mais recentes, é uma proposta bastante injusta socialmente falando, porque se constrói um cenário de risco climático para 100 anos, onde você aumenta a área alagável desse risco e você remove mais pessoas do que é necessário. Não se faz política pública com 100 anos. Então a gente precisa pensar num outro cenário, que não necessariamente retire e remova todo mundo desse local”, destaca a geógrafa.
No Nordeste, a Paraíba e o Rio Grande do Norte foram os estados que mais apresentaram aumentos expressivos na área de vegetação suprimida, um crescimento que representa mais de 100%
Reprodução/TV Cabo Branco
Queimadas, desmatamento e ação humana
Os impactos negativos da ação humana estão cada vez mais evidentes. Enquanto o Rio Grande do Sul vive uma das maiores tragédias da história do estado, a chuva persiste e a dificuldade de escoamento das águas, gera sofrimento. Segundo especialistas, a retirada da vegetação nativa tornou a região mais vulnerável e agravou os efeitos das tempestades.
Mas será que esse cenário está tão distante da nossa realidade? Na Paraíba, o bioma caatinga ocupa cerca de 90% do território, o que mostra a importância de conhecer e valorizar as diferentes características dessa vegetação. No Nordeste, a Paraíba e o Rio Grande do Norte foram os estados que mais apresentaram aumentos expressivos na área de vegetação suprimida, um crescimento que representa mais de 100%, segundo relatório referente a 2023.
Aumento da área desmatada na Paraíba
MapBiomas/Reprodução
As queimadas também influenciam nessa perda e, historicamente, tem transformado a caatinga, de um bioma florestal, para um bioma arbustivo e cada vez mais degradado.
Os dados são do MapBiomas, uma rede colaborativa formada por ONGs, universidades e startups de tecnologia, que conta com vários pesquisadores envolvidos.
O coordenador do MapBiomas Caatinga, Washington Rocha, reforça a preocupação. “É um cenário preocupante porque nós temos a ameaça de eventos climáticos extremos com possibilidade de catástrofe. Lembrando que temos um potencial de catástrofe de dois sentidos, de enxurradas e temos também risco de secas prolongadas, ampliação de desmatamento e por último a conservação do patrimônio genético que implica em você manter o ecossistema com os seus serviços ecossistêmicos ativos”, frisa.
Rochas foram colocadas no sopé da barreira do Cabo Branco, em João Pessoa
Reprodução/TV Cabo Branco
Em João Pessoa, o aumento da construção de empreendimentos em locais com variedade de fauna e flora, é uma realidade que também pode gerar prejuízos, quando o assunto é desmatamento.
O aumento contínuo dos alertas de desmatamento, na Paraíba, conforme registrado pelo MapBiomas, é um sinal preocupante da perda acelerada dos ecossistemas naturais. Para se ter uma ideia, se em 2019 foram três alertas de desmatamento, no ano passado, foram quase 2.200. Se um campo de futebol tem pouco mais de um hectare, a área desmatada em nosso estado, só em 2023, representa mais de 12 mil campos de futebol.
Acumulado de alertas de desmatamento na Paráiba em 2023
MapBiomas/Reprodução
Desmatamento que tem profundo impacto nas mudanças climáticas, na perda da biodiversidade e na erosão e degradação do solo. Atualmente, pesquisadores da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) investigam se as rochas que foram colocadas no sopé da barreira do Cabo Branco, construção conhecida como enrocamento, seria responsável por reduzir a faixa de areia da praia e, por consequência, aumentar a erosão da calçadinha, área destruída pela intensa ação do mar. O resultado ainda é inconclusivo, mas é certo que a elevação dos níveis dos oceanos é um dos impactos mais significativos das mudanças climáticas, resultante, principalmente, do aquecimento global.
O geógrafo e professor da UFPB, Saulo Vital, contribui para esses estudos e fala sobre as consequências desse cenário para as cidades litorâneas, como João Pessoa.
“Também precisa levar em consideração o avanço da urbanização, então nem tudo vai ser necessariamente avanço do nível do mar. Claro que nós estamos passando por um processo de aquecimento e, como consequência, teremos esse avanço. Mais fiscalização em relação às ocupações que estão na orla, para que não ocorram os dois processos, o mar avançar e a urbanização também”, destaca o geógrafo.
Investir em infraestruturas resilientes, promover práticas de uso sustentável da terra e reduzir as emissões de gases de efeito estufa são passos importantes para enfrentar os desafios climáticos, segundo especialistas. Mas é a prevenção, ao contrário da contenção de danos, que pode garantir um futuro sustentável. O que vamos deixar para as próximas gerações, é um problema de hoje, está aqui, e nos acompanha não só nos noticiários, mas em nossa rotina. É algo que não dá mais para ignorar.
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Justiça reduz penas dos três sócios da Fiji Solutions condenados por fraudes contra o sistema financeiro

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Decisão foi proferida por desembargadores do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). Bueno Aires José Soares de Souza, sócio da Fiji Solutions
Reprodução/TV Cabo Branco
Os três sócios do “grupo Fiji”, que inclui a empresa Fiji Solutions, tiveram penas reduzidas por decisão de desembargadores do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-F), no caso em que são condenados por fraudes contra o sistema financeiro e, segundo a Justiça, terem oferecido contratos de investimentos coletivos sem registro na Comissão de Valores Mobiliários. Sediada em Campina Grande, a empresa era investigada pela Polícia Federal por captar recursos de clientes, prometendo pagamentos expressivos por meio de operações de compra e venda de criptomoedas. A decisão foi emitida nesta quarta-feira (2).
O empresário Buenos Aires de Souza teve a pena diminuída de 25 anos e 2 meses para 10 anos e 1 mês. Já o casal Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Marília Lima tiveram as punições reduzidas de 14 anos e 8 meses, cada um, para 7 anos e 11 meses cada. Da decisão, cabe recurso.
Para a Rede Paraíba, a defesa dos acusados negou o envolvimento dos condenados com as irregularidades apontadas.
O três sócios foram condenados pelos crimes de operar instituição financeira sem autorização, emissão, oferecimento ou negociação de irregular de títulos ou valores mobiliários e gestão fraudulenta.
A investigação feita contra os sócios considera que as empresas Fiji Holding Participações, Fiji Solutions Participações e Fiji Tech fazem parte do “grupo Fiji”. As empresas movimentaram cerca de R$ 301 milhões. A Justiça também determinou a reposição de R$ 34 milhões, com base no que foi apurado pela Polícia Federal.
Conforme o processo, recursos arrecadados não eram empregados em operações de compra e venda de criptoativos com o intuito de obter lucro como anunciado. O juiz que proferiu a sentença de condenação, em outubro de 2024, afirmou que o montante recebido era utilizado para o pagamento de investidores anteriores.
Após o término da investigação ficou constatado que “não há registro de operações de compra e venda de criptoativos com o intuito de obter lucro (trades) em volume compatível com os valores aportados ou mesmo indícios que tenham sido obtidos resultados sequer próximos aos anunciados publicamente”.
O que é a Fiji Solutions?
Três sócios da Fiji são condenados pela Justiça da Paraíba
A Fiji Solutions é um empresa gestora de contratos de criptomoedas. Ao iniciar sua relação com a empresa, o cliente cede o controle da porcentagem de criptomoeda que adquiriu por meio de uma empresa corretora, a chamada exchange. Segundo o MP, a Fiji parou de cumprir os pagamentos previstos em contrato em fevereiro deste ano.
Em março, o promotor de Justiça e diretor regional do MP-Procon em Campina Grande, Sócrates Agra, recomendou que a empresa Fiji Solutions fizesse os pagamentos atrasados em até 72 horas, mas os prazos não foram cumpridos.
Em depoimento ao MP na época, um dos sócios afirmou que estaria com problemas técnicos para autorizar os repasses. A recomendação exigiu que a empresa ache uma solução junto a exchange Kucoin para pagamento de clientes.
As investigações
Operação contra a Fiji Solutions e a Softbank aconteceu em Campina Grande e em Gurjão, na PB
Divulgação/Polícia Federal
A empresa estava na mira da justiça desde abril de 2023, quando a 2ª Vara Cível de Campina Grande, atendendo a pedido do Ministério Público da Paraíba, bloqueou R$ 399 milhões dos sócios. Em junho do ano passado, a Polícia Federal deflagrou a Operação Ilha da Fantasia e começou a investigar as atividades da empresa.
Bueno Aires foi preso no mesmo mês da operação devido à investigação de crimes relacionados com abuso sexual infantil. Bueno Aires estava preso na Penitenciária Regional Padrão de Campina Grande, o Serrotão, após ser transferido do Rio de Janeiro, onde inicialmente foi preso pela Polícia Civil. Porém, foi solto em agosto de 2023 e cumpre medidas cautelares após ficar em liberdade.
Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Marília Lima do Nascimento foram presos durante a Operação Ilha da Fantasia, mas, o primeiro teve a prisão preventiva convertida em medida cautelar com o uso de tornozeleira eletrônica. Emilene ficou em prisão domiciliar.
A 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande recebeu a denúncia apresentada contra os três sócios da empresa Fiji Solutions. Os três viraram réus por um esquema de fraudes e pirâmide financeira.
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Projeto de faculdade oferece mil vagas em minicursos gratuitos para a área da saúde, em João Pessoa

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Atividades acontecem entre os dias 17 e 22 de julho e incluem certificado de participação. Incrições devem ser feitas pela Internet. Cursos são voltados a estudantes e profissionais da área da saúde
Banco de imagens / Freepik
Um total de 1.000 vagas gratuitas estão sendo oferecidas em minicursos voltados para a área de saúde em João Pessoa. A iniciativa é de uma faculdade privada e os interessados devem se inscrever exclusivamente pela internet.
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Os minicursos oferecidos pelas Faculdades Nova Esperança (Facene/Famene) têm foco 100% prático e abordam conteúdos voltados para quem busca capacitação ou atualização profissional. Os participantes terão acesso aos laboratórios da instituição e receberão certificado de participação.
A ação é direcionada a estudantes e profissionais da área da saúde. De acordo com a organização, os cursos têm como objetivo oferecer experiências práticas relacionadas às exigências do mercado.
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Suspeito de matar colega em restaurante tem prisão mantida após audiência de custódia

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Homem havia se apresentado à polícia nesta quarta-feira (2), cinco dias após o crime cometido dentro da cozinha de um restaurante. Suspeito de matar colega de trabalho em restaurante se entregou à polícia
Reprodução/TV Cabo Branco
Josiel Alexandre da Silva, suspeito de matar um colega de trabalho durante uma briga na cozinha de um restaurante em João Pessoa, teve a prisão mantida após passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (2). Segundo o delegado Douglas Garcia, ele foi encaminhado para a Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, o Presídio do Roger, em João Pessoa.
O crime aconteceu na última sexta-feira (27), dentro da cozinha de um restaurante no bairro dos Bancários.
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Josiel estava foragido desde o dia do homicídio e se apresentou à Polícia Civil na manhã desta quarta (2). Ao se entregar, foi cumprido um mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital.
De acordo com a polícia, Josiel e a vítima, Silvanildo Félix de Araújo, de 30 anos, trabalhavam juntos no estabelecimento. Eles teriam discutido durante o expediente, quando o suspeito desferiu um golpe de faca no pescoço do colega.
Silvanildo foi levado ao Hospital de Trauma pelo gerente do restaurante, mas não resistiu.
Entenda o caso
A discussão entre os dois funcionários aconteceu na manhã de sexta-feira (27), dentro da cozinha do restaurante. A Polícia Militar informou que a vítima foi atingida no pescoço. A morte gerou comoção entre colegas e clientes do estabelecimento.
Em nota publicada nas redes sociais, o restaurante lamentou a morte de Silvanildo. “Sua dedicação, profissionalismo e o bom humor com que sempre encarava os desafios farão imensa falta. Neste momento de dor, estendemos nossas mais sinceras condolências à sua família, amigos e a todos que, assim como nós, tiveram o privilégio de conhecê-lo e conviver com ele”, diz o texto.
Após o crime, Josiel fugiu de moto. A Polícia Militar foi até um endereço informado pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), mas ele não foi localizado na ocasião.
Quais as diferenças entre o homicídio culposo e doloso?
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