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MP de Contas pede auditoria na prefeitura de João Pessoa para apurar liberação de construção de ‘espigões’ na orla

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MP de Contas pede auditoria na prefeitura de João Pessoa para apurar liberação de construção de 'espigões' na orla

De acordo com o subprocurador-geral do MPCPB, Luciano Andrade Farias, a Secretaria de Planejamento do município deve passar por averiguação dos processos de emissão de alvarás de construção de prédios acima da altura permitida. Orla de João Pessoa
Paulo Cavalcanti/Arquivo Pessoal
O Ministério Público de Contas da Paraíba (MPCPB) pediu uma auditoria na prefeitura de João Pessoa após denúncias sobre prédios construídos irregularmente, acima da altura máxima permitida para orla da capital. De acordo com o subprocurador-geral do ministério, Luciano Andrade, é necessário averiguação na eficiência da Secretaria de Planejamento (Seplan) na emissão de alvarás de construção desses prédios.
Em documento do MPCPB, que abriu a representação contra a Seplan no Tribunal de Contas do Estado (TCE-PB), além da averiguação sobre a emissão de alvarás por parte do órgão, também ficou definido que é necessário saber da efetividade de fiscalização durante a execução das obras desses prédios até o momento de obtenção da licença.
O Ministério Público da Paraíba (MPPB) é outro órgão que investiga a construção de edifícios que já foram terminados, ou estão em construção, com altura máxima acima do limite permitido. O MP recomenda demolição de construções acima da altura máxima permitida por lei. Ao todo, são quatro prédios que tem inquéritos de apuração abertos por parte do órgão:
Em entrevista para a rádio CBN, o subprocurador-geral do MPC, Luciano Andrade, justificou o pedido pela representação da Seplan devido às denúncias que chegaram ao órgão em relação a forma como a secretaria vem agindo diante dos casos dos prédios.
“Houve esse pedido justamente a partir dessa divulgação recente de uma quantidade de casos que passou a chamar atenção pela possibilidade de que a prefeitura não estaria exercendo com eficiência o seu papel de fiscalizador das licenças que são concedidas. Ela tem concedido licenças de construção, mas aparentemente não tem havido a devida fiscalização”, ressaltou.
O procurador destacou também que a entrada do Ministério Público de Contas neste caso é uma tentativa de contribuir com a resolução do problema, somando aos outros órgãos envolvidos.
O subprocurador disse que antes de falar em qualquer tipo de punição relacionada ao caso, é necessário a correção de rumo, caso sejam constatados problemas na Seplan.
“Nossa tentativa é de demonstrar, verificar, se a Seplan está estruturada para exercer suas atribuições e se identificar que um processo de concessão de alvará e posterior fiscalização das obras têm se mostrado insuficiente, com base na estrutura da secretaria, aí o Tribunal vai ter que atuar de modo mais incisivo, exigindo uma postura significativa da prefeitura para que esses danos que estão sendo apurados e danos futuros sejam evitados”, contou.
Segundo o subprocurador, essa medida evitaria que no futuro a discussão sobre esses prédios seja em relação a possíveis compensações financeiras por possíveis danos ambientais ocasionados pelas construções constatadas no processo, sendo assim um trabalho de prevenção.
O g1 entrou em contato com a Secretaria de Planejamento (Seplan), que informou que ainda não foi notificada sobre a representação do Ministério Público de Contas estadual.
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Reprodução
Existem duas leis em vigor que limitam a altura máxima das construções na orla de João Pessoa, de forma que a construção de espigões fica proibida.
A primeira lei é a própria Constituição do Estado da Paraíba, promulgada em 1989, e que vale para todo o território paraibano.
Segundo o artigo 229 da Constituição da Paraíba, existe uma área de proteção de 500 metros a partir da “preamar de sizígia para o interior do continente”, que é a faixa de areia onde a maré mais alta atinge, na orla. A partir desta faixa, traça-se uma linha imaginária que segue até 500 metros continente adentro.
Dentro desta área, há um espaço de 150 metros de proteção total, onde nada pode ser construído. A partir daí, o crescimento é escalonado e gradativo, e consiste na faixa entre 350 e 500 metros de continente. Na legislação estadual, a partir de 350 metros, são permitidas construções de “doze metros, compreendendo pilotis ou três andares”, chegando ao máximo de 35 metros de altura no trecho limite da área de proteção.
Essas regras valem para toda a orla da Paraíba. No caso de João Pessoa, ainda há uma legislação mais proibitiva.
Trata-se do Artigo 175 da Lei Orgânica do Município de João Pessoa, aprovada em 1990. Tecnicamente, esta lei não seria necessária, pois a estadual se sobressai às regras municipais, mas como ela é mais restrita, acaba se sobrepondo apenas no trecho limite dos 500 metros da área de proteção.
Em toda a capital, na faixa final, ao invés do limite máximo de 35 metros de altura, definida pela lei estadual, a altura máxima deve ser de 12,90 metros, conforme lei municipal.
Inquéritos no MPPB
Bossa Design Hotel está sendo construído na orla de João Pessoa
Reprodução/TV Cabo Branco
Segundo o Ministério Público da Paraíba, os inquéritos civis sobre os prédios estão transcorrendo dentro dos princípios da ampla defesa e do contraditório, baseados em uma perícia ambiental.
Uma reunião no dia 10 de janeiro aconteceu envolvendo o MPPB com a Secretaria Municipal de Planejamento, com a Procuradoria-Geral do Município de João Pessoa, com o Sindicato da Indústria da Construção Civil (Sinduscon-JP), e com representantes das construtoras, para apresentar os problemas relativos às quatro construções em particular e buscar viabilizar um acordo.
“Foi possível constatar que o projeto executório divergia do projeto inicial do licenciamento e que a altura da edificação estava superior ao permitido por lei, gerando assim o dano ambiental de natureza permanente e irreversível”, declarou a promotora Cláudia Cabral sobre a questão.
Durante a reunião, foram discutidas medidas resolutivas a serem possivelmente contempladas em um Termo de Compromisso de Ajustamento de Condutas (TCAC) quanto ao limite máximo de altura dos edifícios. A posição do MPPB sobre o assunto é pela mediação, inicialmente, e pela demolição da parte excedente dos edifícios.
De acordo com o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil de João Pessoa (Sinduscon-JP), Wagner Breckenfeld, o órgão se mantém em contato com o MPPB para discutir a situação. Segundo ele, existem divergências entre a legislação e normas da construção civil.
Conforme o procurador-geral de João Pessoa, Bruno Nóbrega, todos os alvarás de construção foram emitidos com as alturas permitidas, mas foi constatado que na construção os edifícios, houve um descumprimento com relação aos alvarás de construção. “Isso só foi constatado na hora da vistoria para a emissão da carta de ‘habite-se’, já com os prédios finalizados”, disse.
Em relação à demolição, Bruno diz ainda que há duas propostas sendo debatidas e que podem ser acordadas com as construtoras: uma seria de demolir a parte excedente, e a outra, para os casos em que seja impossível, as construtoras pagariam uma multa em formato de compensação pelo dano ambiental.
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Bombeiros voltam a suspender buscas por médico que desapareceu após cair em rio na praia do Jacaré, na PB

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Suspensão se deve à falta de visibilidade no local. Buscas serão retomadas neste sábado (3). Médico e esposa são do Maranhão e se envolveram em acidente durante passeio de lancha. Região onde médico se afogou, na praia do Jacaré, na PB, não é indicada para o banho, diz Bombeiros
Reprodução/TV Cabo Branco
O Corpo de Bombeiros suspendeu temporariamente as buscas pelo médico Samuel Almeida Costa, que desapareceu após cair no Rio Paraíba, na área da praia do Jacaré, em Cabedelo, na Grande João Pessoa. O acidente aconteceu no fim da tarde da quinta-feira (1º), feriado do Dia do Trabalhador. Além do médico de 42 anos, do Maranhão, a esposa dele, uma mulher de 39 anos, ficou ferida ao tentar salvá-lo.
Segundo o Corpo de Bombeiros, as buscas pelo desaparecido começaram desde o fim da tarde da quinta (1º), mas foram temporariamente paralisadas por volta das 20h em virtude das condições de iluminação no local. O trabalho foi retomado às 5h da manhã desta sexta-feira (2) e suspenso, novamente, no início da noite, por falta de visibilidade. O terceiro dia de buscas deve iniciar na manhã do sábado (3).
De acordo com informações do major Francélio, do Corpo de Bombeiros, a área onde o médico caiu é uma região de grande movimentação de embarcações. Além disso, tem grande profundidade e uma correnteza que pode ser perigosa, devido ao encontro do rio com o mar.
O Corpo de Bombeiros também informou que um planejamento foi montado de forma conjunta, com equipes de salvamento de Cabedelo e de João Pessoa. As equipes contam com quatro embarcações, duas motos aquáticas, dois botes de salvamento e apoio aéreo.
As buscas foram expandidas para outras áreas devido às condições de maré do local onde o homem se afogou. A região é próxima ao encontro do rio com o mar, o que pode dificultar a localização da vítima.
A esposa do homem que está desaparecido sofreu fraturas e lacerações nas pernas ao tentar salvá-lo, e foi socorrida para o Hospital de Emergência e Trauma de João Pessoa. Segundo o último boletim médico divulgado pela unidade, a mulher tem quadro de saúde considerado estável.
Homem desaparece no mar da praia do Jacaré, na PB, e esposa fica ferida ao tentar salvá-lo
Deyse Ponciano/TV Cabo Branco
Entenda o caso
De acordo com informações do Corpo de Bombeiros, que foi acionado logo após o afogamento, o homem estava em uma lancha privada quando caiu na água sem proteção e começou a se afogar. A esposa, para tentar salvá-lo, também entrou no mar, mas foi atingida pela hélice da embarcação.
O casal estava acompanhado de outras duas pessoas. O grupo estava na lancha, na praia do Jacaré, para ver o pôr do sol. A embarcação estava a cerca de 400 metros da área de observação para pedestres.
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Homem morre após desabamento de muro durante obra, em Campina Grande

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Antônio Carlos Silva Araújo, de 61 anos, realizava corte no muro quando a estrutura desabou. Perícia aponta que a vítima não usava EPIs. Homem morre após desabamento de muro durante obra, em Campina Grande
Geraldo Jerônimo/TV Paraíba
Um homem, identificado como Antônio Carlos Silva Araújo, de 61 anos, morreu após ser atingido por um desabamento de um muro em um depósito no final da tarde desta sexta-feira (2), localizado na Avenida Brasília, no bairro do Catolé, em Campina Grande.
De acordo com a Polícia Civil, a vítima e outro trabalhador realizavam o corte da estrutura quando parte do muro desabou, atingindo a vítima.
Outros trabalhadores tentaram retirar os escombros, mas Antônio Carlos não resistiu aos ferimentos e morreu no local.
O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado e, apesar das tentativas de ressuscitação, a vítima não sobreviveu.
A perícia criminal informou à TV Paraíba que a vítima não usava Equipamentos de Proteção Individual (EPIs).
A Polícia Civil investiga as causas do desabamento.
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Trio rouba carro, policial militar de folga reage e impede fuga de criminosos em Campina Grande; VÍDEO

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Três suspeitos roubaram um carro no bairro Centenário. Policial de folga presenciou o crime, reagiu e impediu a fuga dos criminosos ao atingir o pneu do veículo. Policial à paisana impede assalto em Campina
Um policial militar à paisana impediu a fuga de três criminosos que haviam acabado de roubar um carro no bairro Centenário, em Campina Grande, na manhã dessa quinta-feira (1º). A ação durou cerca de 10 segundos e imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que os assaltantes entram no veículo e são surpreendidos pelo policial. Veja a ação no vídeo acima.
Segundo informações da Polícia Militar, o policial estava de folga quando presenciou os três suspeitos rendendo os ocupantes de um carro de passeio e assumindo o controle do veículo.
Ele observou que pelo menos dois deles estavam armados e decidiu enfrentar os criminosos. Ao se aproximar do veículo que estava em movimento indo em direção ao policial, gritou pedindo que os assaltantes parassem o carro e se rendessem.
Trio rouba carro, policial de folga reage e impede fuga de criminosos em Campina Grande
Reprodução/TV Paraíba
A Polícia Militar afirmou que foi nesse momento que os criminosos começaram a atirar contra o agente, que não foi atingido. O policial revidou e disparou contra o veículo, atingindo um dos pneus.
Ainda assim, os suspeitos conseguiram fugir, mas apenas por cerca de 600 metros. O carro foi abandonado no bairro Pedregal, depois que o pneu estourou. Viaturas da Polícia Militar foram acionadas e localizaram o veículo em um dos becos do bairro.
Durante as buscas, os policiais também apreenderam um revólver com munições, que teria sido usado pelos assaltantes. Ninguém foi preso até o momento, mas as diligências continuam para localizar os suspeitos.
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