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Novas pegadas de dinossauros são descobertas por cientistas no Sertão da Paraíba

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As pegadas foram deixadas por dinossauros de até 15 metros de comprimento, conhecidos popularmente como “pescoçudos”, e que viveram na região há mais de 125 milhões de anos. Zarah Gomes, uma das autoras da pesquisa, junto às pegadas
Aline Ghilardi
Um novo conjunto de pegadas de dinossauros foi descoberto às margens da BR-405, no município de São João do Rio do Peixe, no Sertão da Paraíba. As pegadas foram deixadas por dinossauros de pescoço e cauda longa, conhecidos popularmente como “pescoçudos”, e que viveram na região há mais de 125 milhões de anos. A descoberta foi publicada no dia 11 de agosto na revista científica internacional Historical Biology.
As novas pistas de pegadas foram encontradas em 2022, durante uma atividade de mapeamento geológico de alunos da graduação em Geologia da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). Os alunos enviaram fotos para a professora Aline Ghilardi, que estuda há mais de uma década a região, e ela notou que era um sítio ainda não descoberto.
O conjunto de pegadas foi nomeado em homenagem a Robson Araújo Marques, falecido em 2021, e conhecido na região de Sousa como “o velho do rio” e “Guardião do Vale dos Dinossauros”. Ele foi um dos primeiros a encontrar pegadas no Vale dos Dinossauros, em Sousa, e ajudou diversos paleontólogos nos estudos dos animais pré-históricos.
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São sete pegadas, com cerca de 70 cm de diâmetro, incluindo impressões das “mãos” e “pés” de um dinossauro pescoçudo do grupo dos Titanosauriformes, caracterizado por ter um corpo gigantesco. O tamanho estimado para o animal é de aproximadamente 3,3 metros na altura do quadril e entre 12 e 15 metros de comprimento.
Pegadas do dinossauro “pescoçudo” registrada pelos pesquisadores na Paraíba
Aline Ghilardi
O conjunto de pegadas dos pescoçudos foi digitalizado em 2023, e estudado ao longo de um ano. O grupo de pesquisadores, formado pela mestranda Zarah Gomes, a professora Aline Ghilardi, o professor Tito Aureliano (URCA) e a pós-graduanda Rebecca Erickson, concluíram que se tratava de uma nova pista de pegadas.
Os pesquisadores afirmam que o conjunto contribui para os estudos sobre a evolução da forma, postura e locomoção dos pescoçudos, e ampliam o número de sítios com pegadas conhecidas na região do Vale dos Dinossauros.
Equipe de pesquisadores ao lado das pegadas
Divulgação
Além do conjunto de pegadas do dinossauro pescoçudo, os pesquisadores também encontraram outras cinco pistas de animais pré-históricos, incluindo pegadas de dinossauros carnívoros de médio a grande porte e outros animais indeterminados.
O município de São João do Rio do Peixe fica localizado a 38 quilômetros de Sousa, onde está localizado o Monumento Natural Vale dos Dinossauros, que abriga um dos maiores conjuntos de pegadas de dinossauros da América do Sul.
A homenagem ao Guardião do Vale dos Dinossauros
Robson Marques era conhecido como o Guardião do Vale dos Dinossauros, em Sousa, no Sertão paraibano
TV Paraíba/Reprodução
No estudo de pegadas fossilizadas, os conjuntos são nomeados de acordo com as suas características.
O novo conjunto de pegadas foi nomeado de Sousatitanosauripus robsoni. O nome faz referência a três características da descoberta: primeiro, à Sub-Bacia de Sousa, local onde as pegadas foram encontradas, em seguida, ao saurópode Titanosauriformes, enquanto o sufixo “pus”, significa pés.
Já o robsoni foi adicionado em homenagem à memória do “Guardião do Vale dos Dinossauros”, que se chamava Robson Araújo Marques.
Robson Araújo foi um dos primeiros a descobrir as pegadas de dinossauros no sítio que pertencia à sua família. Após a descoberta, se apaixonou ainda mais pelo Vale dos Dinossauros, e dedicou parte da sua vida a cuidar e divulgar o local.
O Guardião do Vale dos Dinossauros acompanhou em campo, por diversas vezes, os professores Aline Ghilardi e Tito Aureliano, além de outros paleontólogos e estudantes que visitaram a região.
Robson, o Guardião do Vale dos Dinossauros, com pesquisadores
Divulgação
Robson Araújo morreu aos 77 anos, vítima de uma parada cardíaca, no dia 12 de julho de 2021, em um Hospital do município de Mossoró, no Rio Grande do Norte.
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Justiça reduz penas dos três sócios da Fiji Solutions condenados por fraudes contra o sistema financeiro

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Decisão foi proferida por desembargadores do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF5). Bueno Aires José Soares de Souza, sócio da Fiji Solutions
Reprodução/TV Cabo Branco
Os três sócios do “grupo Fiji”, que inclui a empresa Fiji Solutions, tiveram penas reduzidas por decisão de desembargadores do Tribunal Regional Federal da 5ª Região (TRF-F), no caso em que são condenados por fraudes contra o sistema financeiro e, segundo a Justiça, terem oferecido contratos de investimentos coletivos sem registro na Comissão de Valores Mobiliários. Sediada em Campina Grande, a empresa era investigada pela Polícia Federal por captar recursos de clientes, prometendo pagamentos expressivos por meio de operações de compra e venda de criptomoedas. A decisão foi emitida nesta quarta-feira (2).
O empresário Buenos Aires de Souza teve a pena diminuída de 25 anos e 2 meses para 10 anos e 1 mês. Já o casal Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Marília Lima tiveram as punições reduzidas de 14 anos e 8 meses, cada um, para 7 anos e 11 meses cada. Da decisão, cabe recurso.
Para a Rede Paraíba, a defesa dos acusados negou o envolvimento dos condenados com as irregularidades apontadas.
O três sócios foram condenados pelos crimes de operar instituição financeira sem autorização, emissão, oferecimento ou negociação de irregular de títulos ou valores mobiliários e gestão fraudulenta.
A investigação feita contra os sócios considera que as empresas Fiji Holding Participações, Fiji Solutions Participações e Fiji Tech fazem parte do “grupo Fiji”. As empresas movimentaram cerca de R$ 301 milhões. A Justiça também determinou a reposição de R$ 34 milhões, com base no que foi apurado pela Polícia Federal.
Conforme o processo, recursos arrecadados não eram empregados em operações de compra e venda de criptoativos com o intuito de obter lucro como anunciado. O juiz que proferiu a sentença de condenação, em outubro de 2024, afirmou que o montante recebido era utilizado para o pagamento de investidores anteriores.
Após o término da investigação ficou constatado que “não há registro de operações de compra e venda de criptoativos com o intuito de obter lucro (trades) em volume compatível com os valores aportados ou mesmo indícios que tenham sido obtidos resultados sequer próximos aos anunciados publicamente”.
O que é a Fiji Solutions?
Três sócios da Fiji são condenados pela Justiça da Paraíba
A Fiji Solutions é um empresa gestora de contratos de criptomoedas. Ao iniciar sua relação com a empresa, o cliente cede o controle da porcentagem de criptomoeda que adquiriu por meio de uma empresa corretora, a chamada exchange. Segundo o MP, a Fiji parou de cumprir os pagamentos previstos em contrato em fevereiro deste ano.
Em março, o promotor de Justiça e diretor regional do MP-Procon em Campina Grande, Sócrates Agra, recomendou que a empresa Fiji Solutions fizesse os pagamentos atrasados em até 72 horas, mas os prazos não foram cumpridos.
Em depoimento ao MP na época, um dos sócios afirmou que estaria com problemas técnicos para autorizar os repasses. A recomendação exigiu que a empresa ache uma solução junto a exchange Kucoin para pagamento de clientes.
As investigações
Operação contra a Fiji Solutions e a Softbank aconteceu em Campina Grande e em Gurjão, na PB
Divulgação/Polícia Federal
A empresa estava na mira da justiça desde abril de 2023, quando a 2ª Vara Cível de Campina Grande, atendendo a pedido do Ministério Público da Paraíba, bloqueou R$ 399 milhões dos sócios. Em junho do ano passado, a Polícia Federal deflagrou a Operação Ilha da Fantasia e começou a investigar as atividades da empresa.
Bueno Aires foi preso no mesmo mês da operação devido à investigação de crimes relacionados com abuso sexual infantil. Bueno Aires estava preso na Penitenciária Regional Padrão de Campina Grande, o Serrotão, após ser transferido do Rio de Janeiro, onde inicialmente foi preso pela Polícia Civil. Porém, foi solto em agosto de 2023 e cumpre medidas cautelares após ficar em liberdade.
Breno de Vasconcelos Azevedo e Emilene Marília Lima do Nascimento foram presos durante a Operação Ilha da Fantasia, mas, o primeiro teve a prisão preventiva convertida em medida cautelar com o uso de tornozeleira eletrônica. Emilene ficou em prisão domiciliar.
A 4ª Vara da Justiça Federal em Campina Grande recebeu a denúncia apresentada contra os três sócios da empresa Fiji Solutions. Os três viraram réus por um esquema de fraudes e pirâmide financeira.
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Projeto de faculdade oferece mil vagas em minicursos gratuitos para a área da saúde, em João Pessoa

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Atividades acontecem entre os dias 17 e 22 de julho e incluem certificado de participação. Incrições devem ser feitas pela Internet. Cursos são voltados a estudantes e profissionais da área da saúde
Banco de imagens / Freepik
Um total de 1.000 vagas gratuitas estão sendo oferecidas em minicursos voltados para a área de saúde em João Pessoa. A iniciativa é de uma faculdade privada e os interessados devem se inscrever exclusivamente pela internet.
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Os minicursos oferecidos pelas Faculdades Nova Esperança (Facene/Famene) têm foco 100% prático e abordam conteúdos voltados para quem busca capacitação ou atualização profissional. Os participantes terão acesso aos laboratórios da instituição e receberão certificado de participação.
A ação é direcionada a estudantes e profissionais da área da saúde. De acordo com a organização, os cursos têm como objetivo oferecer experiências práticas relacionadas às exigências do mercado.
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Suspeito de matar colega em restaurante tem prisão mantida após audiência de custódia

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Homem havia se apresentado à polícia nesta quarta-feira (2), cinco dias após o crime cometido dentro da cozinha de um restaurante. Suspeito de matar colega de trabalho em restaurante se entregou à polícia
Reprodução/TV Cabo Branco
Josiel Alexandre da Silva, suspeito de matar um colega de trabalho durante uma briga na cozinha de um restaurante em João Pessoa, teve a prisão mantida após passar por audiência de custódia nesta quarta-feira (2). Segundo o delegado Douglas Garcia, ele foi encaminhado para a Penitenciária Desembargador Flósculo da Nóbrega, o Presídio do Roger, em João Pessoa.
O crime aconteceu na última sexta-feira (27), dentro da cozinha de um restaurante no bairro dos Bancários.
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Josiel estava foragido desde o dia do homicídio e se apresentou à Polícia Civil na manhã desta quarta (2). Ao se entregar, foi cumprido um mandado de prisão preventiva expedido pela 1ª Vara do Tribunal do Júri da Capital.
De acordo com a polícia, Josiel e a vítima, Silvanildo Félix de Araújo, de 30 anos, trabalhavam juntos no estabelecimento. Eles teriam discutido durante o expediente, quando o suspeito desferiu um golpe de faca no pescoço do colega.
Silvanildo foi levado ao Hospital de Trauma pelo gerente do restaurante, mas não resistiu.
Entenda o caso
A discussão entre os dois funcionários aconteceu na manhã de sexta-feira (27), dentro da cozinha do restaurante. A Polícia Militar informou que a vítima foi atingida no pescoço. A morte gerou comoção entre colegas e clientes do estabelecimento.
Em nota publicada nas redes sociais, o restaurante lamentou a morte de Silvanildo. “Sua dedicação, profissionalismo e o bom humor com que sempre encarava os desafios farão imensa falta. Neste momento de dor, estendemos nossas mais sinceras condolências à sua família, amigos e a todos que, assim como nós, tiveram o privilégio de conhecê-lo e conviver com ele”, diz o texto.
Após o crime, Josiel fugiu de moto. A Polícia Militar foi até um endereço informado pelo Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), mas ele não foi localizado na ocasião.
Quais as diferenças entre o homicídio culposo e doloso?
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