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Pediatra investigado por estupro atendia vítimas desde bebês: ‘havia uma relação de confiança’

O g1 teve acesso ao depoimento de três mães, duas sobrinhas e uma vítima. O médico é investigado por abusar as crianças dentro do próprio consultório, durante consultas de rotina. Pediatra Fernando Cunha Lima é suspeito de estuprar uma paciente de 9 anos de idade durante uma consulta, em João Pessoa
TV Câmara/Reprodução
O médico pediatra investigado por estuprar crianças, em João Pessoa, atendia a maioria das vítimas desde bebês e tinha a confiança das famílias. Fernando Paredes Cunha Lima é um pediatra famoso na capital paraibana e tinha uma clínica particular no bairro de Tambauzinho. Em uma série de depoimentos dados à Polícia Civil, as mães narram que os abusos aconteciam dentro do consultório, com as vítimas em cima de uma maca, quando o médico obstruía a visão delas ou fazia a ausculta do pulmão das crianças.
O g1 teve acesso ao depoimento de três mães, duas sobrinhas e uma vítima. Uma menina de 4 anos era atendida desde o nascimento e outra de 9 anos desde os 9 meses. A terceira, vítima aos 7 anos, passou a ser atendida pelo médico aos 2 anos, após outras pessoas recomendarem o profissional. As sobrinhas de Fernando Cunha Lima afirmam ter sido abusadas aos 10 anos. Uma quarta mãe também denunciou o caso, mas o g1 não teve acesso ao documento.
A defesa do pediatra emitiu uma nota declarando que o médico é inocente e que está sendo “acusado injustamente”. Informou ainda que Fernando Cunha Lima vai prestar esclarecimentos e colaborar com as investigações. Após faltar a dois depoimentos alegando problemas de saúde, o médico compareceu nesta sexta-feira (9) à Delegacia de Repressão aos Crimes contra Infância e Juventude e foi ouvido, mas os detalhes não foram divulgados porque o processo está em segredo de justiça.
Em entrevista à TV Cabo Branco, o superintendente da Polícia Civil em João Pessoa, Cristiano Santana, afirmou que os depoimentos possuem “muitas convergências entre si”.
“O crime nunca acontecia na primeira consulta. Havia uma relação de confiança na mãe que leva a filha num pediatra”, afirmou.
As mães afirmam em depoimento que ficaram sem reação após presenciar os abusos e uma vítima contou que estava assustada. Uma mãe disse que, ao perceber o abuso, falou ao médico que a criança não estava confortável e retirou a filha do consultório, mas não denunciou por medo ou por pensar que ninguém acreditaria no relato dela.
Uma vítima de apenas 9 anos chegou a relatar para mãe que estava sentindo dores na região da genitália após o abuso, mas não contou antes por medo e vergonha.
Consultório do pediatra Fernando Cunha Lima, em João Pessoa
TV Cabo Branco/Reprodução
Depois do caso da vítima de 9 anos ser denunciado à Polícia Civil, no dia 25 de julho, e a investigação divulgada na imprensa, outras vítimas decidiram denunciar, incluindo duas sobrinhas do médico Fernando Cunha Lima, que afirmam ter sido abusadas com aproximadamente 10 anos de idade.
De acordo com as sobrinhas, os abusos aconteciam em uma casa de férias do médico, em Cabedelo, ou na própria casa das vítimas, no Rio Grande do Norte. Uma das sobrinhas relata que foi abusada em pelo menos três ocasiões diferentes e ele ainda tentou uma quarta vez, mas ela empurrou o médico. Ela ainda afirma que uma terceira familiar do médico contou para as vítimas que também foi abusada pelo médico na infância, mas ela não prestou depoimento à Polícia.
As duas sobrinhas foram incluídas no processo como testemunhas, porque os crimes contra elas já prescreveram, devido ao lapso temporal entre o crime, em 1991, e a denúncia. Porém, os depoimentos delas contribuem para dar embasamento ao inquérito.
Sobrinha de pediatra denunciado por estupro de vulnerável diz ter sido abusada também
Entenda o caso
A primeira denúncia formal de estupro de vulnerável contra o pediatra Fernando Cunha Lima aconteceu no dia 25 de julho e foi tornada pública na quinta-feira (6).
A mãe da criança, que estava no consultório, disse em depoimento que viu o momento em que ele teria tocado as partes íntimas da criança. Ela informou que na ocasião imediatamente retirou os dois filhos do local e foi prestar queixa na Delegacia de Polícia Civil.
Com a repercussão do caso, uma sobrinha do suspeito revelou que foi abusada quando também tinha 9 anos, na década de 1990, assim como suas duas irmãs. As denúncias, assim, indicam que os crimes aconteceriam há pelo menos 33 anos, já que o relato se refere a um estupro que teria sido cometido em 1991.
O Conselho Regional de Medicina (CRM-PB) informou nessa quarta-feira (7) que abriu uma sindicância para apurar o caso. Já a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae), do qual Fernando Cunha Lima era diretor, decidiu suspendê-lo e afastá-lo de suas funções diretivas.
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G1
Justiça suspende concurso em Mataraca por irregularidades

A Justiça paraibana suspendeu o concurso público da Prefeitura de Mataraca nesta quinta-feira (2). Dessa forma, a decisão impede a realização das provas previstas para domingo (5). A juíza Kalina de Oliveira Lima Marques identificou diversas irregularidades no processo.
Contratação sem licitação
Inicialmente, a prefeitura contratou a banca organizadora CPCon sem realizar processo licitatório adequado. Assim, alegou que a empresa possuía “inquestionável reputação ético-profissional”, justificativa prevista em lei. Entretanto, a magistrada verificou que a organizadora enfrentou problemas em outros certames. Portanto, não atendia aos requisitos necessários para dispensa de licitação.
Problemas identificados no edital
Além disso, uma ação popular apontou outras irregularidades importantes. Primeiro, a prefeitura descumpriu um Termo de Ajustamento de Conduta que previa mais vagas do que o edital ofereceu. Consequentemente, prejudicou candidatos que esperavam maior número de oportunidades.
Outro problema grave envolvia o pagamento das inscrições. Segundo o edital, os valores iriam diretamente para a banca, sem passar pelos cofres públicos. A juíza considerou esse modelo contrário ao interesse público porque:
- Dificulta a fiscalização dos recursos
- Prejudica o erário público
- Fere princípios de isonomia e moralidade administrativa
Próximos passos
Agora, a prefeitura e a empresa têm 20 dias para apresentar defesa. Enquanto isso, as provas permanecem suspensas. O certame oferecia 89 vagas com salários entre R$ 1.518 e R$ 11 mil para diversos níveis de escolaridade.
A prefeitura informou que acionará seu setor jurídico, pois entende que a magistrada foi induzida ao erro. Portanto, aguardam-se os desdobramentos jurídicos do caso.
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G1
Idoso preso por abuso manteve jovem em cárcere privado por quase um ano, diz polícia

Bilhete deixado por vítima de abuso na PB levou polícia até suspeito
Polícia Civil da Paraíba/Divulgação
A jovem de 19 anos, vítima do idoso de 75 anos suspeito de abusá-la, estava em cárcere privado desde novembro do ano passado na cidade de Montadas, no interior da Paraíba. As informações foram confirmadas pela Polícia Civil.
De acordo com o delegado Emanuel Henriques, antes do período de cárcere privado na casa do suspeito, ela já havia conhecido o idoso e mantinha uma relação próxima com ele. Ela é natural de João Pessoa. As investigações apontam que, devido essa proximidade, ela foi morar com o idoso, em Montadas, que a partir de então a manteve em cárcere.
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Outro delegado que acompanhou o caso, Danilo Orengo, informou que a carta entregue pela vítima pedindo socorro das condições de abuso foi entregue após ela pedir ao suspeito para ir a uma consulta no dentista. Na ocasião, ele autorizou. Ela aproveitou essa oportunidade de sair de casa para entregar a mensagem para funcionários do Centro de Referência de Assistência Social (Cras), que acionaram a polícia.
Segundo as investigações, o resgate da jovem aconteceu na manhã desta quinta-feira (2). Ao chegarem na casa em que o idoso mantinha ela em cárcere, a vítima estava em estado de choque.
Ainda de acordo com a polícia, o suspeito, um idoso também obrigava a vítima a presenciar atos sexuais envolvendo menores. Ele mantinha registros fotográficos que podem indicar a existência de outras vítimas.
A casa onde a vítima e o suspeito estavam apresentava condições precárias. A vítima foi encaminhada para atendimento especializado por órgãos de proteção e está em uma casa de cuidados que não teve a localização revelada.
O idoso, preso em flagrante, segue à disposição da Justiça. O caso permanecerá em investigação para que outras possíveis vítimas sejam identificadas.
Idoso suspeito de abuso sexual é preso após jovem escrever bilhete pedindo socorro, na PB
Divulgação/Polícia Civil da Paraíba
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Homem é preso suspeito de agredir esposa na frente dos filhos, em João Pessoa; vídeo

Homem é preso suspeito de agredir esposa na frente dos filhos, em João Pessoa
Um homem de 32 anos, que se intitula pastor, foi preso suspeito de agredir fisicamente a esposa na frente dos três filhos, na tarde desta quinta-feira (2), no bairro de Mangabeira. As informações foram confirmadas pela Polícia Militar. Veja as imagens da agressão acima.
De acordo com a Polícia Militar, as agressões foram denunciadas por outro homem que se identifica como pastor e que presenciou o momento dos socos desferidos pelo suspeito contra a esposa. Ele chamou a polícia, que prendeu o homem.
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Conforme as investigações preliminares, a mulher declarou que sofre agressões constantes do homem e que, por medo, não havia denunciado anteriormente. Dois dos filhos do casal são autistas, conforme a PM, e um outro é deficiente intelectual.
No vídeo que o g1 teve acesso, é possível ver o momento das agressões. Nas imagens, mostram que o suspeito agrediu a esposa em frente de uma residência, onde inclusive outra mulher tenta separar o homem da esposa. Os socos cessaram a partir do momento em que outro homem aparece nas filmagens.
Tanto o suspeito, o pastor e a mulher foram levados para a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher em João Pessoa (Deam-JP).
Suspeito foi preso em Mangabeira, em João Pessoa
Polícia Militar
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