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Familiares de vítimas da ‘Barbárie de Queimadas’ celebram prisão de mentor: ‘nós podemos pensar em alívio, apesar das saudades’
Eduardo dos Santos, condenado a 108 anos de prisão, fugiu de um presídio estadual de segurança máxima pela porta lateral em 2020 e estava foragido desde então. Ele foi encontrado em Rio das Ostras, no estado do Rio de Janeiro. Mentor da Barbárie de Queimadas com pena de 108 anos é preso no RJ mais de 3 anos após fugir de presídio de segurança máxima
Divulgação/Polícia Civil
Familiares das duas vítimas mortas na “Barbárie de Queimadas”, Izabella Pajuçara e Michelle Domingues, expressaram o sentimento de alívio pela prisão de Eduardo dos Santos, condenado a 108 anos de prisão, que havia fugido de um presídio estadual de segurança máxima na Paraíba, em 2020, e estava foragido desde então. O mentor da barbárie estava escondido na cidade de Rio das Ostras, no estado do Rio de Janeiro.
Em entrevista à TV Paraíba, Isânia Monteiro, irmã de Izabella Pajuçara, uma das duas mulheres estupradas e mortas na cidade de Queimadas, no interior da Paraíba, afirmou que após o período de inquietação no qual a família passou após a fuga do condenado em 2020, o sentimento se tornou o alívio, mas misturado com a dor da perda da irmã.
“Nesse momento, não só eu, mas todos os familiares de Izabella e Michelle, o sentimento é de alívio. Há três anos, no dia em que ele fugiu (do presídio), ficou a nossa inquietação até quando isso afetaria as nossas vidas. Agora, após a prisão, nós podemos pensar em um alívio, apesar da saudade, da dor, mas também um misto de sentimentos, que permanecem e acompanham as nossas vidas”, relatou.
O crime em que a irmã de Isânia, Izabella, foi morta, aconteceu em 2012 quando cinco mulheres foram brutalmente estupradas durante uma festa de aniversário, que foi feita por homens que elas consideravam serem seus amigos. Entre elas estavam a própria Izabella Pajuçara e também Michelle Domingos, mortas de forma violenta porque, durante os estupros, identificaram os agressores.
Desde quando Eduardo dos Santos fugiu da Penitenciária de Segurança Máxima Doutor Romeu Gonçalves de Abrantes de João Pessoa, conhecida como PB1, no dia 17 de novembro de 2020, Isania ressaltou que com o passar dos anos chegou a desacreditar que o homem seria recapturado.
“Desde o princípio, nós ouvíamos um certo silenciamento, mas nós precisávamos acreditar na Justiça, acreditar que ela estava sendo feita, que as buscas estavam sendo feitas, mas em alguns momentos, existia essa preocupação: quando essa prisão iria acontecer? Então duvidamos que ela fosse acontecer em alguns momentos, por inquietação, por ser ser humano, mas hoje veio uma resposta”, disse.
Isania Monteiro é irmã de Izabella Pajuçara, vítima na Barbárie de Queimadas
TV Cabo Branco
Assim como a família de Izabella, a mãe de Michelle Domingues, Maria José, disse que desacreditou que Eduardo fosse recapturado pela polícia e acrescentou que no núcleo familiar havia medo de que o homem tivesse interesse em “fazer algo com eles”.
“Esse dia era muito esperado, a gente tem que celebrar essa data de hoje, dia de São José. É um alívio, até porque a gente vivia com medo também, porque não sabíamos se ele tava perto ou longe, do que ele era capaz de fazer. Podia estar observando os passos da gente e sempre tinha essa preocupação do medo de que poderia acontecer, mas graças a deus esse dia chegou e ele tem que voltar para o lugar de que nunca deveria ter saído”.
Sobre a brutalidade do crime, a irmã de Izabella também considerou que “todas as mulheres foram atingidas com o crime” cometido por Eduardo e outros seis homens, que foram considerados culpados pela Justiça e receberam sentenças, além de três adolescentes que receberam a pena de cumprir medidas socioeducativas. Ela agradeceu ao comprometimento de outras mulheres na resolução do caso.
“Essa violência atingiu todas as mulheres do estado da Paraíba, (por isso) também agradecemos o movimento de mulheres, a militância, que também cobrava por isso (a prisão)”.
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Isânia relatou que durante o período em que Eduardo dos Santos estava foragido, muitos moradores da cidade no interior, que faziam viagens para o Rio de Janeiro, informavam a família que tinham visto o mentor dos crimes em solo carioca.
“Pessoas daqui de Queimadas frequentavam muito o Rio de Janeiro e sempre quando voltavam diziam que tinham visto Eduardo por lá, então a gente sempre repassava essa informação para a polícia e eles sempre diziam que a gente tivesse cautela, que eles estavam atuando, que estavam trabalhando. Acho que essas informações também foram importantes, para tentarem verificar se era verdade. Foi de suma importância a colaboração da população”, contou.
Mãe de vítima acredita que a fuga foi facilitada
Mãe de Michelle Domingues fala sobre prisão de mentor da Barbárie de Queimadas
TV Cabo Branco
Também conforme o que a mãe de Michele Domingues, Mária José, disse em entrevista, ela acredita que a fuga de Eduardo dos Santos tenha sido facilitada por alguém em 2020 e que o local em que deveria estar na prisão não era na cozinha.
No momento da fuga, Eduardo trabalhava na cozinha e quando um policial penal esqueceu um molho de chaves no local onde o detento trabalhava, ele pegou as chaves, abriu o almoxarifado e saiu pela porta lateral do presídio.
“Passou (pela minha cabeça) que a saída dele foi facilitada, porque não tinha como ele fugir, e até hoje eu sei que a fuga dele foi facilitada, eu digo para qualquer um que sei que foi facilitada. Ele pegou 108 anos de prisão, que no mínimo tinha que ficar 30 anos fechado, sem regalia nenhuma, então ele não tinha que estar em cozinha, não tinha que ter fugido pela porta. Ele não tinha que estar lá. Pegar a chave que deixaram esquecida, é tudo conversa, balela, então foi um sentimento de revolta, até que hoje chegou o momento de graças a deus estarmos aliviados”, expressou.
De acordo com o Secretário-adjunto da Secretaria de Estado de Administração Penitenciária da Paraíba (Seap-PB), João Paulo Barros, dois servidores envolvidos no processo de fuga de Eduardo foram afastados por um período de tempo, responderam a processos administrativos internos e posteriormente foram reintegrados ao quadro da Seap com trabalhos em setores administrativos. No entanto, os dois seguem respondendo a processos criminais que ainda estão em aberto.
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Mulher denuncia ter sido espancada por motoqueiro no trânsito de João Pessoa
Segundo a vítima, as agressões aconteceram após ela bater na moto. O motociclista utilizou um capacete e bateu nela até que a mulher desmaiasse. Luana Carvalho denunciou ter sido agredida com capacete por um motoqueiro, em João Pessoa
Reprodução/TV Cabo Branco
A personal trainer Luana Carvalho denunciou, nesta segunda-feira (2), que um motoqueiro agrediu ela com golpes de capacete na Avenida Beira Rio, em João Pessoa. As agressões ocorreram na noite deste domingo (1), quando a vítima parou em um semáforo e bateu na motocicleta.
Segundo a vítima, ela estava voltando para casa com a companheira, quando trancou um motociclista, mas se entenderam e ambos seguiram o caminho. No entanto, ela afirma que outro motoqueiro começou a perseguir o carro delas, até que pararam em um semáforo. O homem teria ultrapassado o veículo de Luana e parado na diagonal dela, bem próximo ao carro.
Enquanto o semáforo estava fechado, o motoqueiro teria ficado olhando para dentro do veículo em que estavam.
“Ele ficou olhando e eu perguntei: ‘O que foi?’. Eu não o conhecia, não tinha feito nada contra ele, e ele ficou só olhando para a minha cara. Quando o sinal abriu, eu buzinei, ele fingiu que ia sair na moto e freou. Aí, como eu estava muito próxima, porque ele colocou a moto muito perto, eu bati na moto dele. Foi quando ele caiu, se levantou enfurecido, quebrou o retrovisor do meu carro e dando chute no parachoque, que, inclusive, também quebrou”, afirmou Luana.
Segundo Luana, ela tentou acalmar o homem e desceu do veículo, mas o suspeito começou a agredir a vítima com o capacete até ela desmaiar. A personal trainer está com várias escoriações espalhadas pelo corpo, incluindo rosto, braços e pernas, e ainda precisou levar quatro pontos na cabeça.
Personal trainer precisou levar quatro pontos na cabeça após as agressões
Reprodução/TV Cabo Branco
“Foi quando eu baixei o vidro e pedi calma. Vi que ele não ia se acalmar e saí do carro. Quando eu fui saindo do carro, ele já veio pra cima de mim, me empurrando. Eu fui me defender, e ele me bateu com o capacete. Eu apaguei, e, na queda, eu voltei novamente, já estava no chão e ensanguentada, e ele já tinha se evadido do local”, afirmou a personal trainer.
No momento das agressões, Luana estava acompanhada de sua companheira, Geonava Silva. Ela também contou que o motoqueiro estava perseguindo o carro em que estavam e observava a todo momento quem estava dentro do veículo.
Geonava ainda relatou que, quando a personal trainer foi conversar com o motoqueiro, ele começou a agredi-la, apesar dos pedidos para se acalmar. Quando Geonava tentou ajudar a companheira, já a encontrou ensanguentada e desmaiada no chão.
“Eu fiquei em estado de choque porque a gente nunca espera, a gente sabe que um dia pode acontecer, mas não sabe quem está ali do lado dirigindo. Por um motivo tão banal, a gente podia ter resolvido na conversa, o cara chegou assim, tão agressivo. Não precisava daquilo, até porque a forma como ele provocou parecia que ele já estava intencionado a brigar com alguém”, afirmou Geovana Silva.
Ainda segundo Luana e Geonava, o motoqueiro amassou a placa do veículo com o intuito de não ser identificado e deixou o local.
“Estou impossibilitada de trabalhar, sou personal trainer e ganho aquilo que trabalho, e agora tô prejudicada por uma pessoa que acho que não tem noção das coisas”, afirmou Luana.
Vítima ficou com várias machucados pelo corpo
Reprodução/TV Cabo Branco
Acompanhada de um advogado, a vítima esteve na 10ª Delegacia Distrital de João Pessoa, em Tambaú, e registrou um boletim de ocorrência.
De acordo com o delegado Wergniaud Vaz, será instaurado um inquérito para investigar o caso, e também foram solicitados exames de agressão física. Além disso, serão pedidas imagens de câmeras de segurança da região, no intuito de identificar o autor das agressões.
“Eu tenho informação de que ele teria tentado esconder a placa para não ser identificado, mas vamos percorrer aquela região, que tem muitas câmeras, e vamos chegar a esse agressor”, afirmou o delegado.
O delegado afirmou que, após a identificação, o suspeito será intimado a comparecer na delegacia, e o homem poderá responder pelo crime de lesão corporal grave.
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Programa Empreender PB oferta 300 vagas para empreendedores em busca de crédito
Inscrições devem ser realizadas até essa sexta-feira (6) ou até o preenchimento total das vagas. Economia e investimentos
Thinkstock
O programa Empreender PB vai abrir inscrições para 300 vagas para concessão de crédito orientado nesta quarta-feira (4), a partir das 8h. No total, o valor de investimentos para os empreendedores é de R$ 2, 4 milhões.
As vagas são destinadas exclusivamente para empreendedores de João Pessoa que queiram abrir ou ampliar um negócio já existente. As inscrições devem ser realizadas até essa sexta-feira (6) ou até o preenchimento total das vagas.
As seguintes linhas de crédito serão contempladas nas vagas disponíveis:
Empreender Pessoa Física
Empreender Juventudes
Empreender Profissional Liberal
Empreender Profissional Liberal Juventudes
Os empreendedores interessados devem ficar atentos ao horário da abertura das vagas, que será realizado exclusivamente pelo site do programa Empreender PB, através da aba de inscrições.
A equipe orienta aos interessados fazer a leitura do Edital, disponível no site, para verificar a documentação obrigatória de acordo com a linha de crédito.
Sobre o programa
O Empreender PB é um programa do Governo do Estado destinado a apoiar os empreendedores da Paraíba, disponibilizando financiamento de crédito (empréstimos) com taxas reduzidas de juros para pessoas físicas e jurídicas que desejam iniciar um negócio próprio ou ampliar um já existente.
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Justiça volta a suspender obras do Parque da Cidade, em João Pessoa
Suspensão foi pedida pelo Instituto Protecionista SOS Animais e Plantas, que argumentou que os estudos apresentados pela prefeitura eram insuficientes para uma análise aprofundada dos impactos ambientais causados pela obra do Parque da Cidade. Espaço onde será construído o Parque da Cidade, no antigo Aeroclube, em João Pessoa
Sérgio Lucena/Divulgação
O Tribunal de Justiça da Paraíba (TJPB) voltou a suspender as obras do Parque da Cidade, em João Pessoa, nesta segunda-feira (2). A decisão de 1º Grau, agora revogada, permitia a continuidade das obras com base em estudos ambientais apresentados pela prefeitura de João Pessoa, como o Relatório Ambiental Simplificado (RAS) e o Plano de Controle Ambiental (PCA).
De acordo com o Instituto Protecionista SOS Animais e Plantas, responsável pelo pedido de suspensão da obra, os documentos do estudo ambiental realizado pela prefeitura seriam insuficientes para uma análise aprofundada dos impactos ambientais gerados pela construção, o que provocou a solicitação da suspensão imediata da obra até que seja realizado um Estudo de Impacto Ambiental (EIA).
As obras do Parque da Cidade foram suspensas pelo juiz convocado Inácio Jairo.
A Procuradoria Geral do Município de João Pessoa disse que vai recorrer da decisão monocrática que suspendeu as obras do Parque da Cidade. Segundo o órgão, todos os estudos ambientais necessários para a execução da obra já foram apresentados nos autos.
A suspensão da obra
Segundo o juiz, a decisão anterior do tribunal já havia determinado a necessidade de um Estudo de Impacto Ambiental e não poderia ser desconsiderada pela magistrada responsável na instância inicial. O relator destacou que a decisão havia desrespeitado regras processuais e contrariava entendimento anterior da instância superior.
Além disso, o magistrado apontou a necessidade de prevalência de princípios como o da precaução, prevenção e o “in dubio pro natura”, que prioriza a natureza em favor de outros aspectos, além da relevância de proteger o meio ambiente diante de possíveis danos irreversíveis.
Por fim, o juiz Inácio Jairo concedeu o pedido de efeito suspensivo, o que suspende os efeitos da decisão que autorizava a continuidade das obras sem a realização do EIA.
“Defiro o pedido de efeito suspensivo pretendido, para obstar os efeitos da decisão de base que determinou a continuidade da obra em discussão, sem a observância da necessidade do Estudo de Impacto Ambiental, já definida em decisão anterior proferida nesta instância”.
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